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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Impacto global das denúncias de Rússia e China sobre produtos do Brasil preocupa especialistas

 


Rússia e China levantaram preocupações distintas sobre produtos importados do Brasil apontando excesso de agrotóxicos e a presença do novo coronavírus. Sobre o imbróglio internacional, a Sputnik Brasil ouviu dois estudiosos sobre agronegócio, que explicaram as nuances do problema.

Conforme publicou o jornal Valor Econômico no domingo (18), as embaixadas do Brasil na China e na Rússia informaram ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro que foram detectados problemas em alimentos exportados para russos e chineses, que apontam "falta de controle" em relação aos produtos vindos do Brasil.

As informações apontam que Moscou teria alertado para o excesso de agrotóxicos em mais de 300 mil toneladas de soja importada do Brasil ao longo de 2020. Já o lado chinês, afirma ter detectado o novo coronavírus em embalagens de carne e pescado brasileiros em pelo menos seis oportunidades distintas.

Para a economista Anapaula Iacovino, especialista em agronegócio e professora da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), as reclamações devem ser levadas a sério pelo governo brasileiro, levando em conta a importância dos dois países e o impacto internacional das denúncias.

"Toda e qualquer reclamação de nações importantes, ou mesmo que não sejam tão importantes quanto Rússia e China, devem ser levadas em consideração, ainda mais no segmento de exportações de alimentos do Brasil, que é um dos principais do mundo", afirma a professora em entrevista à Sputnik Brasil.

Iacovino alerta para o fato de que as reclamações expostas pelos governos de China e Rússia são também um recado para o resto dos países que compram produtos brasileiros. Segundo ela, outros países devem fazer o mesmo tipo de inspeção após os apontamentos de Pequim e Moscou.

"Não chama atenção só do Brasil, chama a atenção do mundo todo e de todos os países que compram produtos brasileiros. Então, no momento em que China ou Rússia, ou qualquer outra nação, levantam a informação de que estamos com problemas com a carne brasileira ou com a soja brasileira, todos os outros países consumidores imediatamente saem checando para ver se aquilo que eles compraram está de acordo com o que eles esperavam ou não", ressalta a professora da FAAP.

A economista aponta que a questão é "muito preocupante" devido à importância do agronegócio para a economia brasileira e, por isso, deve passar por uma investigação criteriosa e transparente "para não haver problemas nem com Rússia e China, e nem tampouco com os demais países do mundo".

Colheita de safra de soja no Brasil (foto de arquivo)
© REUTERS / JORGE ADORNO
Colheita de safra de soja no Brasil (foto de arquivo)

Já Marcos Fava Neves, professor de Estratégia e Agronegócio da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, e da Fundação Getúlio Vargas, na capital paulista, ressalta que o Brasil deve verificar imediatamente as denúncias como forma de respeitar os países compradores dos produtos brasileiros.

"Se existirem essas críticas, tanto da China quanto da Rússia, nós devemos imediatamente entrar em contato e dizer que foram recebidas e que estaremos trabalhando e verificando para ver o que pode ter acontecido [...]. Os clientes sempre merecem respostas imediatas e merecem consideração em todos os seus pedidos", afirma Fava Neves em entrevista à Sputnik Brasil.

Negociação nas entrelinhas?

No caso da soja brasileira com glifosato, detectado pela Rússia, há um imbróglio específico, uma vez que o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, (Rosselkhoznadzor), ao contrário do Brasil, tem níveis de tolerância mais restritos para a substância, considerada perigosa para seres humanos.

Apesar disso, a professora Anapaula Iacovino lembra que nas relações internacionais é possível que alguns pontos sejam levantados com o objetivo de chamar atenção para outras questões entre os países.

"O que a gente sempre precisa levar em consideração quando a gente fala de comércio internacional é que muitas vezes as nações se utilizam de algum comércio, de alguma cultura, para chamar atenção justamente para as relações, porque às vezes é alguma outra preocupação", aponta a professora.

Iacovino recorda, nesse sentido, dos questionamentos levantados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação à vacina russa Sputnik V contra a COVID-19, que aguarda liberação no Brasil, mas já foi autorizada em mais de 60 países.

"Não seria de total espanto se a gente entendesse que essas reclamações podem ser uma ferramenta de pressão ou um modo de adiantar conversações e negociações", aponta.
Navios cargueiros no porto de Yangshan, na China
© AP PHOTO
Navios cargueiros no porto de Yangshan, na China

A professora lembra ainda que é necessário observar se outras nações estão repetindo as reclamações de Rússia e China para avaliar se nesses casos a questão não seria "mais política" ou se está realmente restrita ao comércio.

