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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Série de tornados que abalaram os EUA já é efeito das mudanças climáticas? Meteorologista explica

 


Mais de 80 pessoas mortas, cerca de 109 desaparecidas e cidades destruídas são resultado de uma sequência de tornados que atigiram os EUA. A Sputnik Brasil entrevistou especialista para saber se esses eventos fora de época já são um dos efeitos das mudanças climáticas.

No sábado (11), uma série de tornados arrebatou os Estados Unidos, onde cinco estados reportaram danos causados pelos ventos extremos.
Até agora, 88 pessoas morreram e aos menos 109 estão desaparecidas, segundo o G1.Os estados do Tennessee, Illinois, Missouri e Arkansas foram afetados, mas o que mais observou estragos foi o estado do Kentucky, com o presidente Joe Biden declarando a região como "área de maior catástrofe", e assim, permitiu o direcionamento de ajuda federal adicional para os esforços de recuperação.

Além das mortes, pessoas desaparecidas e vidas detonadas com famílias perdendo tudo, mais de 100.000 norte-americanos enfrentam quedas de energia após a passagem dos tornados.
Devin Carlton consola sua noiva, Asiah Alubahi, do lado de fora de seu antigo apartamento destruído por um tornado em Maysville, Kentucky, EUA, 13 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2021
Devin Carlton consola sua noiva, Asiah Alubahi, do lado de fora de seu antigo apartamento destruído por um tornado em Maysville, Kentucky, EUA, 13 de dezembro de 2021
Mais de 26.000 pessoas sofreram interrupções de energia no estado do Kentucky, e no estado de Nova York, 28.000 residências relataram não ter eletricidade.
Simultaneamente, cerca de 62.000 residentes comunicaram problemas com o fornecimento de eletricidade nos estados de Michigan e Ohio, conforme noticiado.
Sputnik Brasil entrevistou Wanderson Luiz Silva, meteorologista, mestre em Meteorologia e doutor em Engenharia Civil para entender o porquê dos fenômenos atmosféricos ocorrerem em uma época do ano tão incomum para sua formação e se seriam tais eventos efeitos da mudança climática.
Uma bandeira dos EUA está amarrada a uma árvore caída em frente a uma residência destruída após um tornado em Mayfield, Kentucky, EUA, 14 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2021
Uma bandeira dos EUA está amarrada a uma árvore caída em frente a uma residência destruída após um tornado em Mayfield, Kentucky, EUA, 14 de dezembro de 2021

Silva explica que um tornado ganha forma quando uma nuvem identificada como cúmulos-nimbos começa a se estruturar. Cúmulos-nimbos é uma nuvem de tempestade, a qual, posteriormente, atinge a definição de supercélula, que é uma condição de tempo severo.

"Há uma massa de ar quente e úmida na superfície e uma massa de ar um pouco mais fria e seca em altos níveis. Com isso, a massa quente e úmida da superfície é obrigada a subir causando o cisalhamento do vento, que gera o famoso movimento rotatório do tornado. Quando o funil sai da base da nuvem e atinge o solo, temos, de fato, a formação de um tornado", elucida o meteorologista.

