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domingo, 10 de abril de 2022

'Grande Chefão': cientistas descobrem maser recorde a 5 bilhões de anos-luz de distância da Terra

 


A equipe responsável pela descoberta acredita que esse é um dos masers mais brilhantes já descobertos até hoje e que ele seja o resultado de uma colisão galáctica.

Um megamaser é um laser superpoderoso de luz de micro-ondas estimulada por radiações. Existem diferentes tipos de megamaser, mas o encontrado pelos cientistas é o mais comum, formado por hidroxila, uma molécula constituída de um átomo de oxigênio e outro de hidrogênio.

"Quando duas galáxias como a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda colidem, feixes de luz são disparados da colisão e podem ser vistos a distâncias cosmológicas. Os megamasers OH [de hidroxila] agem como luzes brilhantes que dizem: aqui está uma colisão de galáxias que está criando novas estrelas e alimentando buracos negros maciços", explicou Jeremy Darling, um dos autores da pesquisa e astrofísico da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.

As observações do maser Nkalakatha, ou Grande Chefão, foram realizadas por uma iniciativa sul-africana, utilizando o telescópio MeerKAT, chamada Laduma. O gigante radiotelescópio é equipado com 64 placas de rádio e faz parte do Observatório Sul-Africano de Radioastronomia (SARAO, na sigla em inglês).
Telescópio MeerKAT, África do Sul - Sputnik Brasil, 1920, 08.04.2022
Telescópio MeerKAT, África do Sul
No total, o projeto vai agregar mais de 3.000 horas de observações do maser Nkalakatha, que emana de uma galáxia com uma longa cauda rádio-brilhante e que emite uma luz de cerca de 5 bilhões de anos.

"É impressionante que, com apenas uma única noite de observações, já conseguimos encontrar um megamaser recorde. Isso mostra o quão bom é o telescópio", disse Marcin Glowacki, líder do estudo e astrônomo da Universidade Curtin, na Austrália, em comunicado.

A equipe de pesquisadores seguirá observado o recente megamaser, mas também espera adicionar novas fontes de luz ao mapa cósmico do nosso Universo com a ajuda do radiotelescópio sul-africano.
Representação artística da observação do megamaser realizada pelo telescópio MeerKAT - Sputnik Brasil, 1920, 08.04.2022
Representação artística da observação do megamaser realizada pelo telescópio MeerKAT

"O MeerKAT provavelmente dobrará o número conhecido desses fenômenos raros. Acredita-se que as galáxias se fundiam com mais frequência no passado, e os recém-descobertos megamasers OH nos permitirão testar essa hipótese", afirmou Darling.

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Inédita simulação detalha como colisões de estrelas alimentam buracos negros

 


Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, criou uma nova simulação hidrodinâmica chamada DEMOBLACK.

programa desenvolvido pelos italianos tem o objetivo de observar o crescimento de buracos negros maciços em berçários estelares, onde grandes estrelas ficam próximas umas das outras.
A líder do projeto, Michela Mapelli, pretende responder a uma das questões mais enigmáticas da astrofísica: como dois buracos negros distantes se combinaram para produzir a GW190521, uma poderosa onda gravitacional detectada em 2019 pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO, na sigla em inglês) e pelo observatório europeu Virgo.
Esse evento se transformou em uma dor de cabeça para os especialistas, pois o tamanho dos buracos negros em fusão, 85 e 66 vezes mais massivos que o nosso Sol, eram maiores que buracos negros de massa estelar, que se formam a partir dos núcleos colapsados de estrelas, e menores que os supermassivos.
Imagem de Cassiopeia A composta por dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer (tons de vermelho), do Telescópio Espacial Hubble (tons de dourado) e do Observatório de Raios-X Chandra (tons de azul e verde). O pequeno e brilhante ponto azul-bebê fora do centro é o remanescente do núcleo da estrela - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2022
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Astrônomos revelam que colisão com supernova pode ter gerado nebulosa mais famosa da galáxia
Por coincidência, Mapelli já estava trabalhando nesta simulação um ano antes da descoberta da GW190521, o que, segundo ela, a fez "arregaçar as mangas".
De acordo com a simulação DEMOBLACK, tamanha onda gravitacional pode surgir quando grandes estrelas, como as encontradas densamente em um berçário estelar, se unem. Mapelli conseguiu, pela primeira vez, apresentar dados de uma simulação com duas enormes estrelas, com massas 40 e 60 vezes maiores que a do Sol.

