Total de visualizações de página

Leitores online

sábado, 4 de junho de 2022

EUA publicam documento criticando Brasil e citando encontro de Bolsonaro com neta de nazistas

 


O documento, elaborado anualmente por Washington, examina a questão da liberdade religiosa no mundo.

O documento, elaborado anualmente por Washington, examina a questão da liberdade religiosa no mundo.
Foi publicado nesta semana, pelo Departamento de Estado dos EUA, o informe oficial do governo norte-americano sobre a liberdade religiosa no mundo.
Em uma seção dedicada ao Brasil, o governo de Joe Biden lista ataques contra minorias religiosas e o encontro do presidente Jair Bolsonaro e uma representante da extrema-direita alemã.

"Em julho [de 2021], o presidente Jair Bolsonaro encontrou-se com Beatrix von Storch, deputada e legisladora alemã do Partido Alternativa para a Alemanha (AfD)", escreve o documento.

O informe acrescenta que representantes de entidades judaicas criticaram o encontro, argumentando que a AfD era um partido que minimizou as atrocidades nazistas e o Holocausto.
Tratando do tema de liberdade religiosa, o Departamento de Estado dos EUA cita reportagens da imprensa e afirma que o "respeito social pelos praticantes de religiões minoritárias - especialmente as religiões afro-brasileiras - continua fraco, e os ataques aos terreiros continuaram".
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em frente a bandeira dos EUA durante entrevista coletiva com o então conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O'Brien, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Brasil, 20 de outubro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 26.05.2022
Notícias do Brasil
Itamaraty: Bolsonaro aceita convite de Biden para participar da Cúpula das Américas
O documento também cita o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente brasileiro, lembrando que ele foi indiciado por "pertencer uma organização criminosa que se opunha à democracia".
O informe do governo norte-americano foi publicado uma semana antes da ida de Bolsonaro para a Cúpula das Américas, em Los Angeles. Biden e Bolsonaro devem ter, na ocasião, o seu primeiro encontro.
Beatrix von Storch, deputada e vice-líder do partido que esteve com Bolsonaro, é neta do ministro de Finanças de Adolf Hitler, condenado pelo Tribunal de Nuremberg por crimes de guerra.
O seu partido, o AfD, embora faça parte do parlamento alemão, foi acusado nos últimos anos de tentar minar a democracia alemã.

Terrível! Cantora morre após ser atingida por carro desgovernado

 


A cantora de sertanejo Tâmara Matos, 27 anos, morreu após ser atingida por um carro desgovernado na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, na tarde de quinta-feira (2). Nesta sexta (3), o corpo dela é velado por familiares e amigos, e será sepultado no cemitério do município.

Tâmara seguia para um restaurante com duas amigas, onde as três iriam almoçar, quando foram surpreendidas pelo carro, que subiu a calçada. Ela e uma das jovens foram vítimas de atropelamento, e a cantora chegou a ser arrastada pelo chão. 

A artista e uma das amigas, cujo nome não foi divulgado, foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e levadas para o Hospital Calixto Midlej Filho. Tâmara não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. A outra vítima não teve ferimentos graves, foi atendida e liberada.

O carro era dirigido por uma idosa de 66 anos, que também não teve nome divulgado. A polícia não informou se ela ficou detida, nem o que causou o acidente, mas disse que ela responderá por homicídio culposo. 

Tâmara preparava uma concorrida agenda de shows para o São João e se apresentou em Coaraci, cidade da mesma região de Itabuna, no último final de semana. A jovem era engenheira e também trabalhava na Secretaria Municipal de Infraestrutura de Itabuna. A prefeitura emitiu nota lamentando a morte.


Fonte: g1


"A gente tem que ter coragem para dizer: não haverá garimpo em terra indígena", diz Lula

 


O ex-presidente Lula participou de uma uma reunião neste sábado (4), com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin e lideranças políticas, para abordar sobre temas referentes ao meio ambiente, crise climática e a economia brasileira. O petista reforçou que “o meio ambiente precisa ser visto como um meio de desenvolvimento do país”. “Temos que olhar para a floresta e pensar em como desenvolver e mantê-la em pé”, completou. Lula também defendeu a criação de diversas cooperativas no país que irão promover a geração de empregos e a sustentabilidade. 