"Quando são lançadas reclamações sobre as quais outras nações não compartilham de leituras similares, outras nações para quem nós também exportamos - e, ao contrário, no caso da embalagem há até a informação da OMS [Organização Mundial da Saúde] dizendo que não é assim que o novo coronavírus viaja pelo mundo – então, fica bastante claro aí o interesse dessas nações em fazer algum tipo de pressão. Isso é um tipo de negociação nas entrelinhas", avalia.

Já o professor Marcos Fava Neves lembra que o caso chinês também necessita de atenção e diálogo, uma vez que a quantidade de produtos em que o novo coronavírus foi supostamente encontrado na China é pequena e há um rígido controle dos frigoríficos brasileiros para evitar esse tipo de situação.

A polêmica do glifosato na cultura da soja

A professora Anapaula Iacovino explica que o glifosato é um herbicida que só pode ser aplicado sobre culturas transgênicas de soja, uma vez que pode matar o tipo comum do grão, e multiplica a produtividade desse tipo de cultura.

"Essa soja transgênica é bastante resistente, ela aguenta, ela sobrevive à aplicação desse veneno. Então, o glifosato acaba aumentando muito a produtividade da soja porque é uma forma eficaz de controle do surgimento de pragas e ervas daninhas. Então, com isso a produtividade da cultura aumenta bastante", aponta, lembrando que há alguns anos são apontados questionamentos sobre possíveis malefícios que o herbicida causa à saúde humana.

A especialista recorda que o glifosato, fabricado e vendido pela empresa Monsanto, que pertence à Bayer, já foi relacionado à morte de trabalhadores rurais nos Estados Unidos, em 2018. No ano seguinte a Anvisa renovou a autorização do uso da substância no Brasil, após revisar o quadro.

"A polêmica cresce, na medida em que, por um lado há um aumento da produtividade em termos absolutos por conta de agricultores, mas, por outro lado, o que a gente tem, como em situações como essas, por exemplo, da Bayer tendo sido condenada em 2018, isso vai dando jurisprudência para o setor, porque a Bayer não teria sido condenada se não tivesse havido a comprovação da situação", explica.
Colheita de safra de soja no Brasil (foto de arquivo)
© AP PHOTO / ANDRE PENNER
Colheita de safra de soja no Brasil (foto de arquivo)

Já o professor da USP, Marcos Fava Neves acredita que essas substâncias são necessárias em um país com as condições climáticas brasileiras e acrescenta que isso deva ser ressaltado em diálogo com a Rússia para entender se o excesso de glifosato tem sido frequente ou se é um caso de um lote específico.

"O Brasil, por ser um país tropical, não goza do privilégio que tem, por exemplo, a Rússia, durante o inverno, que com o rigor do clima controla uma boa parte das pragas e doenças. O Brasil é um país tropical e que usa a sua terra mais de uma vez, em uma parte importante dos seus hectares, como uma segunda lavoura, em um ambiente mais úmido e um ambiente sem a presença de um inverno rigoroso que pode ajudar nesse combate [às pragas]", aponta o professor, ressaltando que empresas e produtores brasileiros estão "cada vez mais treinados" para a produzir de acordo com os "mais rígidos padrões de certificação em sustentabilidade internacional".

As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik


Rússia lança ataques contra terroristas na Síria e mata 200 militantes

 


A Força Aeroespacial da Rússia lançou ataques nesta segunda-feira (19) contra terroristas na Síria. Relatos apontam que 200 militantes foram mortos.

A Força Aeroespacial da Rússia atingiu uma base de terroristas a nordeste de Palmira, na Síria, matando até 200 militantes, informou nesta segunda-feira (18) o Centro Russo de Reconciliação para a Síria.

As informações dão conta de que os aviões russos também destruíram munições, carros e componentes para a fabricação de dispositivos explosivos.

Os militantes criaram uma base camuflada a nordeste de Palmira, onde grupos foram treinados para ataques terroristas e dispositivos explosivos foram feitos, explicou Aleksandr Karpov, vice-chefe do Centro Russo de Reconciliação para a Síria.

"Como resultado, dois abrigos, para até 200 militantes, 24 picapes com metralhadoras pesadas, bem como cerca de 500 quilos de munições e componentes para fazer artefatos explosivos, foram destruídos", acrescentou Karpov.

