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domingo, 29 de março de 2020

Irresponsável, Bolsonaro afronta o país, promove aglomeração e espalha fake news sobre cura do coronavírus




Um dia após o ministério da Saúde recomendar o isolamento como única alternativa para minimizar os efeitos devastadores do coronavírus, Jair voltou a afrontar as instituições e a sociedade: juntou seu séquito de assessores e pegou a estrada até as cidades satélites de Brasília, onde desfilou junto a populares para vender a ideia do fim da quarentena e os milagres da cloroquina como elixir da cura da pandemia.
Perguntado sobre as recomendações das autoridades, disse que não iria desautorizar ninguém, ressaltando, porém, sua real intenção como mandatário número 1 do país: desmanchar o isolamento social e jogar a população à própria sorte na luta contra o vírus.

“Esse isolamento, se continuar assim, lá na frente, com a brutal quantidade de desemprego, teremos um problema sério que vai levar anos para ser reparado”, disse, referindo aos interesses de setores produtivos preocupados unicamente com os lucros em detrimento da saúde pública.
Jair garantiu, sem dar nenhuma esperança de tratamento e cura, exceto pela fake news de que a cloroquina chegou para solucionar o problema, que 60% da população vai pegar o coronavírus, numa visão simplista e conformista da pandemia.
“Essa coisa toda não é para evitar o contágio da infecção, porque ela virá”, avisou, lembrando que o foco a ser buscado pelo país são os empregos de pelo menos 38 milhões de brasileiros que já estão sem comida na geladeira.
Rapidamente, o assunto se espalhou nas redes e chocou autoridades.
“O presidente deveria ser preso”, comentou o senador e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa.
O DF mantém funcionando somente serviços essenciais em razão da pandemia. Ele desrespeitou todos os protocolos estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde”.
Impeachment é pouco.

O DF mantém funcionando somente serviços essenciais em razão da pandemia. Mas, na manhã de hoje, @jairbolsonaro foi à Ceilândia, cidade mais populosa, promover aglomeração e desrespeitar todos os protocolos estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde. Deveria ter sido preso.
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