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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Suspeita de sortear serviços de prostituição em rifa tem prisão convertida em preventiva

 


A mulher suspeita de sortear serviços de prostituição por rifa em Salvador, Raquel da Costa do Nascimento, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) nesta sexta-feira (3). Raquel foi presa na noite da última quarta-feira (1º), quando a Polícia Civil desmontou uma casa de prostituição no bairro do Itaigara. Em nota publicada pelo portal G1, a defesa de Raquel revelou que tomou como surpresa a decisão da juíza da vara de audiência de custódia, que converteu o "suposto flagrante" em preventiva, pois entende que a mesma preenche todos os requisitos objetivos para responder o processo em liberdade.





A defesa de Raquel também afirmou que maiores informações sobre o envolvimento da suspeita na negociação de programas sexuais serão reveladas quando houver acesso a todos os elementos da acusação. As mulheres que estavam sendo sorteadas na rifa eram estimuladas a levar novas garotas para a casa de prostituição. A suspeita foi presa por equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), que recebeu denúncias de exploração sexual infanto-juvenil. Mas, ainda segundo o portal G1, a polícia não encontrou crianças ou adolescentes no local. 

A polícia ainda afirma que Raquel negociava as vítimas de exploração sexual por meio das rifas. "Durante as investigações chegamos a um card, onde no dia 1º de setembro haveria uma rifa, cujo sorteio correria pela loteria federal, e os prêmios seriam mulheres e bebidas alcoólicas", explicou a delegada Simone Moitinho, responsável pela Derrca. Todo o esquema da rifa era divulgado em um perfil da casa de prostituição, em uma rede social. No local, os investigadores encontraram seis garotas de programa, R$ 32 mil, 100 euros e 277 dólares, além de folhas de cheque. Maquinetas de cartão de crédito, cadernos com anotações e documentos das mulheres também foram apreendidos, o que configura prática exploração sexual.

A ação contou com o apoio do Núcleo de Inteligência (NI) do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), e as investigações devem seguir, para apurar se há exploração infanto-juvenil no local. Já presa, Raquel passou por exames de lesões e está à disposição da Justiça.

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