Sobre os tornados devastadores que atingiram os EUA na semana passada, Silva afirma que os mesmos foram "de intensidade bastante acentuada" e que essa intensidade expressiva acontece quando não há apenas uma, mas várias nuvens cúmulos-nimbos existindo ao mesmo tempo.
"Essa é uma condição de tempestade multicelular, ou seja, enquanto diversas nuvens cúmulos-nimbos vão seguindo seu caminho na tempestade, elas vão encontrando mais calor e mais umidade. Esse calor e umidade ajudam a retroalimentar outras nuvens e faz com que a duração daquele tornado seja maior."
Formações de nuvens cúmulos-nimbos se acumulam no céu sobre a Harbour Bridge durante um clima tempestuoso em Sydney em 14 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2021
Formações de nuvens cúmulos-nimbos se acumulam no céu sobre a Harbour Bridge durante um clima tempestuoso em Sydney em 14 de outubro de 2021
Silva destaca o calor e a umidade como ingredientes essenciais para formação de um tornado, entretanto, neste período do ano, os EUA estão quase entrando na estação do inverno. Desse modo, ter temperaturas elevadas na região onde ocorreram os tornados é um fenômeno estranho.
"Realmente esse mês de dezembro está com temperaturas acima da média quando comparadas a outros anos. [...] A vinda de bastante calor e umidade proveniente, especialmente, do golfo do México em direção ao centro dos EUA, encontrando uma massa de ar mais fria oriunda do Canadá pode ter causado um choque que favoreceu a formação dos tornados."
Centro de Mayfield, Kentucky, antes e depois do tornado.
O ocorrido é, de fato, incomum, já que a maior propensão para esses eventos acontecerem se dá entre "a primavera e o verão", portanto, "é bastante atípico esses tornados tomarem forma não só pela época, mas também pela intensidade atingida".
"Vale destacar que as condições para ocorrência de tornados ainda são consideradas um pouco raras de acontecer, porque temos tempestade ocorrendo em qualquer parte do planeta, mas para formação do tornado em si precisamos de muitos outros ingredientes juntos, ou seja, uma condição de severidade bastante acentuada para elaborar sua formação."
Um voluntário deposita mercadorias doadas na cafeteria de Dawson Springs Jr que está sendo usada como depósito de suprimentos para a cidade, depois que tornados atingiram vários estados dos EUA, Kentucky, 14 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2021
Um voluntário deposita mercadorias doadas na cafeteria de Dawson Springs Jr que está sendo usada como depósito de suprimentos para a cidade, depois que tornados atingiram vários estados dos EUA, Kentucky, 14 de dezembro de 2021

Tornados na América do Sul

Segundo Silva, o local mais favorável para formação de tornados na América Latina, é a região Sul do Brasil, parte do norte da Argentina, Paraguai e Uruguai. Nessas regiões, ocorrem "grandes choques de massa de ar", além de outras condições que contribuem para o evento atmosférico citadas pelo especialista.

"[...] Por exemplo, os jatos de baixos níveis, que é um jato que carrega umidade lá da Amazônia em direção a essa porção central da América do Sul. Tem também o próprio oceano Atlântico, que pode ajudar com aporte de umidade", diz o meteorologista.

Se todos os mecanismos acima mencionados – caracterizados como "mecanismos termodinâmicos da atmosfera" – se juntarem e forem favoráveis, Silva confirma que a incidência de tornados na região Sul do Brasil pode se tornar realidade com mais frequência.
Tornado na cidade de Campos Novos, Santa Catarina - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2021
Notícias do Brasil
Tornado danifica mais de 280 casas em Santa Catarina (FOTOS, VÍDEO)

Seria o evento consequência de mudanças climáticas?

O especialista diz que é difícil dizer se os tornados registrados nos EUA já são consequências de mudanças climáticas, uma vez que essas mudanças requerem "alterações nos padrões do clima a longo prazo".
"Para podermos observar tal evento como resultado das mudanças climáticas, é preciso acontecer várias ocorrências desses tornados ao longo de uma série de muitos anos, pelo menos 20, 30 anos como esses deste episódio para termos certeza."
Céu nublado sobre o lago Pontchartrain, em Lakeshore Drive, com inundações relatadas em Nova Orleans, antes da tempestade tropical Barry atingir a costa (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2021
Céu nublado sobre o lago Pontchartrain, em Lakeshore Drive, com inundações relatadas em Nova Orleans, antes da tempestade tropical Barry atingir a costa (foto de arquivo)
A análise para identificar se os fenômenos atmosféricos já são, de fato, efeitos do clima, incluiria a frequência com que eles ocorrem, em que época do ano acontecem e se estão se desenvolvendo com mais intensidade.
"Com um único evento, não podemos associar à mudança do clima em si, mas sim se analisarmos uma longa série de dados", conclui o meteorologista.

sábado, 16 de outubro de 2021

Revelado efeito devastador que guerra nuclear teria sobre camada de ozônio e clima

 


As enormes nuvens de fumaça geradas por uma hipotética guerra nuclear alterariam o clima global e devastariam a camada de ozônio, colocando em risco a saúde humana e o abastecimento de alimentos, segundo um novo estudo.

