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sábado, 4 de setembro de 2021

Arqueólogos chineses encontram cerveja de 8.000 anos que é a mais antiga do mundo (FOTOS)

 


Arqueólogos descobriram um túmulo com potes pintados e jarros de cerveja que eram usados em rituais de sepultamento na área de Qiaotou, no sul da China.

Um grupo de arqueólogos encontrou uma jazida de potes para bebidas alcoólicas na área de Qiaotou, China. Lá eles também encontraram uma grande quantidade de jarros e vasos cerâmicos, que são as peças pintadas mais antigas conhecidas.

Primeiro, os arqueólogos recolheram amostras das peças cerâmicas, que continham 170 grânulos de amido. Depois eles retiraram microfósseis (amido, fitólitos, fungos) de dentro das peças e a análise comprovou a presença de um bolor que induz sacarificação e fermentação dos elementos nas paredes dos potes. Sendo assim, alguns dos jarros eram usados para produção e armazenamento de cerveja.

© FOTO / WANG ET AL.
Potes pintados de cerâmica do kurgan (monte funerário) de Qiaotou

A cerveja chinesa não se parecia com aquela que temos hoje, sendo extremamente doce, ligeiramente fermentada e bem escura, diz Jiajing Wang, arqueóloga e antropóloga. Supostamente, a cerveja era usada para rituais de sepultamento e para celebrar a morte de uma pessoa reforçando os laços sociais entre os presentes nos funerais. A bebida da China precedeu as dos registros escritos em mais de 8.000 anos.

De acordo com registros, as bebidas alcoólicas pré-históricas incluem cerveja, vinho e hidromel. A cerveja era produzida de grãos de cereais ou substâncias do tipo amido. A análise do estudo publicado na revista Plos One mostrou que bebidas de Qiaotou se pareciam mais com cerveja de arroz.

Potes pintados de cerâmica usados para servir comida e bebidas
© FOTO / WANG ET AL.
Jarros pintados de cerâmica provenientes do monte funerário de Qiaotou

Além do mais, os arqueólogos encontraram enterramentos humanos cobertos com um montículo e rodeados por uma trincheira artificial. Acredita-se que o lugar serviu de túmulo. Primeiro, a pessoa era sepultada e, depois, os outros membros da comunidade honravam a memória do falecido bebendo cerveja.

Rússia e China lançam 1º avião de fuselagem larga para competir com Boeing 777 e Airbus A330

 


A corporação aeronáutica chinesa Comac acaba de produzir o primeiro avião de passageiros de fuselagem larga CR929, desenvolvido em conjunto com a Rússia.

Além disso, a Comac terminou o trabalho preparatório para a produção em série da aeronave, informou o jornal Jiefang Daily.

O CR929 se posiciona como um importante concorrente dos aviões de passageiros Boeing 777 e Airbus A330.

A versão básica, denominada CR929-600, poderá transportar 280 passageiros a uma distância de 12.000 quilômetros.

Protótipo do avião russo-chinês CR929-600
© AP PHOTO / KIN CHEUNG
Protótipo do avião russo-chinês CR929-600

A família destas aeronaves também contará com uma versão de fuselagem ampliada (CR929-700) e mais curta (CR929-500). Em 2018, a Comac fabricou a primeira seção da fuselagem, de 15 metros de comprimento e seis metros de diâmetros com materiais compósitos.

Foi o primeiro componente do avião fabricado integralmente com materiais compósitos na China.

Um protótipo do CR929 tinha sido apresentado no Salão Aeroespacial de Zhuhai (Guangdong, China) em novembro de 2018.

Bolsonaristas usam robôs para impulsionar 7 de setembro nas redes sociais

 


Bolsonaristas usam robôs para impulsionar 7 de setembro nas redes sociais

Por Débora Ely e João Barbosa

Um único usuário de Twitter, sem imagem de perfil e com o slogan “200% Bolsonaro” no nome, publicou 1.164 mensagens com a hashtag #Dia07VaiSerGigante em apenas uma semana, média de uma mensagem a cada oito minutos, sem tempo para dormir. Outro perfil, que se intitula como robô patriota, compartilhou uma postagem usando uma hashtag idêntica de 14 em 14 minutos no mesmo período.

