A expectativa de um aumento significativo do número de vítimas do novo coronavírus ainda neste mês de abril levou a Prefeitura de São Paulo a ampliar em 55% a frota de veículos para transporte de corpos, de 36 para 56 carros funerários.
Também serão contratados emergencialmente 220 novos coveiros para atender os 22 cemitérios públicos espalhados pela capital paulista.
Esse batalhão de novos funcionários vai suprir uma baixa significativa na equipe atual, devida a afastamentos preventivos, e, ainda, conseguir ampliar a capacidade a média diária de sepultamentos na cidade de São Paulo.
De acordo com dados da gestão Bruno Covas (PSDB), a capital tem 257 sepultadores, dos quais 152 deles foram afastados no mês passado por integrarem o grupo de risco --pessoas com mais de 60 anos ou com doenças como diabetes e hipertensão.
A nova equipe assumiu os trabalhos na última segunda-feira (30), em contrato com empresa especializada pelo prazo de seis meses, ao custo de R$ 9 milhões.
Ainda segundo a prefeitura, o Serviço Funerário Municipal realiza, em média, cerca de 250 sepultamentos ao dia na capital. No inverno, essa média sobre para cerca de 340 sepultamento. Isso se deve ao fato de que na estação crescem as doenças e complicações respiratórias.
De acordo com o município, dez dos novos veículos funerários serão destinados exclusivamente para o transporte de corpos de vítimas da Covid-19, ou daqueles em que se suspeite que tenham morrido da doença.
Também haver uma operação especial para higienização desses veículos ao final de cada turno de trabalho. Serão utilizados detergente, água sanitária e cloro. Todos os funcionários utilizarão equipamento de proteção individual,.
Segundo dados da prefeitura, para todo o serviço funerário foram adquiridos 4.300 macacões, 5.000 embalagens especiais para corpos, cerca de 70 mil luvas e quase 100 mil máscaras.
Nos cemitérios particulares existentes na Grande São Paulo e restante do estado, o número de sepultamentos não teve alterações significativas e, por isso, ainda não houve amploações, segundo o Rogério Cellino, diretor-jurídico do SemCesp (Sindicato dos Empregados em Cemitérios e Funerárias do Estado de São Paulo).
De acordo com ele, as principais mudanças foram, até agora, as determinadas pelos órgãos de saúde e vigilância sanitária.
Os enterros estão durando entre 10 minutos e 60 minutos, com a menor quantidade de pessoas possível. No caso de mortes associadas a complicações respiratórias, os caixões são lacrados e colocados ao ar livre.
"Tem toda uma preocupação [da categoria], mas nada a ponto de suspender os trabalhos. Nós não podemos parar", disse Cellino.
No Estado de São Paulo, há 240 cemitérios particulares e cerca de 3.000 coveiros em atividade.
Procurada para comentar o assunto, a Prefeitura de São Paulo afirmou que as informações complementares sobre o serviço funcionário deveriam ser requisitadas ao secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, O secretário, no entanto, não estava disponível para atender à reportagem nesta sexta (3).
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