Os autores do estudo, liderado pelo Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA, calcularam pela primeira vez os efeitos combinados de reações químicas envolvendo óxido de nitrogênio, aquecimento estratosférico, raios ultravioleta e diminuição da fotoquímica (reações químicas por luz solar) como resultado da detonação de bombas atômicas.

Foram estudados dois cenários hipotéticos: o primeiro de uma guerra nuclear de escala regional entre a Índia e o Paquistão e o segundo de escala global entre os EUA e a Rússia. No primeiro caso, seriam gerados cinco megatons de fumaça, enquanto no outro seriam produzidos 150 megatons.

A pesquisa revelou que um conflito global destruiria cerca de 75% da camada de ozônio em um período de 15 anos, conforme os resultados publicados na revista Journal of Geophysical Research: Atmospheres.

A injeção massiva de fumaça na estratosfera inicialmente baixaria a temperatura na superfície da Terra, bloqueando a luz solar, alteraria os padrões de precipitação, protegeria o planeta da radiação ultravioleta e, ao mesmo tempo, destruiria a camada de ozônio.

Dentro de alguns anos, a fumaça começaria a se dissipar, permitindo que a radiação ultravioleta penetrasse forte e facilmente através na reduzida camada de ozônio.

Planeta Terra (imagem ilustrativa)
Planeta Terra (imagem ilustrativa)

O cenário de guerra regional resultaria em um padrão mais atenuado, com perda máxima de ozônio de 25%. No início, os raios ultravioleta aumentariam imediatamente e as temperaturas diminuiriam, mas a camada de ozônio se recuperaria gradualmente em cerca de 12 anos, à medida que a fumaça se dissipasse.

Como a camada de ozônio protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta prejudicial, tais impactos seriam devastadores tanto para os humanos como para o meio ambiente.

Os altos níveis de radiação ultravioleta estão ligados a certos tipos de câncer de pele, cataratas e distúrbios imunológicos. A camada de ozônio também protege os ecossistemas terrestres e aquáticos, bem como a agricultura.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Tribunal de Justiça suspende efeito de liminar que permitia retorno das aulas na Bahia

 


Uma das liminares que permitia o retorno das aulas na Bahia (reveja aqui), teve os efeitos suspensos, nesta segunda-feira (15). O pedido de suspensão foi feito pelo governo da Bahia e acatado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), o desembargador Lourival Trindade.  "Na hipótese dos autos, depreende-se que, neste momento, ante à impossibilidade de viabilizar-se a retomada das atividades presenciais das instituições de ensino, das redes pública e particular, de todo o território do Estado da Bahia, sem que sejam, diretamente, afetados os direitos à saúde e, corolariamente, à vida, é incontendível que estes últimos devam prevalecer, em detrimento do direito à educação", pontuou o magistrado.

O desembargador ainda pontuou que a decisão da suspensão das aulas "tratar-se de decisão, de natureza administrativa, decorrentemente da função típica do Poder Executivo, não havendo, portanto, espaço para uma atuação atípica do Poder Judiciário". "Em razão da inexistência de omissão, que autorize e legitime esta atuação. A breve trecho, é de trivial sabença que a análise, tocante à necessidade de observância às esferas de atuação de cada um dos Poderes", acrescenta. 

A decisão suspende apenas uma das liminares impetradas para autorizar a retomada das aulas. No último domingo (14), outra decisão liminar, desta vez expedida pela juíza Juliana de Castro, da 6ª Vara da fazenda Pública de Salvador, autorizou a retomada imediata das atividades presenciais nas escolas particulares da capital baiana. O Governo do Estado já tinha prorrogado mais uma vez o decreto que suspende os shows e as aulas nas redes pública e privada em toda a Bahia. A medida tem valor até o dia 21 de fevereiro 


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