"Ninguém conseguiu fazer a simulação de uma colisão com estrelas tão massivas", comemorou Mapelli.

A especialista em astrofísica italiana acredita que essas estrelas podem se colapsar e gerar um buraco negro 50 vezes mais massivo que o Sol e subsequentemente criar uma reação em cadeia, formando buracos negros binários, que por sua vez tendem a se fundir. Essas constantes trocas e colisões podem terminar em buracos negros exorbitantes com até 10.000 vezes a massa solar.

"Não temos certeza de que essa colisão seja a única explicação possível para um evento como 190521. Esta simulação não rejeita as outras", disse Mapelli.

Simulações anteriores só conseguiram replicar o choque entre estrelas de massa baixa e média. Na segunda-feira (11) a pesquisadora italiana vai apresentar em detalhes a sua simulação durante um encontro da Sociedade Americana de Física (APS, na sigla em inglês).

13,5 bilhões de anos-luz: astrônomos descobrem galáxia mais distante do planeta Terra (FOTO)

 


Batizada de HD1, a galáxia pode ser o objeto astronômico mais afastado do nosso planeta já encontrado, estando a uma distância de 13,5 bilhões de anos-luz.

A descoberta foi realizada por uma equipe internacional de astrônomos, incluindo especialistas do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian. O pesquisador Yuichi Harikane, da Universidade de Tóquio, detalhou em entrevista ao EurekAlert a sua emoção durante o primeiro encontro com a HD1.

"Foi um trabalho muito difícil encontrar HD1 entre mais de 700.000 objetos. A cor vermelha da HD1 combinava com as características esperadas de uma galáxia a 13,5 bilhões de anos-luz de distância surpreendentemente bem, me dando até arrepios quando a encontrei", contou Yuichi.

O estudo foi publicado nesta quinta-feira (7) na revista acadêmica Astrophysical Journal e simultaneamente um segundo projeto foi apresentado na publicação Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters, onde os cientistas explicaram suas teorias sobre a galáxia.
Grande Nuvem de Magalhães é uma galáxia anã satélite que orbita a Via Láctea - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2022
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Movimentação estelar na Grande Nuvem de Magalhães pode explicar origem das galáxias (FOTO)
De acordo com o estudo, uma das teorias indica que a galáxia teria uma formação estelar em ritmo alucinante e seria o lar de estrelas da População III, as primeiras do Universo e que até hoje nunca foram observadas. A outra hipótese é que no centro da HD1 estaria um buraco negro supermassivo com cerca de 100 milhões de vezes a massa do nosso Sol.

"Responder a perguntas sobre a natureza de uma fonte tão distante pode ser um desafio. É como adivinhar a nacionalidade de um navio pela bandeira que ele carrega, estando distante em terra firme, com o navio no meio de um vendaval e neblina densa. É possível ver algumas cores e formas da bandeira, mas não em sua totalidade. Em última análise, é um longo jogo de análise e exclusão de cenários implausíveis", explicou Fabio Pacucci, astrofísico e líder do estudo.

A esperança dos pesquisadores é conseguir tirar todas as dúvidas e comprovar as teorias utilizando o telescópio espacial James Webb. A previsão é de que o telescópio inicie seus trabalhos de observação em maneira integral até o final deste ano.

Cientistas trazem à tona eventual 1º fóssil de vítima do asteroide dizimador dos dinossauros (FOTOS)

 


Pesquisadores e cientistas fizeram inéditas descobertas no sítio fóssil de Tanis, no estado norte-americano de Dakota do Sul.