Comportamentos assim indicam que a convocação para as manifestações pró-Bolsonaro de terça-feira (7) tem sido artificialmente inflada na rede social, concluiu o Radar Aos Fatos em análise feita a partir de 332.927 tweets e retweets com hashtags dos atos. O material coletado foi classificado segundo metodologia do DFRLab (Digital Forensic Research Lab) que identifica quando um pequeno grupo de usuários tem peso desproporcionalmente grande no debate online, o que indicaria ação coordenada para gerar interações artificiais.

Com base em métricas públicas dos tweets; é calculado o chamado CMT (Coeficiente de Manipulação de Tráfego) de determinada hashtag ou termo. Quanto maior o seu número, maior a suspeita de comportamento artificial. Em seguida, é possível comparar o índice da hashtag em estudo com o de outras com baixa probabilidade de serem manipuladas.

Para a análise, o Radar usou tweets e retweets com as hashtags #Dia07VaiSerGigante, #7deSetembroVaiSerGigante e #Dia7VaiSerGigante e, como parâmetro de comparação, usou as tags #TBT (Throwback Thursday, mencionado quando fotos antigas são publicadas às quintas-feiras), #TheMaskedBrasil (do programa The Masked Singer Brasil) e o termo “sextou”. O gráfico abaixo mostra como a pontuação das hashtags dos atos pró-governo é significativamente maior do que a das outras três, que não são relacionadas a política:



“Há muitas formas de manipular uma conversa no Twitter. Robôs são uma delas. Mas isso também pode ser feito com pessoas reais que falam muito sobre um assunto o tempo todo. Dando a sensação de que uma discussão é muito relevante”, afirma a pesquisadora do DFRLab Luiza Bandeira. “Nesse caso, a impressão é que muitas pessoas estão aderindo à mobilização para os protestos, que eles serão muito grandes e que [Jair] Bolsonaro tem muito apoio. Mas parece que nem tanta gente assim está usando as hashtags”, completa.

O resultado apresentado pelo Radar não significa que toda a convocação para os atos tem sido reproduzida de maneira artificial — o impulsionamento também foi replicado organicamente na plataforma, porém, os dados sugerem que parte dela pode ter sido inflada por robôs (perfis automatizados) ou por outros tipos de comportamentos coletivos de usuários, como a publicação em série de posts citando as hashtags.

Depois de ser procurado para comentar o resultado da análise, o Twitter informou que suspendeu mais de 100 perfis “por violações à sua política contra spam e manipulação”. “O Twitter tem trabalhado cada vez mais com melhorias em ferramentas internas e treinamento das equipes para identificar proativamente comportamentos suspeitos, mas esse tipo de denúncia das pessoas sobre potenciais violações às regras continua sendo uma contribuição de extrema importância para nossos esforços. Qualquer pessoa pode denunciar uma potencial violação de nossa política contra spam e manipulação da plataforma”, acrescentou.

DEBATE MANIPULADO

O cálculo aplicado pelo Radar considera três dados para medir o índice de contaminação de um debate no Twitter por comportamentos que inflam artificialmente a relevância do assunto.

  1. O número médio de tweets por usuário; quando uma conta é responsável por muitas mensagens, há mais a chance de haver manipulação;
  2. A relação entre o volume de mensagens originais e o número de retweets; campanhas manipuladas, segundo o DFRLab, costumam ter muitos RTs e um número relativamente baixo de mensagens originais;
  3. O peso de 1% dos usuários que mais tweetaram no total da conversa online; quando uma porcentagem significativa de uma campanha veio de um número tão baixo de usuários, há mais um indício de comportamento suspeito. Antes, esse critério considerava o peso das 50 contas mais ativas, mas foi revisado.

