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quinta-feira, 27 de maio de 2021

'Sólidas como rocha': China e Rússia estão prontas para assegurar desenvolvimento global, diz Pequim

 


China apreciou demais as declarações do chanceler russo sobre o estado e o caráter dos laços sino-russos, e diz estar pronta para cooperação com Moscou em prol da promoção da democratização das relações internacionais.

Este posicionamento foi expresso pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, durante briefing desta terça-feira (25).

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, comentando eventual aliança com a China em caso de confronto com os Estados Unidos, anunciou que no momento Moscou e Pequim estão satisfeitos com o formato atual de cooperação bilateral. De acordo com as palavras do chanceler russo, as relações sino-russas demonstram alta dinâmica de desenvolvimento e hoje presenciam seu melhor momento na história.

"Nós apreciamos muito o posicionamento construtivo do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. As relações sino-russas de parceria abrangente e de interação estratégica em nova época estão temperadas como ouro do mais alto quilate e sólidas como rocha", declarou o diplomata chinês.

Zhao Lijian notou que a razão pela qual as relações entre a Rússia e a China suportaram as mudanças na situação internacional e se tornaram uma força estabilizadora no mundo contemporâneo é que ambos os países sempre aderiram princípios de não alinhamento a blocos e de recusa de confronto, com as ações tanto da China como da Rússia nunca tendo sido destinadas contra lados terceiros.

Além do mais, o diplomata ressaltou que a Rússia e a China sempre se respeitaram, levaram em consideração os interesses de cada lado e foram responsáveis pela manutenção da justiça, do sistema internacional com papel principal da ONU e da ordem mundial baseada no direito internacional.

"A China está pronta para cooperar com a Rússia e a comunidade internacional, a fim de continuar suportando e concretizando o multilateralismo verdadeiro, promovendo ativamente a democratização das relações internacionais, contribuindo com a intensificação de cooperação de benefício mútuo com todos os países, dando um novo impulso à paz e ao desenvolvimento global e também assegurando uma maior estabilidade", ressaltou.

Mais vistas da semana

Astrônomos descobrem galáxia gêmea da Via Láctea a 320 milhões de anos-luz da Terra (FOTO)

 


Astrônomos da Austrália e Alemanha estudaram em detalhe uma galáxia muito semelhante à Via Láctea e descobriram que a geração estelar mais antiga e mais tardia se localizam nela da mesma forma quem em nossa galáxia.

Portanto, os autores concluíram que a presença de duas gerações de estrelas é uma característica típica de galáxias espirais, e não uma característica ímpar da Via Láctea como se considerava anteriormente.

De acordo com as concepções modernas, a Via Láctea teria tido uma formação única que seria originada na sequência da colisão e fusão de várias galáxias.

Segundo os astrônomos, a evidência disso é a presença de estrelas mais antigas com metalicidade muito baixa que se formaram na etapa inicial da criação do Universo. Especificamente, tais estrelas são detectadas em halos galácticos que se estendem para além da parte visível de nossa galáxia e também no chamado disco "grosso".

O novo estudo questiona a singularidade da Via Láctea, e sugere que diferentes gerações de estrelas são o resultado do caminho natural de desenvolvimento que as galáxias espirais seguem.

A descoberta foi feita por uma equipe liderada por Nicholas Scott e Jesse van de Sande, do Centro de Excelência para Astrofísica de Todo o Céu em 3D (ASTRO 3D, na sigla em inglês), e universidades australianas e alemãs.

Imagem da galáxia espiral UGC 10738 localizada a 320 milhões de anos-luz da Terra
Imagem da galáxia espiral UGC 10738 localizada a 320 milhões de anos-luz da Terra

Os astrônomos obtiveram pela primeira vez uma imagem detalhada da galáxia UGC 10738 e descobriram que ela também possui um disco fino e um disco grosso semelhantes aos da Via Láctea.

Isso sugere que, ao contrário de teorias anteriores, estas estruturas não são o resultado de uma rara colisão com uma galáxia menor. Essa teoria altera a atual concepção, significando que nossa galáxia espiral não é o produto de um acidente anormal.

"Tendo em conta estes resultados consideramos que galáxias com as estruturas e propriedades particulares da Via Láctea poderiam ser descritas como 'normais'", disse Nicholas Scott.

