Profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao coronavírus estão sendo infectados em massa nos hospitais e obrigados a se afastar do trabalho. Levantamento da jornalista Mônica Bergamo indica que em apenas 4 hospitais de São Paulo mais de 600 já foram afastados desde o início de março
Um sem-número de médicos, enfermeiras, técnicos e fisioterapeutas estão sendo infectados pelo coronavírus nos hospitais de São Paulo e, certamente, de todo o país.
Só em quatro hospitais da capital paulista, mais de 600 profissionais foram afastados do trabalho desde o início da epidemia no país, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo. O número em apenas quatro instituições indica que pode estar já na casa dos milhares a quantidade de profissionais de saúde infectados em todo o país.
Segundo levantamento da jornalista, o cenário em alguns dos principais hospitais de São Paulo é dramático. O infectologista Pedro Mathiasi, do HCor, diz que “Há tensão e medo e um sentimento de autoproteção”, que os profissionais têm também uma sensação “de impotência” quando recebem a notícia de que um colega foi contaminado e que “a situação é agravada por muitos permanecerem longe das famílias, para preservá-las do risco”.
Veja o levantamento de Mônica Bergamo:
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, maior hospital público do país: 125 afastados, 108 já testaram positivo para a Covid-19. 50 aguardam o resultado do exame.
Hospital Albert Einstein: 348 profissionais diagnosticados com a doença.
Hospital Sírio Libanês: 104 funcionários estão afastados.
HCor: 32 médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas foram afastados.
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