O auditor Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques confessou à sua chefia imediata no Tribunal de Contas da União (TCU) a autoria das análises que levaram Jair Bolsonaro a divulgar notícias falsas de que o órgão questionava as mortes por Covid-19 no Brasil. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com informações preliminares já encaminhadas à corregedoria do tribunal, o auditor, afastado nesta quarta-feira (9) do órgão, relatou que comentou o teor de suas análises pessoais com o pai, militar e amigo pessoal de Bolsonaro, que repassou o documento ao mandatário.
Segundo relata a jornalista, as famílias dele e de Bolsonaro seriam tão próximas que o auditor chegou a ser indicado para uma diretoria do BNDES em 2019. Sua posse foi barrada pelo próprio TCU, por conflito de interesses, já que o tribunal fiscaliza o banco.
Além de ser afastado do cargo, Alexandre é alvo de uma investigação preliminar realizada pela equipe técnica do TCU que apura o caso e terá que prestar esclarecimentos sobre a manipulação de dados à CPI da Covid-19 no Senado.
Nesta quarta-feira (9), o TCU deverá decidir se abre um processo disciplinar contra Marques, que poderá culminar no seu afastamento efetivo do cargo ou até mesmo na sua demissão.
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