De acordo com reportagem da BBC, baseada em um futuro programa televisivo da emissora britânica, cientistas encontraram ligações diretas entre o gigante asteroide de 12 quilômetros, que causou a extinção dos dinossauros, e fósseis escavados no sítio arqueológico nos Estados Unidos.
Fóssil de dinossauro morto em choque de asteroide é encontrado, afirmam cientistas.
fóssil mais impressionante descoberto pelos pesquisadores foi a perna muito bem preservada de um tescelossauro. O fóssil, completo com todos os ossos e até pele, pode ser, segundo os cientistas, de uma das vítimas do asteroide que causou a última extinção em massa no planeta Terra, 66 milhões de anos atrás.
Primeiro fóssil de dinossauro ligado à queda de asteroide! [Há] muitas linhas de evidência e uma era que os peixes fósseis tinham esférulas (pequena rocha derretida) nas guelras e que estavam ligados quimicamente e por dados radiométricos ao local do impacto do asteroide.

"Temos tantos detalhes neste sítio que nos dizem o que aconteceu momento a momento, é quase como ver isso acontecendo em um filme. Você olha para a coluna de rocha, olha para os fósseis lá, e isso traz você de volta até aquele dia", diz Robert DePalma, estudante de pós-graduação da Universidade de Manchester, Reino Unido, líder das escavações em Tanis.

O grupo de cientistas responsáveis pelos trabalhos em Tanis acredita que os fósseis de animais encontrados nesta região tenham de fato morrido em decorrência do impacto do meteoro. Os especialistas justificaram a teoria citando fragmentos derretidos, do que seria o asteroide, encontrados em diferentes fósseis, inclusive nas guelras de peixes.

"Esses peixes com esférulas em suas guelras são um cartão de visitas absoluto do asteroide. Mas para algumas das outras alegações – eu diria que eles têm muitas evidências circunstanciais que ainda não foram apresentadas ao júri. [...] Para algumas dessas descobertas, porém, importa se eles morreram no dia ou anos antes?", opinou Steve Brusatte, professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e um dos consultores da escavação.

Cientistas podem ter encontrado os primeiros restos fósseis de um dinossauro que morreu no mesmo dia em que um enorme asteroide colidiu com a Terra.
Outra descoberta única é o fóssil de um pterossauro ainda dentro de um ovo. "O ovo de pterossauro com um bebê dentro é muito raro, não existe nada parecido na América do Norte. Nem tudo precisa ser sobre o asteroide", comentou Brusatte. Os pesquisadores vão realizar análises em raio X para conseguir criar uma versão digital do pequeno dinossauro.

O asteroide

A teoria mais aceita entre os especialistas é de que o gigante asteroide de 12 quilômetros de largura tenha se chocado com a Terra há 66 milhões de anos, na região do golfo do México, e tenha sido capaz de destruir diretamente o local onde hoje é o sítio de Tanis, que fica a cerca de 3.000 quilômetros de distância.
Os pesquisadores explicam que a região é uma grande bagunça, com fósseis aquáticos e terrestres misturados, o que indica grande incidência de tsunamis e terremotos, consequência natural do impacto do asteroide.
Esqueleto de Tiranossauro em museu da Alemanha - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2022
Sociedade e cotidiano
Novo estudo aponta existência de outras duas espécies de tiranossauro

Chuva de rochas e atmosfera incandescente: Hubble detecta planetas com climas extremos (FOTO)

 


Com o objetivo de estudar uma classe única de exoplanetas ultraquentes, os astrônomos do Telescópio Espacial Hubble detectaram uma série de condições climáticas extremas fora de nosso Sistema Solar.

Nos novos estudos, a equipe do Hubble informou sobre uma chuva e rochas vaporizadas em um planeta.
Além disso, notaram que a atmosfera superior de outro planeta está sendo "queimada" devido à intensa radiação ultravioleta de sua estrela.
Os astrônomos descrevem as observações do planeta WASP-178b, localizado a aproximadamente 1.300 anos-luz de distância da Terra.
Imagem artística do planeta KELT-20b orbitando uma estrela azul-branca - Sputnik Brasil, 1920, 07.04.2022
Imagem artística do planeta KELT-20b orbitando uma estrela azul-branca
A atmosfera do corpo celeste, em seu lado diurno, não tem nuvens e é rica em monóxido de silício. No lado escuro, o monóxido de silício pode se esfriar de tal forma que se transforma em rochas que chovem das nuvens.
O Hubble também mostra um outro planeta superquente parecido com Júpiter, o KELT-20b, localizado a aproximadamente 400 anos-luz de distância.
A radiação ultravioleta de sua estrela-mãe aquece os metais na atmosfera, criando uma camada de inversão térmica muito forte.
Com isso, o Hubble fornece uma nova visão dramática da grande variedade de condições atmosféricas em outros mundos.

