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quinta-feira, 16 de abril de 2020

Maia critica Guedes e diz que governo usa 'fake news' para 'enganar sociedade e imprensa'




O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), personificou críticas nesta quinta-feira (16) ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Para o parlamentar, a equipe econômica do governo vêm criando fake News para descredibilizar projetos da Casa para socorrer os estados durante a crise do coronavírus. “Essa é uma briga com a federação, do meu ponto de vista, respeitando a posição de todos. Mais uma vez não vamos entrar nessa briga. Não vou entrar nesse jogo de números, nessa Fake News da equipe econômica, usando os números para tentar enganar a sociedade e a imprensa”, disse em entrevista coletiva em Brasília. Na última quarta-feira (15), a Câmara aprovou uma matéria, a contragosto da equipe econômica, com ampla maioria dos líderes (leia mais aqui). O texto tem impacto estimado de R$ 89,6 bilhões, mais que o dobro do oferecido pelo Tesouro Nacional, e não prevê congelamento de salários como contrapartida, como queria a equipe econômica. A pasta da Economia, no entanto, de acordo com Maia, fazia projeções de que o projeto custasse até R$ 285 bilhões ao Estado. “Chegaram a um ponto de colocar um dado que o custo do projeto da Câmara poderia ser de R$ 285 bilhões. Quando foi olhar, era porque eles estavam trabalhando com a hipótese da arrecadação ser zero de ISS e ICMS. Se isso for um dado, a crise é mais profunda do que eles estão projetando para a gente. Se eles podem projetar arrecadação zero para dar um impacto de R$ 285 bilhões para desqualificar o projeto da Câmara dos Deputados, significa que, ou eles estão mentindo, ou a crise é maior do que aquilo que nós estamos imaginando”, criticou. Para Maia, os ataques do ministério também são endereçados a estados, principalmente os da região Centro-Oeste. “Por que tantas agressões a um projeto da Câmara que trata da federação e nenhum ao projeto do Senado? Claramente o governo tem um conflito - e o ministro da Economia participa dele – contra os estados, principalmente os estados do Centro Oeste (...) Brasília não sei. [Além de] Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nitidamente, por mais que a gente saiba que o foco tem que ser Rio ou São Paulo, todos os outros estados podem ser prejudicados porque o governo, em tese, não quer ajudar da forma que nós entendemos correta pelo enfrentamento da crise os estados do Rio e São Paulo. Essa briga federativa não vai levar nada a ninguém”, concluiu.

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