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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Astrônomos detectam no espaço mais de 500 misteriosas rajadas rápidas de rádio

 


Graças a um telescópio canadense e uma equipe internacional de pesquisadores, centenas de misteriosas rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) foram descobertas no espaço.

As origens destes clarões luminosos brilhantes, que duram meros milissegundos, são desconhecidas porque as explosões são imprevisíveis e elas desvanecem rapidamente. Pela primeira vez as FRB foram observadas em 2007. Na década seguinte foram somente detectadas aproximadamente 140 explosões em todo o Universo.

"O problema com as FRB é que elas são realmente difíceis de detectar", disse Kiyoshi Masui, professor assistente de física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). "Você precisa ter seu radiotelescópio apontado para o lugar certo na hora certa e você não consegue prever onde e quando isso acontecerá", explicou.

A maioria dos radiotelescópios apenas vê um pedaço do céu do tamanho da Lua em um determinado momento, o que significa que a grande maioria das FRB não é vista, detalha Masui, escreve CNN. 

Tudo mudou quando o telescópio CHIME, localizado no Observatório Astrofísico Dominion na Columbia Britânica, no Canadá, começou a receber sinais de rádio em seu primeiro ano de operação. O radiotelescópio estacionário detectou, entre 2018 e 2019, 535 novas rajadas rápidas de rádio.

Representação de uma Rajada Rápida de Rádio
© FOTO / JAMES JOSEPHIDES/UNIVERSIDADE DE TECNOLOGIA SWINBURNE
Representação de uma Rajada Rápida de Rádio

Isso permitiu que os cientistas criassem o catálogo CHIME destas rajadas, que foi apresentado na quarta-feira (9) no 238º Encontro da Sociedade Astronômica Americana.

O catálogo não só expande o número conhecido das FRB, mas também aumenta a informação disponível sobre suas propriedades e localizações.

Enquanto a maioria das rajadas foram eventos únicos, 61 delas foram rajadas repetidas de 18 fontes. Estas últimas aparecem de forma diferente – cada lampejo repetido dura um pouco mais de tempo do que as rajadas únicas.

Quando uma explosão se repete, os cientistas têm muito mais chances de rastreá-la até seu ponto de origem. Além do mais, esses locais podem também ajudar a determinar o que causa as explosões.

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