Astrônomos conseguiram mapear totalmente um dos 'ossos' da Via Láctea pela 1ª vez


 

Cientistas mapearam completamente um dos trechos mais densos da estrutura de um dos "braços" da Via Láctea.

O longo filamento denso de gás frio, em uma estrutura comparável a um "osso" na parte mais densa de um dos braços espirais da galáxia, foi finalmente mapeado por cientistas.
Medindo cerca de 195 anos-luz de comprimento, o mapa do osso G47 foi obtido através do Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA, na sigla em inglês) – um Boeing modificado que voa acima da estratosfera da Terra para evitar interferência infravermelha – e nos dá a primeira imagem completa dos campos magnéticos nele existentes.
Segundo a Science Alert, o resultado da nova pesquisa desafia as expectativas. De acordo com os pesquisadores, o mapeamento pode nos ajudar a entender melhor não apenas as estruturas das galáxias espirais, mas também sua formação estelar.
"Antes do SOFIA, era difícil criar imagens de campos magnéticos em alta resolução na totalidade desses ossos", disse o astrofísico da Worcester State University, em Massachusetts, Ian Stephens, que afirmou ainda que "agora somos capazes de obter tantas medições independentes da direção do campo magnético através desses ossos, o que nos permite realmente aprofundar a importância do campo magnético nessas nuvens filamentosas maciças."
Imagem de Cassiopeia A composta por dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer (tons de vermelho), do Telescópio Espacial Hubble (tons de dourado) e do Observatório de Raios-X Chandra (tons de azul e verde). O pequeno e brilhante ponto azul-bebê fora do centro é o remanescente do núcleo da estrela - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2022
Sociedade e cotidiano
Astrônomos revelam que colisão com supernova pode ter gerado nebulosa mais famosa da galáxia
Os cientistas identificaram pela primeira vez um dos ossos da Via Láctea em 2013. Desde então, eles encontraram 18 desses ossos galácticos no total. Atualmente, a nossa galáxia tem uma taxa muito baixa de formação de estrelas, cerca de três massas solares por ano, e elas tendem a ocorrer nessas regiões.
Os astrônomos também realizaram medições completas de seu tamanho, massa, temperatura, altitude e densidade. Porém, os campos magnéticos dos referidos ossos foram mal restringidos.

"Campos magnéticos [...] podem potencialmente definir a taxa a que as estrelas se formam em uma nuvem. Eles também podem guiar o fluxo de gás, moldar os ossos e afetar a quantidade e o tamanho dos bolsões de gás mais densos, que mais tarde entrarão em colapso para formar estrelas", disse Stephens.
"Ao mapear a orientação dos campos, podemos estimar a importância relativa do campo magnético em relação à gravidade, para quantificar o quanto os campos magnéticos afetam o processo de formação de estrelas."
Anel misterioso no espaço intergaláctico, J0624–6948 - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2022
Sociedade e cotidiano
Anel misterioso no espaço pode ser 1ª supernova intergaláctica conhecida (FOTOS)
O estudo revelou que os campos magnéticos, às vezes, estão perpendiculares ao centro do osso, mas nem sempre. As regiões com campos magnéticos perpendiculares tendem a ser as regiões mais densas e com uma taxa de formação estelar mais ativa, ao contrário das regiões de campos magnéticos paralelos.
Em outras palavras, os pesquisadores sugerem que os campos magnéticos desempenham um papel na prevenção do colapso e na modelagem do osso nas regiões de maior densidade. No entanto, os campos magnéticos nas regiões de menor densidade são complicados e confusos, e o papel que o campo magnético desempenha ainda não está claro.

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