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domingo, 3 de maio de 2020

Bolsonarismo: Presidente do Conselho de Medicina espalha fake news sobre o coronavírus em Alagoas




O que pretende o senhor Fernando Pedrosa (foto), presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas? A pergunta se impõe diante da entrevista que ele concedeu à Gazeta, na qual levanta suspeitas sobre os números relativos à pandemia de Covid-19 no estado. Sua fala é no mínimo irresponsável. Sem apresentar dados, sem qualquer base técnica, ele simplesmente afirma que o número de óbitos é inferior ao que está sendo divulgado pela Secretaria de Saúde. Qual é a sua fonte de informação, meu senhor?

Vejam o que Fernando Pedrosa fala ao jornal: “Não é esse o total de mortes. Deveríamos ter 700 casos para esse número de mortes”. Quando deu a entrevista, havia sete óbitos confirmados. Agora são 15. Pedrosa está dizendo que o “normal” é que seja uma morte para cada 100 casos da doença. Diz ele, segundo a Gazeta, que é “parâmetro internacional”. Daí sua fantasiosa conclusão estatística.

O médico e presidente do conselho da categoria em Alagoas avança na sua versão tresloucada da pandemia por aqui e se sai com esta: “Desse tipo de esquema estou fora, não precisam me chamar”. Esquema?! Que história essa, cidadão? Pelo que entendi, o veterano profissional insinua que as autoridades alagoanas estão fraudando os dados sobre a pandemia. É uma acusação gravíssima.

Pedrosa parece tomado por uma teoria da conspiração. Além de irresponsáveis, suas ilações também podem ser consideradas criminosas. O governo estadual faria bem se recorresse à Justiça, no mínimo com uma interpelação, para que o mandachuva do Cremal explicasse de onde ele tirou essa onda de “esquema”. Ou prova o que diz ou então que responda por seu trololó delinquente. Não tem outra.

As declarações de Fernando Pedrosa caíram muito mal entre seus próprios pares. Natural. Ao fazer afirmações estúpidas sobre essa crise provocada pelo coronavírus, ele insulta dezenas e dezenas de profissionais que dedicam todos os esforços no enfrentamento da doença. Pedrosa ofende médicos, enfermeiros, técnicos e todo um batalhão de gente que trabalham sério na linha de frente.

Nas redes sociais, profissionais que batalham nas unidades que recebem pacientes com suspeita de Covid-19 repudiam a descabida postura do presidente do Cremal. Uma médica escreveu o seguinte sobre as ideias cretinas de Fernando Pedrosa: “Destila seu veneno e sua teoria conspiratória, sem pé nem cabeça, assustando a população que já está aterrorizada com esta doença”. É isso mesmo.

Outra profissional, também em rede social, fez o seguinte comentário sobre o homem da tese conspirativa e do “esquema”: “Estou pasma! Inacreditável essa fala do Fernando Pedrosa. Quem estiver achando que é mentira, venha trabalhar na linha de frente”. É uma reação previsível diante de declarações que, deliberadamente, distorcem a realidade ululante. Ou é piada ou é pilantragem.

Insisto: o que motiva afinal o médico Pedrosa a atacar o trabalho de tanta gente com essas asneiras publicadas pela Gazeta? A própria reportagem dá uma pista elucidativa já no fim do texto. O presidente do Cremal está com raivinha porque, como ele diz, teria sido “descartado” pelo governo ao tentar se meter na equipe que planeja as ações oficiais. O interesse mesquinho suplanta a ética.

Suponho que, caso estivesse na equipe oficial do governo, Pedrosa não estaria vendo nada de errado na forma como gestores atuam. Mas, como não conseguiu um palanque para si próprio, dana-se a espalhar fake news sobre algo tão sério. Vaidade, tudo é vaidade... E olhe que o homem está nessa boa vida do Cremal há décadas. Desconheço que tipo de contribuição já tenha dado a Alagoas.

Vejam que coisa: não bastasse a realidade dramática de uma pandemia, ainda temos de lidar com algumas vozes que apenas tumultuam o trabalho sério que precisa ser tocado. Assim não dá, meu amigo. Enquanto o presidente do Cremal recorre ao diversionismo – apenas por interesse particular –, um exército na medicina luta pela vida de tanta gente. Doutor Fernando Pedrosa, cala a boca!

domingo, 29 de março de 2020

Irresponsável, Bolsonaro afronta o país, promove aglomeração e espalha fake news sobre cura do coronavírus




Um dia após o ministério da Saúde recomendar o isolamento como única alternativa para minimizar os efeitos devastadores do coronavírus, Jair voltou a afrontar as instituições e a sociedade: juntou seu séquito de assessores e pegou a estrada até as cidades satélites de Brasília, onde desfilou junto a populares para vender a ideia do fim da quarentena e os milagres da cloroquina como elixir da cura da pandemia.
Perguntado sobre as recomendações das autoridades, disse que não iria desautorizar ninguém, ressaltando, porém, sua real intenção como mandatário número 1 do país: desmanchar o isolamento social e jogar a população à própria sorte na luta contra o vírus.

“Esse isolamento, se continuar assim, lá na frente, com a brutal quantidade de desemprego, teremos um problema sério que vai levar anos para ser reparado”, disse, referindo aos interesses de setores produtivos preocupados unicamente com os lucros em detrimento da saúde pública.
Jair garantiu, sem dar nenhuma esperança de tratamento e cura, exceto pela fake news de que a cloroquina chegou para solucionar o problema, que 60% da população vai pegar o coronavírus, numa visão simplista e conformista da pandemia.
“Essa coisa toda não é para evitar o contágio da infecção, porque ela virá”, avisou, lembrando que o foco a ser buscado pelo país são os empregos de pelo menos 38 milhões de brasileiros que já estão sem comida na geladeira.
Rapidamente, o assunto se espalhou nas redes e chocou autoridades.
“O presidente deveria ser preso”, comentou o senador e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa.
O DF mantém funcionando somente serviços essenciais em razão da pandemia. Ele desrespeitou todos os protocolos estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde”.
Impeachment é pouco.

O DF mantém funcionando somente serviços essenciais em razão da pandemia. Mas, na manhã de hoje, @jairbolsonaro foi à Ceilândia, cidade mais populosa, promover aglomeração e desrespeitar todos os protocolos estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde. Deveria ter sido preso.
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