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domingo, 26 de julho de 2020

São Paulo perde 714 policiais civis em quatro meses

Raquel-Kobashi_-Presidente-SINDPESP_-Divulgação- 


O Estado de São Paulo perdeu uma média de 178 policiais civis por mês, entre fevereiro e junho de 2020. De acordo com o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), hoje estão vagos 13.764 cargos na Polícia Civil, 714 a mais do que o registrado em fevereiro deste ano, quando faltavam 13.050 policiais. Em comparação com 2019, a perda de policiais entre fevereiro e junho cresceu 41%.

De acordo com a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, o número é considerado alarmante e resultado, principalmente, de exonerações e aposentadorias que não tiveram reposição por parte do Governo.

Dhoje Interior
“É um número alarmante, porque a legislação estabelece que o estado de São Paulo deve ter 41.912 policiais civis, mas na prática tem somente 28.148”, explicou Raquel, lembrando que os 13.764 cargos vagos representam um terço dos recursos humanos da polícia. “Esse verdadeiro rombo compromete a segurança da sociedade”, complementou.

Atualmente, faltam 783 delegados, 3.065 escrivães, 3,712 investigadores, 960 agentes policiais, 794 agentes de telecomunicação, 206 papiloscopistas, 422 auxiliares de papiloscopista, 284 médicos legistas, 154 peritos criminais, 94 fotógrafos, 39 desenhistas, 54 auxiliares de necroscopia e 162 atendentes de necrotério.

“O Governo precisa ser rápido para nomear os aprovados em concurso, para que a Polícia Civil possa realizar seu trabalho de forma eficiente”, analisou Raquel. “Quando a polícia tem um terço do seu efetivo sem gente, sem funcionários, a população é a maior prejudicada. Os policiais, pela vocação e amor ao que fazem, não param, se desdobram para cumprir suas tarefas, mas é humanamente impossível realizar tudo o que seria necessário”, completou.

Os carcereiros somam 3035 cargos extintos. O SINDPESP considera inaceitável a extinção do cargo sem que o fato não seja contabilizado como perda. Questionado sobre os dados específicos de São José do Rio Preto, o SINDPESP informou que os números são cedidos pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e que o balanço destes dados não é feito de forma regionalizada.

Da REDAÇÃO/dhojeinterior


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