A tabela abaixo mostra como as hashtags analisadas pontuam em cada um desses critérios:



POUCOS USUÁRIOS E MUITO BARULHO

A análise confirma ainda que um pequeno número de perfis foi responsável pelo impulsionamento da convocação para as manifestações. Além de dar uma impressão equivocada de que determinada discussão é maior e mais espontânea do que na realidade; esse comportamento faz com que os algoritmos levem o tópico aos assuntos mais comentados do Twitter, o que também direciona a atenção de mais usuários para o tema.

No caso da #Dia07VaiSerGigante, por exemplo, apenas 1% das contas publicou 20% dos tweets e retweets com a hashtag. Já nos demais marcadores dos atos pró-governo, o mesmo percentual de usuários postou 16% e 17% de todo o conteúdo coletado.

Entre essas contas superativas, estão os perfis citados na abertura da reportagem. Mas há outros exemplos. Como usuários que publicaram mensagens contendo as hashtags entre 316 e 746 vezes ao longo do período analisado.

Com uma metodologia diferente; um levantamento do Núcleo Jornalismo chegou a conclusão semelhante ao apontar que apenas 12% dos perfis que tweetaram sobre os atos de 7 de Setembro impulsionaram mais de dois terços dos tweets sobre as manifestações.

Radar também investigou as 50 contas mais ativas na campanha de cada hashtag convocatória. Sessenta e duas delas (47% do total, uma vez que parte dos usuários se repetiram entre os termos) apresentaram alta probabilidade de automação — ou seja, de serem robôs, segundo o Pegabot, ferramenta do ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio) que calcula a chance de uma conta ser automatizada segundo critérios como perfil de usuário, distribuição do conteúdo e linguagem empregada nos posts.

METODOLOGIA

Radar coletou, via API pública do Twitter, tweets e retweets que mencionam três hashtags relacionadas ao atos pró-governo; (#Dia7VaiSerGigante, #Dia07VaiSerGigante e #7deSetembroVaiSerGigante) e três hashtags ou termos com baixa probabilidade de manipulação (#TBT, #TheMaskedBrasil e “sextou”).

Depois aplicou aos dados o CMT (Coeficiente de Manipulação de Tráfego), a metodologia descrita acima que foi desenvolvida por um pesquisador ligado ao The Atlantic Council’s DFRLab (Digital Forensic Research Lab) e publicada pelo Computational Propaganda Research Project, da Universidade de Oxford. Em seguida, analisou as 50 contas mais ativas de cada hashtag em defesa das manifestações no Pegabot.

(Texto originalmente publicado em AOS FATOS)

Linfoma de Hodgkin: entenda o câncer de Caio Ribeiro

 


O comentarista da Globo e ex-jogador Caio Ribeiro, que está tratando um câncer, contou que o procedimento de quimioterapia a que está sendo submetido busca curar o linfoma de Hodgkin. 

"Eu fui diagnosticado com um linfoma, que se chama linfoma de Hodgkin. A boa notícia é que ele tem 95% de (chance de) cura e meu corpo está respondendo muito bem ao tratamento. Já estou na penúltima sessão de quimioterapia, estou forte, com a cabeça boa", disse o comentarista de 46 anos.

O linfoma de Hodgkin é um câncer que se origina no sistema linfático, responsável por produzir e as células de defesa do organismo, além de drenar e filtrar o excesso de líquido do corpo. Ele é identificado ao notar-se caroços, muitas vezes indolores, no pescoço, nas axilas e na virilha, por exemplo.

O tratamento consiste em quimioterapia, radioterapia, anticorpos monoclonais e quimioterapia de alta dose com transplante de medula. O linfoma de Hodgkin apresenta alto índice de cura com quimioterapia.

PF abre inquérito para apurar vazamento de investigação sigilosa por Bolsonaro

 


Conjur - A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o vazamento de uma investigação sigilosa da referente ao ataque hacker sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2018, feito pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma de suas lives. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A investigação foi solicitada pelo próprio TSE ao Supremo Tribunal Federal, via notícia-crime. Na corte constitucional, o ministro Alexandre de Moraes — também integrante do TSE —, atendeu ao pedido pela apuração do crime de divulgação de segredo, tipificado no artigo 153, parágrafo 1º-A, do Código Penal brasileiro.

