Total de visualizações de página

Leitores online

Mostrando postagens com marcador Militares. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Militares. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de julho de 2022

CGU: mais de 2,3 mil militares que ocupam cargos públicos cometem alguma irregularidade




Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que 2.327 militares que ocupam cargos públicos cometem alguma irregularidade em pagamentos e ocupações, como recebimento dobrado de salários, benefícios acima do teto constitucional e acúmulo de funções simultâneas. 

O relatório, baseado em informações dos ministérios da Defesa e da Economia de dezembro de 2020 e concluído em junho de 2022, indica, por exemplo, que 729 agentes das Forças Armadas e pensionistas receberam acima do teto constitucional.

O número de militares que passaram a ocupar cargos no governo federal triplicou durante a administração de Jair Bolsonaro, ultrapassando 6 mil, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU). (Com informações do Estado de S. Paulo). 


domingo, 24 de abril de 2022

Motel diz que militares da Marinha ‘burlaram controle de acesso’ para entrar com adolescentes

 



O motel “Chamego”, localizado em vigia, no nordeste do Pará, divulgou uma nota no último sábado (23) sobre o caso das adolescentes que foram levadas ao local por dois militares da Marinha na última quinta-feira (21).

 

Segundo a direção do motel, os marinheiros burlaram o controle de acesso para entrar no estabelecimento com as duas menores de idade. As informações são do G1.

 

Uma das adolescentes foi baleada na boca dentro do motel. Ela está internada em estado grave.

 

Veja também





O caso é apurado pela Polícia Civil. O militar acusado de fazer o disparo, Gabriel Norberto de Almeida Lobo, segue preso no Comando do 4º Distrito Naval, em Belém.

 

A defesa dele diz que ele não sabia que elas eram menores de idade e afirma que o disparo foi acidental. Em nota, a Marinha afirmou que ele deverá responder pelos atos perante a Justiça. O outro militar, que não teve o nome divulgado e seria o dono da arma, está foragido.

 



 

Na nota divulgada, o motel afirma que, conforme a lei, proíbe a entrada de menores de idade no estabelecimento e atribui o ocorrido a “pessoas más intencionadas que burlam o controle de acesso e que foge no ordinário à possibilidade de controle pelo estabelecimento comercial”.

 

Fonte: Istoé

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Meta exclui perfis falsos geridos por militares brasileiros que promoviam desinformação sobre a Amazônia

 



Por Rebeca Borges, Metrópoles - A empresa Meta tirou do ar 14 perfis falsos atribuídos a militares das Forças Armadas Brasileiras. Investigação da empresa aponta que os acusados se passavam por ativistas ambientais e atacavam Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas ao assunto.

A informação consta no relatório trimestral elaborado pela empresa, divulgado pela rádio CBN nesta quinta-feira (7/4). No Facebook, uma das redes sociais da Meta, foram desativadas 14 perfis e nove páginas, com 1,170 seguidores.

Além disso, foram removidos 39 perfis no Instagram, com 23,6 mil seguidores. As identidades dos militares não foram reveladas. De acordo com a investigação, os suspeitos usam páginas falsas para defender que o Brasil tem feito ações positivas de combate ao desmatamento, com apoio do Exército.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

EUA e 9 países africanos e aliados anunciam exercícios militares conjuntos na Costa do Marfim

 


Nesta segunda-feira (7), o Comando dos EUA para a África (AFRICOM) divulgou que as Forças Armadas norte-americanas participarão de exercícios militares ao lado de pelo menos nove países africanos e aliados na Costa do Marfim.

Segundo o comunicado publicado pelo AFRICOM, além dos dez países do continente, tropas aliadas também participarão dos exercícios, programados para terem início na terça-feira (15). O AFRICOM é um dos sete centros militares de comando regionais dos EUA espalhados pelo mundo.

"Mais de 400 militares de mais de dez países africanos parceiros e nações aliadas participarão no Flintlock 2022 na Costa do Marfim entre os dias 15 e 28 de fevereiro", detalha o documento.