Ele ainda ressaltou a importância de eleger parlamentares comprometidos com a questão ambiental para lutar contra a “bancada do orçamento secreto”.

Lula defendeu também políticas de proteção aos povos originários. "A gente tem que ter coragem para dizer: não haverá garimpo em terra indígena".

"Nós teremos um grande trabalho para reconstruir tudo aquilo que foi destruído. Conama, Ibama, Instituto Chico Mendes. Tudo isso nós teremos que retomar. E vamos ter que fazer um trabalho muito sério para isso.", finalizou.




 

Pesquisas internas mostram que rótulo de “preguiçoso” colou em Bolsonaro e Planalto acende sinal de alerta

 



“Média de 3,6 horas trabalhadas por dia e dezenas de folgas autoconcedidas. Entre jogos de futebol, viagens para lazer e passeios de jetski, não sobra muito tempo para Bolsonaro trabalhar”. A postagem foi feita nesta sexta-feira (3) pela equipe do ex-presidente Lula nas redes sociais. Um meme apelida o presidente de “vagal da República”.


Mas não é só o principal adversário que tem compartilhado essa percepção. Pesquisas internas encomendadas pela equipe de Jair Bolsonaro, a partir de monitoramento nas redes, identificaram que o rótulo de “preguiçoso” pegou, depois de muitas sequências de passeios de moto e jet ski e agendas vagas e de meio período.

O resultado acendeu o alerta no entorno do presidente, publicou a coluna Radar, da Veja. Recentemente, um estudo comprovou que Bolsonaro trabalha, em média, menos de 5 horas por dia. A quantidade média de sua carga de trabalho ainda diminuiu nos últimos anos: passou de 5,6 horas em 2019, primeiro ano de governo, para só 3,6 horas este ano.


Confira o texto publicado no site de Lula:

Bolsonaro governa o país – governa? – como se estivesse permanentemente de férias

Passeando de moto ou flanando por aí de jet-ski, o presidente Jair Bolsonaro se comporta como um adolescente deslumbrado, enquanto o contribuinte pena com a inflação dos alimentos nas alturas, os seguidos reajustes do preço dos combustíveis, o desemprego e a volta da fome. Mesmo em meio aos inúmeros escândalos de corrupção no seu governo, o presidente parece estar sempre de folga.

Reportagem da Folha de S.P. revela que Jair faz do lazer uma rotina, mesmo em momentos em que o país está em crise. No dia em que o Brasil atingia 10 mil mortos pelo coronavírus, o presidente passeava de moto aquática pelo Lago Paranoá, em Brasília, enquanto Legislativo e Judiciário decretavam luto nacional. Hoje, são mais de 660 mil mortos.

Em 3 anos e 5 meses de mandato, por 15 vezes Bolsonaro esteve fora de Brasília, curtindo férias e feriadões nos litorais paulista, baiano e catarinense, de folga. A situação era muito diferente na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva: em seus primeiros 3 anos e 5 meses de mandato, Lula só esteve fora em três ocasiões (cinco vezes a menos od que Bolsonaro).

No final de dezembro de 2021, quando a Bahia enfrentava a crise gerada pelas fortes chuvas, que resultaram na morte de mais de 20 pessoas, Bolsonaro gastava R$ 900 mil curtindo férias, de folga em Santa Catarina. Assista aqui a como deve se portar um presidente em uma tragédia.

Constam ainda na agenda de Jair 15 idas a jogos de futebol e nada menos que 33 motociatas, cavalgadas e afins. A maior parte dessas escapadas ocorreu em dias úteis e não teve nenhuma relação com o exercício da Presidência.

Não é novidade, no entanto, que o homem que passou 27 anos como deputado federal e teve apenas dois projetos aprovados não é muito afeito ao trabalho. Estudo divulgado em abril chamado “Deixa o Homem Trabalhar” mostra que Bolsonaro cumpriu expediente médio de apenas 4,8 horas, 20% a menos do que um estagiário, desde que assumiu a presidência da República. Nunca na história do Brasil um presidente trabalhou tão pouco. A média de horas diárias trabalhadas em 2022 é ainda menor: são apenas 3,6 horas por dia.