Essa investigação contra o presidente tramita no contexto do inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdo falso na internet e ameaças a ministros do Supremo.

A inclusão de Bolsonaro no inquérito ocorreu porque, no dia 29 de julho, o presidente usou o aparato oficial, inclusive com transmissão pela TV Brasil, emissora estatal, para atacar o processo eleitoral, as urnas eletrônicas e divulgar informações inverídicas sobre as eleições — que foram desmentidas por órgãos oficiais.

O desempenho de Bolsonaro na live também gerou uma petição protolocada no STF por um grupo de parlamentares, também solicitando a investigação do presidente. Esse caso está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia. Em agosto, a Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento do feito.

Ministério da Agricultura confirma dois casos de vaca louca e suspende exportação de carne bovina à China

 

Processamento de carne bovina em frigorífico em Santana de Parnaíba (SP) (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou hoje (4) a ocorrência de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o mal da vaca louca, em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). A confirmação foi feita nessa sexta-feira (3) pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá.

De acordo com a pasta, todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório. “Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, destacou, em nota.Os dois casos atípicos, um em cada estabelecimento, foram detectados durante a inspeção realizada antes do abate dos animais. “Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito [deitadas] nos currais”, explicou.

Exportações suspensas

Conforme preveem as normas internacionais, o Brasil também notificou oficialmente a OIE da ocorrência. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, as exportações de carne bovina ficam suspensas temporariamente. A medida, que passa a valer a partir de hoje (4), ficará em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.

O país asiático é o principal destino da carne brasileira, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). No mês de julho foram exportados 91.144 toneladas do produto, crescimento de 11,2% em relação ao mesmo mês de 2020, com alta de 19,1% nas receitas, somando US$ 525,5 milhões. No acumulado, de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020.

Classificação de risco

O Mapa esclareceu ainda que a OIE exclui a ocorrência de casos atípicos da vaca louca para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. “Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”, completou.

Segundo o ministério, estes são o quarto e quinto casos atípicos da doença registrados em mais de 23 anos de vigilância do país. Eles ocorrem de maneira espontânea e esporádica e não estão relacionados à ingestão de alimentos contaminados. A pasta destacou que o Brasil nunca registrou a ocorrência de caso clássico do mal da vaca louca.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Variante Delta é identificada em 181 municípios brasileiros

 


A variante Delta do novo coronavírus foi identificada em 181 cidades brasileiras durante um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O número é equivalente a 7,7% das 2.344 cidades pesquisadas. Além disso, 24% dos municípios tem ao menos 50% das pessoas com o ciclo vacinal contra a Covid-19 completo. O resultado do estudo foi divulgado pela Agência Brasil nesta sexta-feira (3). 

Segundo a pesquisa, 16 municípios (0,7%) vacinaram mais de 90% dos adultos com as duas doses ou dose única; 96 cidades (4,1%) imunizaram entre 70% e 90% da população adulta, 450 municípios (19,2%) entre 50% e 70%, 1.270 cidades (54,2%) entre 30% e 50% e 394 municípios (16,8%) entre 10% e 30%. 

Além disso 463 cidades (19,8%) já imunizaram mais de 90% das pessoas maiores de 18 anos com a primeira dose, 1.135 (48,4%) de 70% a 90%, 563 indivíduos (24%) de 50% a 70% e 91 (3,9%) de 30% a 50%.  Entre as cidades consultadas, 14 delas (0,6%) estão imunizando com a primeira dose pessoas de 30 a 34 anos, 89 (3,8%) estão na faixa etária de 25 a 29 anos, 1.669 (71,2%) estão na faixa de 18 a 24 anos e 556 (23,7%) já estão aplicando vacinas em pessoas de 12 a 17 anos. 

