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domingo, 4 de abril de 2021

Banqueiro cobra 'mea-culpa' de elite empresarial: 'Ânsia de evitar PT' provocou 'desastre'

 


O banqueiro Ricardo Lacerda, sócio-fundador do BR Partners Banco de Investimento, disse que a elite empresarial deveria fazer um mea-culpa sobre apoio que deu para eleição de Jair Bolsonaro. 

Recentemente, um grupo de banqueiros, empresários e economistas escreveu carta aberta, que já reuniu mais de 1.500 assinaturas, contra o governo Bolsonaro e a favor da democracia. 

"Acho que foi um movimento genuíno, de pessoas perplexas com tanta incompetência, descaso e patifaria. É óbvio que a elite empresarial brasileira precisa fazer uma reflexão, um mea-culpa sobre o apoio que deu a alguém que, analisando de maneira simples e direta, não tem a menor qualificação para o cargo que ocupa. Isso, para mim, sempre foi claro e agora está absolutamente comprovado", disse Lacerda em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. 

O banqueiro, um dos principais nomes do mercado financeiro do país, afirmou ainda que a "ânsia de evitar" um novo governo petista acabou prejudicando o país.

"Havia bons candidatos no primeiro turno em 2018. Mas, na ânsia de evitar o PT, muita gente séria acabou votando em Bolsonaro ainda no primeiro turno. Está aí a origem do desastre que vivemos hoje", argumentou. 

Lula: críticas e elogios

Sobre as eleições de 2022, Lacerda disse que considera o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "uma opção ruim", mas, ao mesmo tempo, elogiou seu primeiro mandato. Lacerda afirmou ainda que, "se voltar o Lula de 2002", "podemos ter um cenário benigno". 

"Acho Lula uma opção ruim. É um nome mais ligado ao passado do que ao futuro. Precisamos de uma liderança nova. Mas ele já foi presidente e fez um ótimo primeiro mandato. Se voltar o Lula de 2002, cercado de pessoas competentes, mantendo as alas ideológicas e fisiológicas do PT mais afastadas, abraçando uma agenda de equilíbrio fiscal, podemos ter um cenário benigno", avaliou.

O banqueiro disse também que um segundo turno entre Lula e Bolsonaro "seria péssimo para o país", mas, "se sobrarem essas duas opções, teremos que avaliar como terão chegado até lá, quais suas sinalizações, seus compromissos em direção ao centro". 

Mercado 'comprou discurso liberal'

Lacerda criticou Bolsonaro e disse que, em 2018, o mercado "comprou o discurso liberal" do então candidato. 

"O mercado sempre faz uma análise superficial, avalia as opções mais imediatas e cria sua narrativa. Comprou o discurso liberal do Bolsonaro, ainda que seu comportamento em três décadas de Congresso tenha sido exatamente o oposto. E, ao longo do seu mandato, Bolsonaro vem explodindo pontes, falando absurdos, promovendo insultos e cometendo erros grosseiros. Tudo isso reverbera mundo afora. Nunca tivemos nossa imagem internacional tão abalada", ponderou. 


 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Será preciso ficar em casa para evitar 2ª onda de COVID-19, alerta fundador da Anvisa

 


Estamos nos aproximando de uma segunda onda de COVID-19? A Sputnik Brasil conversou com o médico Gonzalo Vecina Neto, fundador e primeiro diretor da Anvisa, para entender como a pandemia está evoluindo no Brasil.

Em meio a uma segunda onda de casos de COVID-19 na Europa, a plataforma Info Tracker da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), informou que houve um salto de 50% nos casos suspeitos de coronavírus na capital paulista entre agosto e novembro.

A plataforma que monitora o avanço da pandemia levanta a suposição sobre uma segunda onda da pandemia. No entanto, até que ponto se pode pensar em uma segunda onda de COVID-19 no Brasil?

Na opinião de Gonzalo Vecina Neto, fundador da Agência Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, há vários sinais de que estaríamos vivendo uma segunda onda, que ele prefere classificar como recrudescimento da primeira, pois não acredita que esta tenha acabado.

"Nós estamos vivendo um aumento de casos e do número de mortes. Isso está acontecendo no Brasil todo. Os estados que foram menos afetados, neste momento, têm um número maior de casos. Já os estados do Norte que tiveram muitos casos, estão sendo menos afetados. Há crescimento de casos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, e no interior paulista. É preciso ter cuidado e atenção para esse recrudescimento - ou até mesmo uma segunda onda - que está ocorrendo no país", avalia o especialista.


© AFP 2020 / SERGIO LIMA
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro se reúne com apoiadores em Brasília, 23 de agosto de 2020

presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, disse nesta sexta-feira (13), durante uma conversa com seus apoiadores no Palácio da Alvorada, que o que vem sendo chamado de segunda onda é uma "conversinha", e que, caso ela realmente aconteça, deverá ser enfrentada para a economia não "quebrar de vez".

"Vocês vejam o que era antes, como eram os ministérios, tudo aparelhado no Brasil. Como estão funcionando (agora), apesar dessa pandemia que nos fez nos endividar em mais de 700 bilhões de reais. E agora tem conversinha de segunda onda. Tem que enfrentar se tiver, porque se quebrar de vez a economia, seremos um país de miseráveis", disse o presidente.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinalou que, caso aconteça uma segunda onda, o governo voltará a prover assistência, mas não nos mesmos valores que foram liberados neste ano.

"Em vez de 8% do PIB, provavelmente desta vez metade disso porque sabemos que podemos filtrar agora os excessos aqui e ali. E certamente usaríamos valores menores", afirmou o ministro durante um fórum virtual promovido pela Bloomberg, segundo o jornal Extra.