Realizado desde 2005, o Flintlock é o maior exercício militar anual envolvendo forças especiais liderado pelo AFRICOM. Segundo a organização, a atividade tem como objetivo fortalecer a habilidade de países parceiros para conter a violência de organizações extremistas.
Forças da Nigéria e do Chade participam de exercício conjunto coordenado pelos EUA, com objetivo de combater ameaça terrorista na região do Sahel, na África central - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
Forças da Nigéria e do Chade participam de exercício conjunto coordenado pelos EUA, com objetivo de combater ameaça terrorista na região do Sahel, na África central
Ainda segundo o AFRICOM, os exercícios buscam o aprofundamento da colaboração dos países através das fronteiras na região africana do Sahel. Entre os países listados que participarão dos exercícios estão Camarões, Costa do Marfim, Gana e Níger, além de França, Países Baixos, Noruega e Reino Unido.

"O Flintlock, como parte dos investimentos internacionais em defesa, diplomacia e desenvolvimento, fortalece a habilidade coletiva de nações aliadas e parceiras para o enfrentamento de desafios atuais e futuros", afirma o AFRICOM, que ressalta ainda que "atores malignos que buscam expandir sua influência na região" também ameaçam a estabilidade global.

A região do Sahel tem atividade militar constante para o combate de grupos terroristas. É o caso do chamado bloco G5, que inclui forças do Mali, Burkina Faso, Chade, Níger e Mauritânia. A França também lidera operações na região em conjunto com o bloco.

Reino Unido anuncia envio de tropas à Polônia e Alemanha prepara militares para a Lituânia

 


Nesta segunda-feira (7), o Reino Unido anunciou o envio de tropas adicionais à Polônia em meio às tensões fronteiriças entre Rússia e Ucrânia. A Alemanha também afirmou que tem tropas prontas para serem enviadas à Lituânia.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, anunciou nesta segunda-feira (7) o envio de 350 soldados à Polônia. As forças adicionais se juntarão a 100 engenheiros militares que já estão no país desde o ano passado devido à crise na fronteira polonesa com Belarus.
Segundo afirmou Wallace durante coletiva de imprensa ao lado de seu equivalente polonês, Mariusz Blaszczak, o envio do contingente militar tem como objetivo sinalizar que o Reino Unido e a Polônia "estão lado a lado".
O ministro britânico salientou que o encontro com Blaszczak discutiu formas de ação para dissuadir a Rússia em meio à crise na fronteira com a Ucrânia. No domingo (6), o governo polonês recebeu 1,7 mil soldados dos EUA.

"Neste momento quando há real ansiedade em relação à atividade da Rússia em direção à Ucrânia e nas fronteiras do Leste Europeu [...] é absolutamente certo que dois dos aliados europeus mais próximos se reúnam para discutir o que podem fazer para dissuadir a Rússia", afirmou.

Na sexta-feira (4), o Reino Unido também anunciou que até 850 militares britânicos podem chegar à Estônia ainda em fevereiro, também no contexto das tensões na fronteira russo-ucraniana.
Soldados desembalam equipamentos de uma aeronave de transporte Lockheed Martin C-130 Hercules da Força Aérea dos EUA depois de pousar no aeroporto de Jasionka perto de Rzeszow, Polônia, em 4 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
Soldados desembalam equipamentos de uma aeronave de transporte Lockheed Martin C-130 Hercules da Força Aérea dos EUA depois de pousar no aeroporto de Jasionka perto de Rzeszow, Polônia, em 4 de fevereiro de 2022

Alemanha defende apoio ao flanco leste da OTAN

Nesta segunda-feira (7), o Ministério da Defesa da Alemanha também divulgou que Berlim tem tropas prontas para deslocamento em meio às tensões no Leste Europeu. Em comunicado, a pasta anunciou o envio de 350 militares à Lituânia com o objetivo de "aumentar o apoio ao flanco leste da OTAN".

"Estamos aumentando nosso apoio no flanco Leste da OTAN: acabamos de informar o Bundestag que até 350 soldados podem ser deslocados rapidamente à Presença Avançada de Reforço do Grupo de Batalha na Lituânia. A ministra [da Defesa da Alemanha, Christine] Lambrecht coordenou isso com os aliados nos Estados bálticos", informou a pasta nas redes sociais.

