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sexta-feira, 27 de março de 2020

"gripezinha"? Coronavírus: primeira morte de menor de idade é registrada na França; vítima era estudante de 16 anos



Julie, sem nenhum problema de saúde anterior alegado pela família, tornou-se a pessoa mais jovem a morrer pelo coronavírus na França


A morte de uma estudante francesa de 16 anos, Julie, sem nenhum problema de saúde anterior alegado pela família, chocou a França, aumentando a preocupação da população do país em relação ao coronavírus. A estudante morreu na terça-feira, 24, no Hospital Necker de Paris - 24 horas depois de ser hospitalizada com insuficiência respiratória.


Julie é a primeira menor de idade a morrer no país desde o início da pandemia. A morte da menina saudável chocou a mãe, que afirmou não ter explicação para isto ter ocorrido. A irmã da adolescente, respondendo aos que afirmam que trata-se de um vírus que só mata idosos, disse que “ninguém é invencível perante esse vírus mutante". "Ela não tinha outras doenças", garante a irmã.

A família afirma que os sintomas começaram como uma pequena tosse que piorou no final de semana. Na segunda-feira, 23, a adolescente foi ao médico, que detectou problemas nos brônquios. A jovem foi então hospitalizada em uma unidade de Essone, onde realizou um teste para o diagnóstico do coronavírus. Antes de obter o resultado, foi transferida para o hospital Necker em Paris, onde realizou mais dois testes para o covid-19 - que deram negativos. O primeiro hospital, em Essone, entretanto, telefonou e revelou que o primeiro teste deu positivo.

A adolescente foi colocada sob ventilação, mas o pulmão não resistiu. A menina morreu antes da mãe e da irmã chegarem ao hospital. "Foi violento. Tivemos tempo de vê-la, mas depois tudo aconteceu muito rápido. Por causa das circunstâncias da epidemia, o protocolo para o enterro é muito rigoroso. Sei que é complicado, mas um pouco mais de humanidade é necessário", disse abalada a mãe de Julie ao Le Parisien

No país, o número de pessoas mortas pelo vírus está perto de 2.000, com quase 30.000 infectados. “A onda epidêmica que está varrendo a França é uma onda que é extremamente alta e que está submetendo todo o sistema de cuidados e saúde a uma tensão tremenda”, disse o premiê Édouard Philippe aos repórteres após uma videoconferência entre ministros. “A situação será muito difícil nos próximos dias.”

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