Militares russos durante operações de desminagem na cidade síria de Palmira (foto de arquivo)
© SPUTNIK / MINISTÉRIO DA DEFESA DA RÚSSIA
Militares russos durante operações de desminagem na cidade síria de Palmira (foto de arquivo)


EUA sobre China e Rússia: estamos 'avançando rumo a confronto' com 2 adversárias nucleares

 


Pela primeira vez na história EUA estão seguindo rumo a confronto com duas adversárias com capacidades nucleares, a China e a Rússia, segundo o comandante do STRATCOM dos EUA, Charles Richard, em discurso ao Comitê de Serviços Armados do Senado.

De acordo com o chefe do Comando Estratégico dos EUA, "China e Rússia desafiam a nossa força através de uma ampla gama de atividades que requerem uma resposta concentrada e integrada do governo. Pela primeira vez em nossa história, a nação [norte-americana] está avançando rumo a confronto com duas adversárias estratégicas que ao mesmo tempo têm capacidades nucleares, mas que devem ser dissuadidas de maneiras diferentes".

Comandante sênior dos EUA considerou a cooperação estratégica entre China e Rússia no âmbito militar, citando como exemplo exercícios conjuntos Kavkaz 2020 (Cáucaso 2020), um sinal preocupante.

Em relação à China, Richard aponta que Pequim continua avançando nos programas de modernização do seu arsenal nuclear para cumprir as metas de longa data de negação da projeção de poder dos EUA no Indo-Pacífico e superação da nação norte-americana como parceira de segurança preferida dos países da região.

"China já é capaz de executar qualquer estratégia de utilização de armas nucleares na sua região e em breve poderá fazê-lo também com alcances intercontinentais", ressaltou o comandante sênior dos EUA, acrescentando que o gigante asiático já não é uma ameaça inferior à que representa a Rússia.

Em relação à Rússia, o comandante do STRATCOM afirmou que as armas nucleares continuam sendo um elemento fundamental da estratégia de segurança de Moscou que está concluindo a sua campanha de modernização da tríade estratégica e dos sistemas de dupla utilização.

O comandante ainda ressaltou que o armamento nuclear pode ser aplicado em resposta a um ataque convencional em caso da presença de uma ameaça à existência norte-americana.

"Portanto, nossas forças nucleares devem incluir uma gama suficiente de capacidades e atributos para que a Rússia perceba erroneamente qualquer vantagem de usar armas nucleares em qualquer limiar de violência", sublinhou.

Mensagem do STRATCOM sobre guerra nuclear

Na terça-feira (20), o Comando Estratégico dos EUA (STRATCOM, na sigla em inglês) emitiu uma prévia de comunicado sobre a postura nuclear norte-americana.

​Pré-visualização da declaração de postura: o espectro do conflito hoje em dia nem é linear nem previsível. Temos de ter em conta a possibilidades de um conflito que conduza a condições que poderiam muito rapidamente levar um adversário a considerar o uso nuclear como a sua opção menos ruim. 

Aparentemente este não é apenas um sinal de alerta para os políticos dos EUA, mas também uma tática para tentar pegar em armadilha "adversárias" como a China e a Rússia em uma corrida armamentista nuclear, escreve Global Times.

Além da pré-visualização, o comunicado não fornecia outras informações, vínculos ou contexto adicionais.

Namorado de influencer digital suspeito de matá-la e se suicidar era cidadão de bem, lavajatista e bolsonarista

 

Post do Instagram de Lívvia Bicalho com Rafael Ribeiro Pinto, feito seis semanas antes da morte dela

A cantora e influenciadora Lívvia Bicalho, de 37 anos foi encontrada morta junto a seu namorado, Rafael Ribeiro Pinto, 39 anos, em seu apartamento em João Monlevade, região central de Minas Gerais.

Por volta das 13h, a polícia foi acionada depois de os vizinhos ouvirem barulhos de tiros após uma briga do casal. No local, Rafael foi encontrado com um revólver 38 na mão e um tiro na cabeça.

Já Lívvia tinha um disparo no peito.

A polícia trabalha com feminicídio seguido de suicídio.

Lívvia tinha quase 100 mil seguidores no instagram e demonstrava muito amor pelo namorado. Na última eleição, foi candidata a vereadora pelo partido Avante, com a plataforma de defesa das mulheres.

Há seis semanas, no aniversário dele, escreveu uma declaração de amor. “Saiba que sempre estarei do seu lado e farei dos seus sonhos os meus sonhos também”, afirmou.