Nos últimos meses, os Estados Unidos e aliados da OTAN acusam a Rússia de acumular tropas na fronteira com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país. A União Europeia também expressou preocupações em relação a eventuais interrupções do suprimento de energia russa à Europa em caso de agravamento das tensões.

A Rússia nega as acusações de que planeja invadir qualquer país, incluindo a Ucrânia e demonstrou preocupação em relação à expansão da OTAN perto de suas fronteiras. Moscou também afirma que tem o direito de movimentar suas tropas dentro de seu próprio território soberano.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Contrariando Bolsonaro, Exército exige de militares vacina e máscaras

 



O Comando do Exército contrariou Jair Bolsonaro. Os militares foram instruídos a se vacinar (para quem retornar ao trabalho presencial), praticar o distanciamento social e usar máscaras de proteção, além de não espalhar informações falsas sobre a pandemia da Covid-19, ao contrário do que prega o chefe de governo. 

As diretrizes são assinadas pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O objetivo é o retorno pleno de todas as atividades administrativas e operacionais. 

Segundo a TV Globo, são 52 pontos. Entre eles, o Exército determina que:

  • os militares e os servidores civis que retornarem de viagem internacional, a serviço ou privada, ainda que não apresentem sintomas relacionados à Covid-1 deverão realizar o teste molecular (RT-PCR) até 72 horas antes do embarque.

Para as ações de campo, como as de forças-tarefas humanitárias, e nas operações de faixas de fronteira:

  • estabelece que é preciso continuar adotando medidas de prevenção à contaminação pelo coronavírus;
  • recomenda o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos.

O documento reforça que pode haver o retorno às atividades presenciais:

  • desde que respeitado o período de 15 dias após imunização contra a Covid-19. Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP (Departamento Geral do Pessoal), para adoção de procedimentos específicos;

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Motoristas de militares em estatal viraram assistentes e salário saltou para R$ 18 mil

 


Uma estatal controlada por oficiais de alta patente da Marinha promoveu quatro motoristas da diretoria a assistentes, um cargo de confiança, o que elevou os salários individuais de R$ 3.400 a R$ 18,6 mil. A diferença foi de 447%. A manobra, capitaneada pelo atual presidente da Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados), foi considerada ilegal pela CGU (Controladoria-Geral da União), que apontou um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. 

Dois relatórios de auditoria da CGU recomendaram que a responsabilidade pelas promoções fosse apurada. Um dos documentos chegou a propor "devido ressarcimento" à Nuclep, uma estatal dependente da União para o pagamento de salários dos funcionários. O caso acabou arquivado em uma apuração interna, sem apontamento de culpa ou dolo por parte dos diretores da estatal que promoveram seus motoristas. Também não houve ressarcimento ao erário. Os motoristas perderam os cargos de confiança. 

Uma reunião da diretoria-executiva da Nuclep em 3 de agosto de 2016 aprovou a oferta dos cargos de confiança aos motoristas. Dois tinham o ensino fundamental completo, e dois, o ensino médio. Estavam na reunião o contra-almirante da reserva Carlos Henrique Silva Seixas e o vice-almirante Liberal Enio Zanelatto. Seixas era diretor administrativo, e hoje é presidente da Nuclep. Zanelatto era diretor industrial da estatal. Hoje, é diretor industrial da Marinha.

"O diretor administrativo confirmou a proposta apresentada, manifestando-se favoravelmente à implementação", registra a ata da reunião. A proposta foi aprovada por unanimidade. O prejuízo aos cofres públicos em 2016 e em 2017 foi de R$ 1,4 milhão, conforme auditoria da CGU concluída em julho de 2018. A estatal deixou de reduzir ainda R$ 294 mil em horas extras, segundo a auditoria. 

A empresa confirmou à CGU que os quatro motoristas continuavam a atuar como motoristas dos diretores, mas que acumulavam a função com outras, inerentes ao cargo de assistente. Para tentar comprovar esse acúmulo, chegou a ser apresentado à CGU um atestado de um diretor do Arsenal de Marinha do Rio, com data de 12 de junho de 2018, em uma tentativa de comprovar a atuação de um motorista como assistente. Ele teria participado de uma reunião de trabalho na unidade da Marinha, com o presidente da Nuclep.

