De acordo com o aplicativo, a Paraíba atingiu isolamento social máximo de 69,6% em 22 de março, um dia após a publicação do decreto de calamidade pública pelo Governo da Paraíba. (Foto: Reprodução) |
No ranking do Nordeste, a Paraíba aparece acima apenas da Bahia, Alagoas e Sergipe.
O aplicativo In Loco, desenvolvido para acompanhar em tempo real a movimentação das pessoas, mostrou que a Paraíba é o quarto estado do Nordeste com o pior índice de cumprimento do isolamento social como prevenção ao contágio do novo coronavírus.
A geolocalização permite a localização geográfica de 1 dispositivo (como 1 celular) conectado a sinais de redes sem fio (como o wi-fi). A precisão média, no caso da In Loco, é de 3 metros.
Por meio dessa tecnologia é possível analisar o nível de cumprimento do isolamento social decretado pelos governos estaduais para contenção da pandemia de coronavírus.
Os dados não representam a população brasileira em sua totalidade, mas podem auxiliar o poder público ao apontar regiões onde há indício de maior circulação de pessoas, por exemplo.
No ranking do Nordeste, a Paraíba aparece acima apenas da Bahia, Alagoas e Sergipe. No Brasil, o estado que tem mantido o maior número percentual de pessoas em isolamento é Goiás, com 56,6%.
De acordo com o aplicativo, a Paraíba atingiu isolamento social máximo de 69,6% em 22 de março, um dia após a publicação do decreto de calamidade pública pelo Governo da Paraíba.
A plataforma não identifica as pessoas, garantindo privacidade e anonimato.
“Nosso papel na luta contra a Covid-19 é prover inteligência para conter o avanço da doença sem a necessidade de uma política de vigilância. Quando a situação de emergência acabar, os dados coletados para esse fim serão deletados”, informa a In Loco. A iniciativa tem participação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP).
“É preciso senso de coletividade, vejam a Espanha, Itália, Estados Unidos, não é hora de baixar a guarda. É hora de foco, de responsabilidade, o coronavírus no Brasil não vai deixar o rastro de mortos, mas isso depende de você”, comentou o secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrami. Ele explicou que as recomendações precisam ser seguidas com maior rigor nesse momento, considerado um período crítico para o aumento do número de casos pelas autoridades de saúde.
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