Em março deste ano, a revista Veja divulgou que o presidente teve uma média de menos de três horas trabalhadas por dia no mês. “O mês de março, como um todo, tem sido de poucos compromissos para o presidente. Nos seis dias úteis que o mês teve até então, Bolsonaro tem uma média de 2,5 horas trabalhadas por dia, segundo a sua agenda oficial”, diz a reportagem.

Ao que tudo indica, Bolsonaro também não é muito adepto a acordar cedo. Ainda de acordo com a reportagem da Folha, apenas em 2021, por 27 vezes o expediente do presidente começou depois de 12h. No total, Bolsonaro teve 48 dias úteis sem nenhum compromisso oficial nesses quase três anos e meio – descontados os dias em que ele passou internado – e 69 dias úteis em que o presidente só teve compromissos após meio-dia.

Bolsonaro alega que muitos dos eventos públicos que frequenta, como as tais motociatas, são compromissos da pessoa física, e por esse motivo não constam da agenda oficial, em uma nítida confusão entre o público e o privado.

Entre as dezenas de folgas autoconcedidas não sobra tempo para Bolsonaro governar o país.

STF: Fux marca para o dia 7 sessão para analisar decisão de Nunes Marques sobre Francischini

 



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu marcar para a próxima terça-feira (7) uma sessão extraordinária do plenário virtual para analisar decisão do ministro Kassio Nunes Marques que devolveu o mandato ao deputado estadual do Paraná, Fernando Francischini (União Brasil), cassado pelo TSE.

A decisão de Fux atende a um pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora de um pedido feito pela defesa de um dos suplentes de Francischini, o deputado estadual Pedro Bazana (PSD), que entrou com ação nesta sexta-feira (3).

A ministra solicitou a sessão extraordinária do plenário virtual (entre 0h e 23h59 de terça-feira) por entender que o caso exige urgência, informa reportagem da CNN.

No plenário virtual, os ministros depositam os votos no sistema eletrônico do STF no período estabelecido, sem debate no plenário físico.

Ataque às urnas eletrônicas

Em outubro do ano passado, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Francischini e tornou o bolsonarista inelegível por oito anos, atendendo a um pedido do MP Eleitoral. 


No dia do primeiro turno do pleito de 2018, o então candidato fez live em seu Facebook, com ataques sem provas e com informações falsas contra o sistema eleitoral.


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Coronel foge para não explicar por que o Exército compra Viagra do laboratório que inundou o país de cloroquina

 


O coronel Anderson Berenguer, diretor do laboratório químico farmacêutico do Exército, não apresentou motivo para negar o convite feito pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, conforme informa a Folha. Mas ao fazer forfait e deixar os deputados à espera de suas explicações, é possível que tenha avaliado que deveria proteger a própria pele. Ou a própria “imagem”, se preferirem. 

Chamado a participar de audiência pública ontem (01/06), o coronel fugiu de ter que debater parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs) em curso nos laboratórios públicos do país. Uma dessas PDPs, segundo alega o Exército, é a da transferência de tecnologia para a produção do citrato de sildenafila, (nome científico do Viagra), que incluiu a compra de milhões de comprimidos entre 2019 e 2022. Em carta aos deputados da comissão, Berenguer diz que declinou do “digno convite”, e sugere que a Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil seja chamada a falar.

Jorge Solla, deputado federal do PT-BA, disse ao jornal que “Eles – Forças Armadas – contrataram a aquisição do Viagra como sendo de PDP, com o laboratório EMS. Com isso, fizeram uma compra de Viagra sem licitação. “Nossa suspeita, com evidências fortes, é a de que foi uma forma de burlar a licitação e escolher um laboratório específico”, afirma o parlamentar. Bingo!

Conforme apurou a Comissão, como não existe patente do Viagra no Brasil e o sistema de PDP permite que você não precise fazer licitação, já há quatro anos o Exército adotou a prerrogativa de indicar uma empresa detentora da tecnologia, capaz de transferir suas especificidades a um laboratório público do Brasil. Durante esses quatro anos, segundo o deputado, a Força adota esse expediente sem, contudo, se beneficiar da transferência de tecnologia. Uma forma de burlar a licitação, apenas.