A explicação não convenceu os auditores, que mantiveram o apontamento da ilegalidade e as recomendações para que a prática deixasse de existir. Ministro de Minas e Energia no governo Jair Bolsonaro, o almirante de esquadra da reserva Bento Albuquerque integrava o Conselho de Administração da Nuclep quando a CGU concluiu a auditoria sobre os motoristas dos diretores.

Ele começou a ser conselheiro em dezembro de 2016, quatro meses depois do ato da diretoria executiva. As atas de reuniões do conselho disponíveis no site da Nuclep não registram discussões e deliberações a respeito dessa questão específica da promoção dos motoristas. Depois de ser apenas conselheiro, Albuquerque presidiu o colegiado de maio de 2019 a maio de 2020.

"Atos de nomeação para cargos e funções eram de competência da diretoria-executiva, não havendo acompanhamento nem aprovação do conselho", afirmou o MME (Ministério de Minas e Energia), em nota. Segundo o MME, que respondeu aos questionamentos referentes à Nuclep, empresa vinculada à pasta, um procedimento de apuração foi aberto pela corregedoria da estatal, a partir da recomendação da CGU. Isto se deu em 3 de setembro de 2018.

Somente em 6 de dezembro de 2018 foi designado um auditor de carreira da CGU para chefiar a auditoria interna da Nuclep. O procedimento de apuração aberto internamente foi uma "investigação preliminar", sem registro de sindicância no sistema da CGU.

"Após a regular instrução, a corregedoria concluiu pelo arquivamento da apuração, dada a ausência de dano ao erário e de conduta dolosa, conclusão que contou com a chancela do corregedor setorial da própria CGU", diz a nota do MME. 

"O ministro Bento Albuquerque, durante o período em que integrou o Conselho de Administração da Nuclep, contribuiu sobremaneira para a aprovação de diversas medidas que, com certeza, aprimoraram a governança da empresa", afirma a pasta. Entre as medidas citadas está uma ampliação das competências do conselho para maior abrangência na fiscalização dos atos de gestão da diretoria-executiva, com assessoramento de um comitê de auditoria.

A recomendação da CGU para que se apurasse responsabilidades na promoção dos motoristas só chegou ao Conselho de Administração em março de 2019, segundo o MME. Um ano antes, a diretoria já havia decidido extinguir todos os cargos de assistentes, conforme a pasta. Os motoristas voltaram para seus cargos de origem em maio de 2018, e um ato normativo em novembro de 2019 definiu critérios para funções de confiança na Nuclep, afirma o MME.

No governo Bolsonaro, a Nuclep passou a estar vinculada ao MME, comandado por Bento Albuquerque. Antes, a estatal, que cuida de equipamentos para a área nuclear, de defesa e de energia, era ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Seixas, o presidente, é o único remanescente da diretoria-executiva de 2016. Dos quatro diretores atuais, três são da Marinha.

O presidente da Nuclep é um dos 16 militares, das três Forças Armadas, que presidem estatais no governo Bolsonaro e que acumulam remunerações, como o jornal Folha de S.Paulo mostrou em 4 de setembro. Seixas recebe R$ 60,6 mil brutos. Ele acumula o salário da Marinha e o da Nuclep.

por Vinicius Sassine | Folhapress


domingo, 3 de outubro de 2021

Irã realiza exercícios militares perto da fronteira com Azerbaijão (VÍDEO)

 


O Exército do Irã iniciou exercícios perto do Azerbaijão e exibiu suas capacidades militares perto de um vizinho com o qual está cada vez mais cético por seus laços com o Ocidente e Israel.

O Exército do Irã deu início nesta sexta-feira (1º) a exercícios perto da fronteira com o Azerbaijão. Artilharia, drones e helicópteros participarão dos exercícios, informa a agência Associated Press, sem entrar em detalhes sobre quanto tempo vão durar as manobras ou onde exatamente vão ocorrer os treinamentos. Ocasionalmente, o Irã realiza tais eventos dizendo que deseja avaliar a prontidão para o combate e demonstrar capacidades.