Já entre as administrações municipais, 367 afirmaram ter ficado sem vacina contra a Covid-19 nesta semana, o equivalente a 15,7%. Outros 1.900 (81,1%) não informaram ter passado pelo desabastecimento de imunizantes, enquanto 73 (3,3%) não responderam à pergunta. Em 795 municípios (33,9%) houve redução do número de casos de Covid-19, em 473 (20,2%) não foram registrados novos casos, e em 681 (29,1%) os casos se mantiveram estáveis. 

O levantamento também analisou os registros de mortes por Covid-19. Em 1.621 (69,2%) não foram registrados novos óbitos, em 303 (12,9%) a situação se manteve estável, em 229 (9,8%) houve queda e em 128 (5,5%) foi detectado aumento de vidas perdidas. Foi perguntado novamente sobre a manutenção de medidas de distanciamento social, com 1.130 (48,2%) das cidades com alguma forma de restrição de horário das atividades não essenciais. Outras 1.145 (48,8%%) responderam não ter lançado mão deste recurso durante a pandemia. 

O levantamento também analisou os registros de mortes por Covid-19. Em 1.621 (69,2%) não foram registrados novos óbitos, em 303 (12,9%) a situação se manteve estável, em 229 (9,8%) houve queda e em 128 (5,5%) foi detectado aumento de vidas perdidas. Foi perguntado novamente sobre a manutenção de medidas de distanciamento social, com 1.130 (48,2%) das cidades com alguma forma de restrição de horário das atividades não essenciais. Outras 1.145 (48,8%%) responderam não ter lançado mão deste recurso durante a pandemia.

Bolsonaro passou comando da rachadinha para filhos após traição, diz ex-empregado

 


Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, o ex-empregado que denunciou uma série de supostos crimes cometidos pela família Bolsonaro, afirma que o presidente Jair Bolsonaro decidiu transferir para Flávio e Carlos Bolsonaro o comando do suposto esquema de corrupção nos gabinetes de ambos após descobrir que era traído por sua então mulher, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle. 

 

De acordo com o Metropóles, o ex-funcionário revelou, que ela foi a primeira a controlar todo o recolhimento de parte dos salários de todos os assessores parlamentares dos dois filhos do presidente, respectivamente primeiro e segundo herdeiros de Bolsonaro.

 

Marcelo conta ter sido testemunha de diversos golpes praticados por Ana Cristina, de quem o chefe do Executivo federal se separou em 2007. O presidente teria conhecimento de alguns desses supostos crimes. Entretanto, pressionado por Ana Cristina, teria sido conivente em diferentes momentos. Primeiro, durante a vida de casado – quando ela teria comandado, sob a anuência de Bolsonaro, o desvio de dinheiro dos gabinetes dos dois filhos parlamentares. Depois, durante o tumultuado divórcio do casal.

 

Em 2008, segundo Marcelo, a advogada, em meio à disputa pela guarda de Jair Renan Bolsonaro, teria simulado o furto de um cofre que o casal mantinha no Banco do Brasil, para acusar o presidente.

 

O furto ao cofre foi revelado em 2018 pelos repórteres Hugo Marques, Nonato Viegas e Thiago Bronzatto. Mas tudo não teria passado de uma mentira. Ana Cristina moveu uma ação em abril de 2008 na 1ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acusando Bolsonaro de ter roubado os pertences no Banco do Brasil. Dentro do cofre, havia joias avaliadas em R$ 600 mil, US$ 30 mil em espécie e cerca de R$ 200 mil, também em dinheiro vivo – um montante que, calculado pelos repórteres para valores de 2018, valia cerca de R$ 1,6 milhão. Segundo Marcelo, foi a própria Ana Cristina quem esvaziou o cofre.

 

“Lá tinha joias e dinheiro. Ela entrou com um processo contra o Banco do Brasil, mas quando foi intimada, não foi. Ela viu que fez m… e nem apareceu. O processo ficou rolando. Ela que limpou o cofre, antes de decidir as coisas”, disse.