Embora a sociedade ignore se há uma “epidemia de impotência” nas fileiras e o Exército alegue que a compra foi para uso no combate à “hipertensão pulmonar” (doença que costuma acometer mais mulheres, e cuja posologia não é a mesma do Viagra, pois no caso da hipertensão é de apenas 20mg, quando a do Viagra é de 25mg), o contrato segue nesses moldes.

Aí começam as coincidências. Prestaram a atenção ao nome do laboratório que fornece o “estimulante” para as fileiras? Não?! Pois foi o EMS, reconhecidamente o “rei dos genéricos”.

O EMS, maior indústria farmacêutica do Brasil, foi o primeiro laboratório a obter licença da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para produzir a versão genérica do Viagra, no país, em 2014, ano em que expirava a validade da patente do medicamento (fonte: portal Guiame.com). Àquela altura, – 21/06/2014 -, Waldir Eschberger Júnior, o vice-presidente de mercado da EMS, publicou nota, avisando que aguardava apenas isto para disponibilizar o remédio no mercado brasileiro, a expiração da patente.

Tinham diante de si um mercado para lá de promissor, anunciavam, para “um dos medicamentos mais vendidos no país, que movimentou cerca de R$ 170 milhões no ano passado (2013 – grifo nosso). Em âmbito global, esta quantia chegou a US$ 1,9 bilhão.” E avisava: “Queremos ser o primeiro a chegar às farmácias, pois, quem sai na frente, sempre acaba liderando as vendas”, dando mostras do seu “tino” comercial.

E não foi diferente com a Cloroquina, amplamente debatida durante a pandemia, quando foi apresentada por Bolsonaro, filhos e membros do seu governo, como a “saída milagrosa” para as milhares de mortes por Covid-19, em um mercado potencial de R$ 9,7 milhões por mês no Brasil. Bolsonaro queria que a população esquecesse as vacinas e acatasse a sua empulhação negacionista. Fazia corpo mole para a aquisição das vacinas comprovadas cientificamente como eficazes e que não chegavam ao Brasil devido às “negociatas” flagradas pela CPI da Covid.

O que se sabe é que o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) aumentou em 80 vezes a produção do remédio desde março de 2020, e laboratórios privados prometiam em julho daquele ano ampliar a fabricação. Embora especialistas em saúde pública temessem efeitos colaterais da cloroquina, no uso contra o coronavírus, o embate em torno do medicamento, com contornos técnicos e políticos, movimentou o mercado farmacêutico brasileiro. Diante de tamanha perspectiva, os laboratórios privados ampliaram a fabricação, para distribuição em hospitais e postos de saúde públicos.

O aumento da produção do foi determinado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, defensor enfático da cloroquina. Por que será?

Cloroquina foi assunto dos mais discutidos na PCI da Covid

Antes da pandemia, a média produzida era de 250 mil comprimidos a cada dois anos, quase todos para combater malária e doenças reumatoides, como lúpus. No auge da pandemia foram 2 milhões de pílulas em três meses (março, abril e maio), com prioridade para a covid-19.  A produção ganhou tal ritmo que precisou ser interrompida por falta de insumo – encomendado da Índia -, mas foi retomada em junho de 2020, numa quantia não divulgada pelas Forças Armadas, o que gerou investigação.

O Ministério Público de Contas (MPC) solicitou ao Tribunal de Contas da União auditoria sobre possível superfaturamento nas compras de insumos de cloroquina feitas pelo Exército, sem licitação, e mandou checar também o porquê da ampliação na oferta de um medicamento que ainda não tinha comprovação científica para tratar a covid-19.

O subprocurador-geral do MPC, Lucas Rocha Furtado, investigou se procediam informes de possível superfaturamento. Afinal, o preço do quilo do sal difosfato (matéria-prima produzida na Índia) comprado pelo Exército, na época, havia saltado de R$ 219 para R$ 1,3 mil entre maio de 2019 e maio de 2020.