Rafael se apresentava como sócio-propretário da Transportadora Ferreira Pinto e day trader. Vendia carros nas horas vagas.

Era o típico cidadão de bem.

Em seu perfil no Facebook, encontram-se postagens em comemoração à eleição de Bolsonaro, em defesa de Sergio Moro da Lava Jato e contra Lula, o PT, o comunista etc.

Era um compartilhador de postagens do MBL e de Joice Hasselmann.

Disseminou muitas fake news durante as eleições e era apoiador de um tucano em sua região.

Fã de Danilo Gentili, Jonathan Nemer e outros humoristas de extrema direita, compartilhou diversos vídeos e posts deles com ataques à esquerda.

Alexandre Garcia, Ratinho e Emílio Surita eram constantes.

Militares disseminando fake news eram igualmente da predileção de Rafael. Um de seus posts foi vetado pelo Facebook por conter conteúdo falso.     
 
             
        

Médica deixou carta denunciando dificuldade de conseguir oxigênio antes de morrer de covid-19

 


Thedra Saucha nasceu no Rio de Janeiro e graduou-se pela Escuela Latinoamericana de Medicina (ELAM), em Cuba. Há alguns meses, ela e sua companheira, Ramonyele Martins, fixaram residência em Salto do Lontra (PR), município no qual Thedra prestava atendimento médico.

(Ao final confira a entrevista que fizemos com Ramonyele, que conta com detalhes o ocorrido com a Dra. Thedra Saucha).

Na última quarta-feira (14/04), em decorrência de complicações provocadas pela Covid-19, a Dra. Thedra faleceu. Durante sua luta contra a doença, a doutora enfrentou ainda uma série de dificuldades. Segundo relata Ramonyele, que esteve com Thedra durante todo o processo, alguns meses após o início do exercício de sua profissão na cidade, a médica passou a receber uma série de ameaças por parte do Secretário de Saúde do município, que exigia que a mesma cumprisse uma carga horária superior a firmada em seu contrato com a prefeitura. Como conta Thedra, em carta escrita poucos dias antes de sua segunda internação:

“Eu, Thedra Saucha,35 anos, médica pós graduada, sem nenhum processo judicial ou em meu conselho de classe que desabone o exercício da minha profissão, gostaria de tornar pública as perseguições que venho sofrendo por parte do secretario de Saúde do município de Salto do Lontra onde vim morar e trabalhar desde final de 2020. Que fique claro que meu título eleitoral é do RS, e a gestão passada é do mesmo lado que a atual.

Tinha com o município dois contratos, um credenciamento por chamamento público para plantões e outro de procedimentos/consultas PSF.

No início de fevereiro, o Sr. Valdecir me chamou à sua sala e me cobrou que eu cumprisse 40 horas semanais, sendo que o contrato assinado não exige horário. O mesmo afirmou que caso eu não me adequasse a ele (secretário), que em março o meu contrato seria cancelado. Continuei cumprindo única e exclusivamente o que constava no contrato que assinei. Em março o Sr. Valdecir me trocou de posto esperando que eu não me adaptasse e por conta sairia, não aconteceu, permaneci no posto novo”.

O secretário de Saúde não satisfeito, me tirou da escala de plantões do Pronto Socorro onde eu mantinha as terças-feiras noturnas fixas, e alguns plantões que fazia no Covid. Sem aviso, sem justificativa… meu nome apenas não estava mais nas escalas. Mas como existe um chamamento público na qual minha empresa está devidamente credenciada, outros colegas sem nem terem empresa estão fazendo plantões, mas a justiça e o Ministério Público já estão sabendo.

Além das ameaças e mudanças de seus locais de trabalho, Thedra ainda teve seu contrato rescindido. Mesmo estando internada e apresentando todos os atestados médicos necessários para justificar sua ausência.

No dia 19 de março testei positivo para o covid-19, dia 27 fui internada no hospital de Santa Izabel, todos os atestados foram protocolados devidamente na prefeitura. No dia 31 de março, o Sr. Valdecir publica um documento exigindo que eu forneça médico no prazo de 24 horas com rescisão contratual automática caso o prazo não seja cumprido. O pediatra do posto também ficou afastado devido ao covid-19, não repôs médico, nem teve seu contrato cancelado, mas a justiça e o Ministério Público estão sabendo.

Por fim, no dia 2, recebeu alta com prescrição de oxigênio em casa. Entretanto, quando solicitou recarga do oxigênio em sua casa, teve este direito negado — embora fosse procedimento padrão no município.

