Uma série de estudos demonstrou que, embora as vacinas existentes ainda funcionem contra as novas cepas de coronavírus, pode revelar-se que elas sejam menos eficazes no combate a infecções.
Os agentes patogênicos da COVID-19 podem transformar-se em uma nova cepa superpoderosa que não seja suscetível a vacinas e, desse modo, seria capaz de infectar a população global novamente em um surto "muito, muito assustador", com ainda mais capacidade de propagação, escreve tabloide The Sun.
Doutor Tony Lockett, do Instituto de Ciência Farmacêutica do King's College London, destacou a perspectiva de uma nova mutação devastadora, aconselhando as pessoas a seguir estritamente as regras.
Segundo especialista, o efeito poderia ser muito pior do que o primeiro surto, já que os mais jovens poderiam ficar mais doentes e os recém-curados seriam reinfectados com a nova cepa.
Lockett explicou que algumas mutações surgem quando o vírus infecta pessoas que são incapazes de derrotá-lo com seu próprio sistema imunológico.
"A proliferação descontrolada faz com que o vírus se replique mais ativamente e desta forma [o surgimento de] mutação é mais provável", disse, acrescentando que a maneira mais eficaz de lidar com a ameaça é "vacinar o máximo possível", e assim reduzir a taxa de transmissão, mantendo-se ao mesmo tempo o confinamento até que a maioria da população seja imunizada.
William Hannage, professor de Harvard, explicou que é crucial frenar a propagação de novas variantes antes que elas ganhem terreno, apontando que o alastramento de infecções estimula novas mutações.
"Atualmente há muita preocupação em torno da E484K, uma mutação na proteína de espícula, a qual se considera que ajuda o vírus a contornar a imunidade [obtida] da infeção anterior e é encontrada em algumas das variantes", afirmou.
"Embora pareça que as vacinas ainda oferecem proteção, pelo menos contra doenças graves, esta [mutação] deve ser monitorada", sublinhou.
O cientista Ravi Gupta, professor de Microbiologia da Universidade de Cambridge, alertou que as mutações já estão no processo de se tornarem imunes a vacinas existentes.
"Por exemplo, o estudo da AstraZeneca mostrou que [a vacina] não mostrou bom resultado contra a variante sul-africana", disse, alegando com base em evidências de que as mesmas mutações "estão surgindo de novo".
Gupta explicou que as variantes do Brasil e da África do Sul têm a mutação E484K específica que realmente torna difícil que nossos corpos neutralizem e evitem a propagação da infecção.
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