Como a produção, não atendesse à enorme demanda provocada pela propaganda do presidente, a produção do laboratório militar, localizado no Rio de Janeiro e criado em 1808 (com o nome de Botica Real Militar), não tinha mãos a medir quanto à enorme demanda criada por ele e pelo medo da maior ameaça sanitária já enfrentada pelo Brasil. O país, àquela quadra estava com mais de 1,7 milhão de infectados pelo coronavírus e grande parcela permanecia hospitalizada em estado grave. As Forças Armadas não produziam todo o medicamento, mas apenas o difosato de cloroquina (fabricado desde 1940) e não dominavam a forma mais moderna e com menos efeitos colaterais, o sulfato de hidroxicloroquina, segundo alegavam para a compra, pelo governo, nos laboratórios privados.

Foi aí que entraram os laboratórios privados, prometendo medicamento de última geração, em troca da perspectiva de um mercado de R$ 9,7 milhões mensais. Uma fatia mercadológica a ser disputada. Somente três indústrias particulares estão autorizadas a comercializar a hidroxicloroquina no Brasil: a multinacional Sanofi, e as brasileiras EMS e Apsen. A da Sanofi é importada da Europa. Essa empresa, inclusive, decidiu interromper as vendas no Brasil, em meio à polêmica sobre efeitos adversos em pacientes com covid-19.

Uma quarta empresa, a brasileira Cristália, se ofereceu para também produzir. Essas indústrias farmacêuticas informaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que reuniam condições de produzir 7,2 milhões de comprimidos por mês.

Um deles, o laboratório EMS – Chamado de “rei dos genéricos”. O EMS produz uma hidroxicloroquina genérica, semelhante ao Plaquinol, da francesa Sanofi-Aventis (que tem como acionista o presidente norte-americano Donald Trump). O dono do EMS e de outro laboratório apto a produzir cloroquina, o Germed, é Carlos Sanchez, chegaram a participar de duas reuniões de industriais com Jair Bolsonaro, nas quais o presidente prometeu pressionar a Índia pela venda de produtos necessários à fabricação do medicamento. Sanchez foi um dos que pediram e conseguiram que o imposto de importação dos insumos da cloroquina fosse zerado. Ele também obteve aprovação da Anvisa para estudos clínicos apoiados pela empresa EMS para uso de hidroxicloraquina em pacientes com coronavírus, (de acordo com informações da GZH).

Por toda esta interligação entre uma situação e outra, o coronel Berenger deve ter avaliado com os botões da sua farda se valia a pena amarrotá-la durante horas de depoimento a deputados ávidos a espremê-lo, sobre tema espinhoso e cujas explicações ele talvez não detenha todas. Por fim, concluiu: melhor escapar desses congressistas cheios de tesão para arrancar dele a história da contratação de lotes de Viagra.

Publicado originalmente no site Jornalistas pela Democracia

YouTube pode ser responsabilizado por uploads sem direitos autorais, diz corte alemã

 



Reuters - O YouTube e outras plataformas poderão pagar por danos aos direitos autorais de uploads não autorizados, mesmo que o conteúdo tenha sido colocado online por terceiros, decidiu o principal tribunal da Alemanha.

As plataformas seriam responsabilizadas apenas se não agirem rapidamente para bloquear o acesso depois de terem conhecimento de uploads ilegais, disse o tribunal em sua decisão nesta quinta-feira.

O caso ocorre em meio a uma longa batalha entre a indústria criativa europeia e as plataformas online na busca de reparação por uploads não autorizados.

Os operadores de plataformas de upload também podem, em princípio, ser obrigados a divulgar a identidade dos usuários que cometem as infrações e seus endereços de e-mail, de acordo com a decisão.

A corte baseou sua argumentação em uma decisão emitida pelo Tribunal de Justiça da União Europeia no ano passado.

A decisão desta quinta-feira envolve uma ação movida por um produtor musical, uma vez que as gravações de vídeo e áudio de um artista que ele detinha os direitos ainda estavam disponíveis no YouTube, embora o advogado do produtor tenha enviado um pedido de remoção dos arquivos.

Nenhuma decisão final sobre a responsabilidade do YouTube foi tomada pelo tribunal, o que significa que o caso retornará aos tribunais inferiores para reanálise com base nas novas diretrizes.