 

O falso furto do cofre foi registrado em 26 de outubro de 2007, na 5ª Delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, pela própria Ana Cristina, que já havia feito a queixa acusando Bolsonaro. Segundo o relato de Ana Cristina na delegacia, ela esteve na agência do Banco do Brasil e não conseguiu acessar o cofre com sua chave. Um chaveiro chamado pelo banco teria conseguido abri-lo, quando ela constatou que o cofre estava vazio. Dali, ela já teria ido até uma delegacia com o objetivo de acusar Bolsonaro.

 

Durante a investigação sobre quem seria responsável pelo furto ao cofre, Bolsonaro prestou depoimento no processo da guarda de Jair Renan em que acusava mulher de chantageá-lo. Ele afirmou que Ana Cristina tinha sequestrado o filho, levando-o para a Noruega, e condicionava o retorno do menino à devolução do dinheiro e das joias supostamente roubados do cofre.

 

Bolsonaro anexou esse depoimento com a acusação de sequestro ao inquérito do furto, e, a partir daí, a investigação nunca mais avançou na Polícia Civil do Rio. Ana Cristina foi chamada para depor, mas nunca compareceu, e o agora ex-casal chegou a um acordo. Jair Renan voltou para o Brasil, uma pensão foi acertada e o falso furto ficou em segundo plano.

 

De acordo com Marcelo, Bolsonaro pediu a separação porque descobriu que a então esposa o traía com seu segurança, o bombeiro militar Luiz Cláudio Teixeira, que fazia a escolta do clã no Rio de Janeiro. Foi ali que teria se rompido a confiança de Bolsonaro em Ana Cristina, e o presidente, então, teria autorizado que os filhos passassem a tocar eles mesmos o recolhimento dos valores desviados de salários de seus assessores parlamentares. Segundo o ex-empregado, o comando da rachadinha saía então das mãos de Ana Cristina e passava a ser de responsabilidade direta de Flávio e Carlos Bolsonaro.


Suspeita de sortear serviços de prostituição em rifa tem prisão convertida em preventiva

 


A mulher suspeita de sortear serviços de prostituição por rifa em Salvador, Raquel da Costa do Nascimento, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) nesta sexta-feira (3). Raquel foi presa na noite da última quarta-feira (1º), quando a Polícia Civil desmontou uma casa de prostituição no bairro do Itaigara. Em nota publicada pelo portal G1, a defesa de Raquel revelou que tomou como surpresa a decisão da juíza da vara de audiência de custódia, que converteu o "suposto flagrante" em preventiva, pois entende que a mesma preenche todos os requisitos objetivos para responder o processo em liberdade.





A defesa de Raquel também afirmou que maiores informações sobre o envolvimento da suspeita na negociação de programas sexuais serão reveladas quando houver acesso a todos os elementos da acusação. As mulheres que estavam sendo sorteadas na rifa eram estimuladas a levar novas garotas para a casa de prostituição. A suspeita foi presa por equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), que recebeu denúncias de exploração sexual infanto-juvenil. Mas, ainda segundo o portal G1, a polícia não encontrou crianças ou adolescentes no local. 

A polícia ainda afirma que Raquel negociava as vítimas de exploração sexual por meio das rifas. "Durante as investigações chegamos a um card, onde no dia 1º de setembro haveria uma rifa, cujo sorteio correria pela loteria federal, e os prêmios seriam mulheres e bebidas alcoólicas", explicou a delegada Simone Moitinho, responsável pela Derrca. Todo o esquema da rifa era divulgado em um perfil da casa de prostituição, em uma rede social. No local, os investigadores encontraram seis garotas de programa, R$ 32 mil, 100 euros e 277 dólares, além de folhas de cheque. Maquinetas de cartão de crédito, cadernos com anotações e documentos das mulheres também foram apreendidos, o que configura prática exploração sexual.

A ação contou com o apoio do Núcleo de Inteligência (NI) do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), e as investigações devem seguir, para apurar se há exploração infanto-juvenil no local. Já presa, Raquel passou por exames de lesões e está à disposição da Justiça.

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