O presidente Jair Bolsonaro recebeu Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, advogadas de Flávio Bolsonaro no caso Queiroz, na companhia de Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O encontro no Palácio do Planalto discutiu uma tese que poderia livrar Flávio e todos os demais deputados investigados por rachadinhas no Legislativo fluminense. O grupo discutiu a existência de uma organização criminosa instalada na Receita Federal, responsável por levantar informações que embasariam os relatórios de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Econômicas (Coaf).
Bolsonaro incubiu o chefe da Segurança Institucional e o diretor de Inteligência do governo federal de, “em nome da segurança da família presidencial”, checar se existe documento que comprove que Flávio foi vítima de uma devassa ilegal por integrantes da Inteligência da Receita.
De acordo com a Época, registros feitos pelo GSI apontam que as advogadas apresentaram uma série de indícios no relatório do Coaf, que, na avaliação da defesa, o distinguiria dos demais tradicionalmente feitos pelo órgão por trazer informações das quais este não dispõe em seus bancos de dados. E apresentaram documentos que mostram que um grupo de funcionários da Receita, lotados na Corregedoria do Rio de Janeiro, estaria alimentando os órgãos de controle, entre eles o Coaf, com dados sigilosos sobre políticos, empresários, funcionários públicos, entre outros.
O indício mostra o envolvimento de força da Presidência da República para tentar anular as investigações contra o filho do presidente. Segundo a Época, o GSI não conseguiu, mas de lá para cá passou a acompanhar cada etapa da investida da defesa do filho do presidente para conseguir uma prova que possa anular o caso.
Na Receita, existe um temor na cúpula com dois possíveis desfechos para o caso: Se a defesa de Flávio Bolsonaro judicializar o caso, a Receita pode se ver no meio de um tiroteio jurídico. A outra alternativa Jair Bolsonaro trocar o chefe da Receita antes mesmo que o caso vá para a Justiça.
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