Há 57 anos era criado o lançador múltiplo de foguetes BM 21, mais conhecido como Grad, cuja produção atingiu mais de 8 mil unidades no mundo.
Em meados da década de 50, os generais soviéticos chegaram à conclusão de que seu exército necessitava de um novo lançador múltiplo de foguetes.
Na época, o Exército soviético era munido com os BM-14 (de calibre 140 mm) que podiam disparar até 16 foguetes contra alvos até 10 km, publicou o portal Russkoe Oruzhie.
Um pouco mais poderoso era o lançador BMD-20 (de calibre 200 mm) capaz de destruir posições até 20 km, mas com apenas quatro tubos de lançamento.
Criando uma nova arma
Para aprimorar a artilharia do país, em 1959 os engenheiros soviéticos, encabeçados pelo engenheiro Aleksandr Ganichev, iniciaram o desenvolvimento de um novo armamento.
© SPUTNIK / SERGEI PIVOVAROV
BM-21 lançando foguete durante exercício na região russa de Rostov
Assim surgiu o BM-21, capaz de disparar foguetes de 122 mm a partir de 40 tubos de lançamento e com um alcance de 20 km.
O armamento podia também disparar todos seus foguetes de uma vez só em apenas 20 segundos.
Maior eficiência
Os testes revelaram logo a superior eficiência do BM-21 em relação aos seus antecessores.
Além disso, o lançador de foguetes era mais prático que os outros, sendo necessários somente dois veículos (ao invés de sete dos outros lançadores) para cumprir suas tarefas.
Batismo de fogo
Em 1963 o BM-21 entrou em produção em série. Contudo, foram necessários seis anos para que sua eficiência fosse comprovada em uma situação real.
Assim, em 1969, com o aumento de tensões na fronteira entre a União Soviética e a República Popular da China, devido à disputa pela ilha de Damansky, o Exército Vermelho usou os BM-21, até então secretos, no dia 15 de março.
Como resultado, grande parte das forças inimigas foi destruída.
Popularidade no exterior
Em 1965, uma versão portátil com apenas um tubo lançador foi desenvolvida e fornecida ao Vietnã do Norte.
O armamento foi utilizado durante a Guerra do Vietnã, tendo sido batizado de Grad-P (Partizan).
O equipamento também foi usado na batalha de Quifangondo, durante a Guerra Civil de Angola.
O Grad-P foi fundamental para que as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), com a ajuda de tropas cubanas, pudessem vencer a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), superior em número.
As versões do Grad também foram usadas em outros conflitos na África e na Guerra do Afeganistão (1979-1989).
A popularidade dos Grad foi tão grande que mais de 8 mil unidades foram produzidas tanto na União Soviética como em outros países.
O equipamento foi aperfeiçoado, tendo recebido novos foguetes capazes de atingir 40 km e destruir uma área equivalente a alguns campos de futebol.
Tal eficiência tem popularizado seu uso em diversos países do mundo.
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