Recebi alta médica dia 2 do corrente, com prescrição de oxigênio em casa e repouso absoluto. Dia 4 solicitei ao pronto socorro que trouxessem oxigênio. Me foi dito que só após a meia noite pois não tinha quem levasse. Com medo e um torpedo pequeno apenas de oxigênio, solicitei à secretaria de saúde de Nova Prata, Sra. Vanda, que me emprestasse um cilindro. Na mesma hora me foi cedido. Logo percebi o que acontecia de fato no Salto do Lontra.

No dia 5 fui realizar a tomografia evolutiva, meus pulmões estão com 70% de comprometimento. A noite avisei ao Pronto Socorro sobre a troca do oxigênio pois não chegaria até as 2 da manhã. Fui orientada que o Sr. Valdecir, secretário de Saúde, NÃO autorizava e entrega de oxigênio à minha residência ( que fica há 5 minutos do PS), que eu teria que pegar com meus próprios meios. Fui, conectada a máscara de oxigênio, com um torpedo dentro do carro, eu e minha esposa aos prantos temendo pela minha vida, pois não temos família aqui, somos apenas eu e ela. Chegando ao PS por volta das 21 horas, 3 ambulâncias ociosas. Prontamente a equipe de plantão virou o banco do meu carro e alguns com lágrimas nos olhos diziam “ sinto muito dra.”.

Para saber os detalhes do caso, assista a entrevista de Romanyele Martins, companheira de Thedra Saucha.

Infelizmente, o que temos visto no Brasil é mais do que o descaso, a inação e o despreparo por parte de governos. O que tem ocorrido é uma ação coordenada de “deixar morrer”, política que tem resultado em centenas de milhares de pessoas pagando com suas próprias vidas.

Os exames que mostram o agravamento do quadro da Dra. Thedra:

Confira carta completa de Thedra Saucha:

Obs. A data da carta é 07/04/2020

A carta foi postada nas redes por Ramonyele Martins, esposa da Dra. Thedra Saucha.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Em dois anos, Bolsonaro acumula mais ações de partidos no STF que a soma dos processos contra Lula, Dilma e Temer

 


Nos dois anos em que está à frente do Poder Executivo, Jair Bolsonaro acumula mais ações impetradas por partidos políticos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) do que a soma de todos os processos registrados durante os mandatos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de Michel Temer. Segundo reportagem do jornal O Globo, Bolsonaro já sofreu ao menos 185 questionamentos - por meio de Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ou de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) -, contra 144 dos seus antecessores. 

Com 39 ações, a Rede Sustentabilidade é o partido com o maior número de ações envolvendo o ex-capitão. Em seguida, estão o PSB (38), PDT (33) e PT (29). “Quando o presidente vai além de sua competência é um dever dos partidos recorrer à Justiça. O Parlamento se renuncia a fazer a política e a Constituição nos garante esse direito. O governo tem tendência autoritária. Tem dificuldade de se moldar à atividade política e tende a ter medidas, tanto decretos, quanto medidas provisórias inconstitucionais. Não deixaremos passar”, disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, ressaltou que as ações não são uma judicialização da política. “Não é judicialização da política, mas usar instrumentos legais para barrar medidas que acreditamos ferir leis e a democracia. Estamos trabalhando com ações concomitantes, tanto na Justiça quanto com ações legislativas. No caso da extinção dos conselhos, por exemplo, entramos com uma ação no STF porque o presidente acaba com conselhos previstos em lei”, afirmou. 

Servidores dizem que fiscalização ambiental foi paralisada por Jair Bolsonaro

 


Servidores de órgãos de fiscalização ambiental, como o Ibama e o ICMBio, publicaram, nesta terça-feira, 20, uma carta direcionada a Eduardo Bim, presidente do Ibama, na qual afirmam que "todo o processo de fiscalização e apuração de infrações ambientais encontra-se comprometido e paralisado" por causa de Jair Bolsonaro.

Instrução normativa conjunta do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do ICMBio, assinada pelo ministro Ricardo Salles, e pelos presidentes dos órgãos - Bim, do Ibama, e Fernando Lorencini, presidente do ICMBio -  altera o processo de fiscalização e multas ambientais no país.

Os servidores ambientais alegam que as novas normas criaram um "verdadeiro obstáculo à atividade de fiscalização ambiental federal", provocando "apagão no rito processual de apuração de infrações ambientais constatadas pelo Ibama e pelo ICMBio em todo o país".

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