Os exercícios ocorrem em meio a tensões crescentes ao longo da fronteira. De acordo com a mídia, o Irã desconfia da profunda cooperação militar do Azerbaijão com Israel. Na quinta-feira (30), inclusive, a República Islâmica expressou suas preocupações ao embaixador do Azerbaijão em Teerã, Ali Alizadeh.

Presidente iraniano Ebrahim Raisi (d) conversando com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian. Foto de arquivo
© AFP 2021 / PRESIDÊNCIA IRANIANA
Presidente iraniano Ebrahim Raisi (d) conversando com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian. Foto de arquivo
"Não toleramos a presença e atividade contra nossa segurança nacional do regime sionista próximo às nossas fronteiras [...]. E vamos realizar todas as ações necessárias a esse respeito", afirmou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian.

Amirabdollahian descreveu as relações entre o Irã e o Azerbaijão como "importantes", mas insistiu que o Irã tinha o "direito" de realizar os exercícios.

No início desta semana, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, disse que estava surpreso com os exercícios planejados.

sábado, 11 de setembro de 2021

Militares questionam ganhos acima de R$ 200 mil mensais de general Luna que comanda Petrobras

 


Em meio à alta nos preços do gás e da gasolina, a remuneração acima de R$ 200 mil mensais do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, é alvo de críticas entre militares. Publicação especializada em Forças Armadas, a Revista Sociedade Militar questiona em artigo desta sexta-feira (10) "a necessidade e se é realmente ético se pagar um salário tão alto a um funcionário de uma empresa que pertence à sociedade".

"O salário mensal do oficial atualmente equivale ao que é pago pela mão de obra de mais de 230 trabalhadores juntos", afirma o texto. A revista online reproduz trecho da reportagem do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual militares que atuam no comando de estatais acumulam salários e ganham entre R$ 43 mil e R$ 260 mil por mês.

As remunerações mais expressivas são pagas ao presidente da Petrobras. O general Silva e Luna assumiu o cargo em abril de 2021, após uma intervenção direta de Bolsonaro no comando da estatal. A revista destaca trecho da Folha de S.Paulo informando que, por estar na reserva, no topo da hierarquia militar, Silva e Luna recebe R$ 32,2 mil brutos. Já na Petrobras, conforme o formulário de referência divulgado pela estatal aos investidores, a remuneração média mensal chega a R$ 228,2 mil, levando em conta ganhos fixos e variáveis referentes ao ano de 2020.

Com mais de 54 mil curtidas no facebook e 19 mil seguidores no twitter, incluindo deputados federais --entre eles, o ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS) e os generais Roberto Sebastião Peternelli Jr (PSL-SP) e Girão Monteiro (PSL-RN)-- a revista diz que Silva e Luna "não é capaz de conduzir Petrobras a impedir altas nos preços do gás de cozinha e gasolina". 

"Entregues para oficiais generais, funções como a chefia da Petrobras, conferem a seus detentores salários de mais de 200 mil reais mensais. Infelizmente, sob o comando dos fardados a estatal não tem prosperado em sua função de servir à sociedade". 

O governo Bolsonaro tenta dividir com governadores a responsabilidade pelo preço da gasolina e do botijão de gás. Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo e no site da estatal, na primeira semana de setembro, Silva e Luna afirma que a sucessão de esforços da Petrobras para entregar nas refinarias combustível de qualidade é compensada, no caso da gasolina, com apenas R$ 2, dos cerca de R$ 6 que o consumidor paga ao abastecer. 

Outro argumento do presidente da estatal é que "a devida remuneração das atividades da Petrobras, originada, em grande parte, pela parcela a que tem direito no preço nas bombas, gera ganhos para toda a sociedade". A assessoria da Petrobras afirma que o artigo de Luna e Silva não é uma resposta a críticas no meio militar, mas uma tentativa de explicar ao consumidor a composição do preço dos combustíveis.

Antes de assumir a presidência da Petrobras, Luna ocupava a diretoria-geral de Itaipu. Sob seu comando, Itaipu mudou regras de indenização, o que acabou beneficiando diretores com pagamentos que beiravam R$ 150 mil. Em 2019, Itaipu ampliou o bônus concedido aos funcionários, graças ao qual Luna recebeu R$ 221 mil. 

por Catia Seabra | Folhapress


Minha lista de blogs