O YouTube disse estar confiante nos sistemas que construiu para combate da violação de direitos autorais e garantia que os detentores recebam a parte a que têm direito.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Astrônomos acreditam que galáxias do Universo primitivo podem ter sido devoradas por buracos negros

 


Nova pesquisa revela que buracos negros supermassivos no centro das galáxias devem ser os responsáveis por não permitir um maior número de formação de estrelas.

Não sendo muito ativa na criação de estrelas, a Via Láctea produz todos os anos cerca de três a quatro sóis dentre a vastidão de todo o seu corpo espiral.
Ainda mais paradas, as galáxias elípticas, cuja maior parte da formação de estrelas cessou há muito tempo, intrigam os cientistas pela pouca quantidade de estrelas.
De acordo com a Science Alert, os astrônomos acreditam que tais características têm algo a ver com os buracos negros supermassivos encontrados no centro de todas as galáxias.
Uma equipe internacional de astrônomos liderada pelo pesquisador Kei Ito, da Universidade de Pós-Graduação em Estudos Avançados, SOKENDAI, no Japão, examinou o Universo primitivo para descobrir se esse é o caso.
Usando alguns dos telescópios mais poderosos do mundo, a equipe coletou dados em vários comprimentos de onda de luz para identificar galáxias cuja luz viajou de 9,5 bilhões a 12,5 bilhões de anos através do golfo do espaço-tempo.
Impressão artística da super-Terra em órbita ao redor da estrela anã vermelha GJ-740 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2022
Sociedade e cotidiano
Astrônomos encontram exoplaneta parecido com a Terra a apenas 36,5 anos-luz de distância
Dentro da análise, os dados ópticos e infravermelhos foram responsáveis por identificar galáxias cuja formação de estrelas está em andamento e aquelas em que a formação de estrelas já cessou.
Em seguida, os dados de raios X e rádio foram analisados para identificar a atividade dos buracos negros supermassivos. Este é o mecanismo pelo qual os astrônomos acreditam que a formação de estrelas pode ser extinta. Quando um buraco negro supermassivo está ativo, ele devora grandes quantidades de matéria do espaço ao seu redor. Apesar de este processo ainda ser um pouco confuso e violento, o efeito produzido e conhecido como "feedback" seria uma justificativa possível para o fenômeno.
Todos sabemos que nada pode emergir além do horizonte de eventos de um buraco negro, mas o espaço ao seu redor é uma questão diferente. O material gira em torno do buraco negro, como água circulando um ralo, em que a gravidade e o atrito da matéria produzem uma intensa radiação que incendeia o Universo.
Outra forma que o feedback assume é a de jatos explodindo das regiões polares do buraco negro. Desta maneira, os cientistas acreditam que o material fora do horizonte de eventos seja acelerado ao longo do campo magnético externo do buraco negro, para ser lançado dos polos como jatos poderosos e focados de plasma que viajam a uma porcentagem significativa da velocidade da luz.
Esta é a primeira imagem de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia - Sputnik Brasil, 1920, 12.05.2022
Sociedade e cotidiano
Astrônomos divulgam primeiras IMAGENS do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea
Por fim, a outra forma de feedback produzido pelos buracos negros supermassivos ativos são os intensos ventos que varrem as galáxias. Acredita-se que todas as três formas de feedback – a radiação, os jatos e os ventos – aquecem e afastam o gás molecular frio necessário para a formação de estrelas-bebês.
Colocando em perspectiva, em distâncias ainda mais vastas, essas galáxias são muito mais difíceis de se ver, por exemplo, porque são fracas e pequenas do nosso ponto de vista atual, de tal forma que os pesquisadores tiveram de "empilhar" as galáxias juntas para enfatizar a luz de rádio e raios X que são os sinais reveladores de um buraco negro supermassivo ativo todos esses bilhões de anos atrás.
Através dessa técnica, a equipe encontrou um "excesso" de raios X e sinal de rádio muito forte para ser explicado apenas pelas estrelas nas galáxias com pouca ou nenhuma formação de estrelas, o que deve significar que o sinal corresponde ao de um buraco negro supermassivo ativo.
Os pesquisadores concluíram que é muito plausível que um buraco negro supermassivo ativo tenha um papel determinante nas mortes abruptas dessas galáxias misteriosas e fantasmagóricas.

Minha lista de blogs