Foi possível chegar a essa conclusão graças à posição transversal única da galáxia UGC 10738. Os astrônomos podem observar a seção transversal de sua estrutura, o que lhes permite ver que tipo de estrelas há em cada disco.

UGC 10738 está localizada a 320 milhões de anos-luz de distância. Em suas observações os cientistas utilizaram o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) e para avaliar a correlação de metais em estrelas em seus discos fino e grosso usaram um instrumento especial – o multiespectrômetro MUSE.


As mais vistas da semana

Vírus 'mais mortal' do que SARS-CoV-2 vai acarretar nova pandemia, alerta diretor da OMS

 


Um vírus ainda mais transmissível e fatal do que a COVID-19 vai suscitar nova pandemia no mundo, prevê o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), ressaltando "certeza evolutiva" desta possibilidade.

O alerta foi dado por Tedros Adhanom Ghebreyesus durante a reunião anual da agência das Nações Unidas com participação de ministros da Saúde de 194 Estados-membros na segunda-feira (24).

"Não se enganem, esta não vai ser a última vez que o mundo enfrenta a ameaça de uma pandemia", afirmou. "Há uma certeza evolutiva de que vai aparecer outro vírus com potencial de ser mais transmissível e mais fatal do que [o SARS-CoV-2]."

Em uma nota mais positiva, o diretor-geral admitiu que a quantidade global de casos e mortes pela COVID-19 registrados tem diminuído há três semanas consecutivas.

No entanto, o diretor-geral da OMS ressaltou que o mundo permanece "em uma situação frágil", e repreendeu as nações que acreditam estar fora de perigo, "não importando sua taxa de vacinação".

Ghebreyesus aproveitou a reunião para reforçar seu apelo aos governos para que doassem doses de imunizantes contra o coronavírus à COVAX, iniciativa apoiada pela OMS e GAVI Alliance.

Até agora, mais de 75% de todas as doses de vacinas foram administradas em apenas 10 países, de acordo com dados da OMS.
Para Ghebreyesus, esta "desigualdade escandalosa" está "perpetuando" a pandemia. Anteriormente, tendo se referido à situação como "apartheid de vacinas".

A eficácia das vacinas contra a COVID-19 já existentes não parece ser prejudicada pelas variantes emergentes do vírus, como a cepa primeiramente detectada na Índia, segundo o diretor-geral da OMS, que avisa que as variantes "estão mudando constantemente" e que as cepas futuras podem "tornar as nossas ferramentas ineficazes e nos arrastar de volta à estaca zero".

Braço robótico da estação espacial chinesa é motivo de preocupação para militares dos EUA

 


A instalação de um braço robótico acoplado ao módulo central da estação espacial chinesa preocupa os EUA, que suspeitam que esta tecnologia "possa ser usada em um futuro sistema para atacar satélites".

O dispositivo tem 10 metros de comprimento, sendo capaz de se movimentar pela parte exterior da estação Tiangong e levantar cargas com um peso de até 20 toneladas, escreve South China Morning Post.

O "braço" pode ser utilizado para imobilizar espaçonaves, quanto estas se aproximam da estação e ajudá-las a se acoplar à plataforma, dizem especialistas chineses.

James Dickinson, chefe do Comando Espacial dos EUA, disse em seu discurso no Congresso dos EUA que este dispositivo pode representar um "desafio" no âmbito espacial e que "poderia ser usado em um sistema futuro para 'agarrar' outros satélites", sendo, portanto, uma preocupação para os militares americanos.

A silueta da estação espacial Tiangong-1 é vista na imagem de radar do Instituto Fraunhofer de Física de Altas Frequências e Técnicas de Radar
© AP PHOTO / INSTITUTO FRAUNHOFER
A silueta da estação espacial Tiangong-1 é vista na imagem de radar do Instituto Fraunhofer de Física de Altas Frequências e Técnicas de Radar
"Um objeto notável é o Shijian-17, um satélite chinês com um braço robótico", disse o alto oficial, acrescentando que a sua capacidade de potencialmente derrubar sondas dos EUA é um "desafio progressivo" no domínio espacial.

"A China também tem vários sistemas de laser baseados no solo de diferentes níveis de potência que podem cegar ou danificar sistemas de satélites", acrescentou Dickinson.

Em 2016, a Academia de Tecnologia Espacial da China, que desenvolveu e opera o Shijian-17, disse que a sua missão era testar "tecnologias de observação de detritos espaciais em órbita alta".

No entanto, o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank sediado em Washington, disse em março que o satélite chinês ao longo dos anos tinha executado uma série de "manobras incomuns", variando sua posição em relação a outros satélites enquanto estava em órbita geoestacionária.

Lula: 'Sociedade que chora 450 mil mortos não pode assistir um presidente passeando de moto'

 


Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (27) que o presidente Jair Bolsonaro é "irresponsável" e "não vai escapar da culpabilidade" pelas mortes provocadas pela pandemia.

Em entrevista à Revista Forum, o petista afirmou que o chefe de Estado deixou de salvar os brasileiros devido ao seu comportamento. 

"Boa parte das pessoas que morreram a gente tem que debitar nas costas de Bolsonaro e nas pessoas que, subordinadas a ele, seguiram as orientações dele e não da ciência. O presidente não vai escapar da culpabilidade. Pode não ser agora, pode ser amanhã, mas é importante que o presidente carregue nas costas a responsabilidade por uma parte muito grande das pessoas que morreram. Não é que ele as matou. Ele deixou de salvá-las porque foi irresponsável”, argumentou. 

Lula também criticou a manifestação realizada no domingo passado no Rio de Janeiro, que contou com a presença de Bolsonaro.

“Uma sociedade que chora por 450 mil mortos não pode assistir um presidente passeando de moto sem oferecer um gesto de condolências pelo luto de milhares de famílias no seu país", disse.

'Vou conversar com muito mais gente'

Lula afirmou ainda que não pode falar que disputará as eleições de 2022, mas, "se entenderem que sou a pessoa mais fácil para ganhar as eleições, não tenho dúvidas de que serei candidato".

"Eu vou conversar com muito mais gente, porque o nosso problema agora não é só recuperar a democracia. É transformar a nossa Constituição em uma coisa real, porque tudo está previsto lá", disse o ex-presidente.

"Não é o Lula que vai derrotar o Bolsonaro. É o povo brasileiro que vai dizer: 'Nós não merecemos isso. Nós gostamos de paz, esperança, amor, cultura. Nós gostamos de gostar'. É esse novo gesto do povo brasileiro, que não está baseado no ódio de 2014 nem de 2018 que vai permitir o povo brasileiro voltar a ser feliz e votar a sorrir”, acrescentou.

Encontro com FHC

Sobre o encontro recente que teve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que a conversa não foi para "combinar sobre programa de governo", mas sobre viver de forma civilizada". 

O petista contou que disse ao tucano ser "anormal", "para quem ama a democracia", ter um "presidente tipo Bolsonaro". 

"Porque ele é a negação da política, negação da democracia, do humanismo. Ele é tudo o que a gente jamais esperava que fosse governar esse país”, disse Lula. "Quando resolvemos no encontrar, é porque tínhamos interesses comuns para discutir. O primeiro deles é o reestabelecimento da democracia no país. Eu digo sempre que era um prazer e era um luxo o Brasil ter o PT e o PSDB discutindo e disputando a Presidência", acrescentou.


 

Pandemia vai se intensificar no Brasil nas próximas semanas, alerta Fiocruz

 


Sputnik - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a média de mortes diárias pelo coronavírus devem alcançar 2.200 nas próximas semanas. 

Em seu relatório Observatório Covid-19, a entidade disse ainda que a ocupação de leitos de UTI para a doença aumentaram ou continuam em patamares elevados em quase todo o Brasil. 

De acordo com o documento, houve uma estabilização das taxas de mortalidade da Covid-19 entre 16 e 22 de maio, em torno de 1.900 óbitos por dia, nível considerado alto. Até 10 de maio, a tendência era de queda.

No entanto, está ocorrendo um aumento do número de casos, o que vai se refletir em uma alta nas mortes nas próximas duas semanas. 

"Esse contexto vai gerar novas pressões sobre todo o sistema de saúde. O aumento no número de internações, demonstrado pelo crescimento das taxas de ocupação dos leitos de UTI, é resultado desse novo quadro da pandemia no Brasil", diz o relatório

O Observatório Covid-19 ressalta ainda o rejuvenescimento da pandemia, o que, "associado à circulação de novas variantes do vírus no país e ao relativo sucesso da campanha de vacinação entre populações mais idosas, torna mais crítico o tratamento para casos graves entre grupos mais jovens".

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