Para o doutor Gonzalo Vecina, o que está sendo chamado de segunda onda no Brasil, que ele preferir classificar de recrudescimento da pandemia, é evidente e foi provocada, em grande parte, pelo relaxamento das medidas de restrição. Na opinião do professor da USP, caso não haja uma mudança de comportamento, acontecerá aquilo que já vimos no começo da pandemia: o colapso da rede hospitalar, a falta de leitos de UTI e a necessidade da realização da escolha de quem ocupará o leito. 

"Infelizmente, um número importante dos leitos que foram construídos, já foram desativados. 65% dos leitos foram desativados. Os hospitais estão ficando cheios novamente, vamos ver como a pandemia vai se comportar e qual é a capacidade que os estados do país terão para recolocar os leitos à disposição da sociedade. Esta é um primeira providência", opina.

Em seguida, o fundador da Anvisa considera que os governos terão que voltar a pensar novamente na adoção de  medidas restritivas para evitar o colapso do sistema de saúde.

"Ninguém quer [novas restrições], a população está cansada, mas as equipes de saúde estão 'pedindo água'. Enquanto vivíamos uma queda do número de transmissões, as equipes continuaram trabalhando intensamente. A população relaxou, as autoridades reabriram restaurantes, bares, espaços públicos, etc., mas as equipes de saúde continuaram sob estresse nos hospitais e estão próximas do limite. Não existe outra solução, para reduzir o número de casos é preciso reduzir os encontros, ou seja, ficar em casa", sentencia o especialista.

De acordo com o jornal O Globo, nove capitais registram neste momento aumento dos casos de coronavírus. Os dados foram apurados em um levantamento do sistema InfoGripe, assinado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com base em registros do Ministério da Saúde.

Segundo o levantamento, as cidades mais afetadas são João Pessoa (PB) e Maceió (AL), que registraram aumento de 95% dos casos. Em seguida, com 75%, aparecem Belém (PA), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Natal (RN), Salvador (BA), São Luiz (MA) e Florianópolis (SC). 

Para o professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, os dados da Fiocruz confirmam que estamos vendo um aumento no número de casos em todo o país, um aumento que pode ser atribuído ao relaxamento, à possibilidade de as pessoas se encontrarem com o vírus, que está no ambiente, do lado de fora.

"É preciso cuidado, temos que dar um passo atrás e tomar muito cuidado para não lotarmos os hospitais", recomenda.

Para o professor da USP, se a população brasileira não quiser morrer na porta dos hospitais, é preciso reduzir a quantidade de pessoas na rua, fechar restaurantes, bares, espaços públicos, etc. Além disso, é necessário usar máscara e instalar barreiras físicas nos lugares onde as pessoas continuarão trabalhando e haverá relacionamento com o público. Se isso não for feito, ressalta o médico, será muito difícil lidar com a pandemia.

"É preciso esperar um pouco mais para retornar com as atividades, a vacina está chegando, porém, temos que chegar a janeiro e fevereiro, quando teremos condições de começar uma vacinação, pelos menos entre os profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco", propõe o ex-diretor da Anvisa.

As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik

NOTÍCIAS MAIS ACESSADAS

sábado, 10 de outubro de 2020

Bahia: Rui Costa pede colaboração dos candidatos às eleições municipais para evitar crescimento dos casos de Covid-19. E Queimadas?

 


Rui Costa sabe onde é Queimadas e que aqui pouco se respeita a pandemia?

Rui Costa pede colaboração dos candidatos às eleições municipais para evitar crescimento dos casos de Covid-19

Nesta sexta-feira (9), em viagem ao município de Itaberaba, o governador Rui Costa reiterou a necessidade do novo decreto de calamidade pública publicado na quinta-feira (8), por conta da pandemia. Rui disse que está preocupado com um novo aumento do número de casos da doença, provocado pela aglomeração de eventos relacionados ao período eleitoral e pediu o apoio dos candidatos de todo o estado para evitar a disseminação do coronavírus e o crescimentos de óbitos causados pela Covid-19.

“Apesar de algumas pessoas acharem que a pandemia já foi embora, isso não é verdade. Em algumas cidades está crescendo o número de contaminados porque, infelizmente, algumas pessoas estão achando que a pandemia acabou. Quero alertar a quem está pedindo voto dos baianos e baianos, candidatos a vereadores e prefeitos para que, por favor, coloquem a saúde pública em primeiro lugar”, afirmou o governador.

Rui disse ainda que acha inadmissível “verdadeiras micaretas” vistas em campanhas, em vários municípios.

 “Isso é uma temeridade.Vai provocar o crescimento do número de casos, e internamentos e a volta do crescimento de mortes. Até aqui conseguimos conter a pandemia, que está em queda, mas a gente já percebe, nessas duas últimas semanas, que em vários municípios, como os da região oeste, os casos já começam a crescer. Isso provavelmente pelos episódios de aglomerações do momento eleitoral”.

De acordo com  o novo decreto, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais, no âmbito das suas competências, para apoiar as ações de resposta ao desastre. Estado e municípios poderão acessar recursos federais via Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil para que sejam utilizados no combate à pandemia da Covid-19.

O documento foi encaminhado ao Governo Federal para que seja obtido o reconhecimento da União. O novo decreto substitui o anterior, publicado pelo Governo do Estado, em abril, e que tinha validade 7 de outubro.

Fonte: Secom

segunda-feira, 30 de março de 2020

Prefeitura fecha entrada de cidade na Bahia com arame farpado para evitar coronavírus



Um dos acessos à cidade de Itagimirim, na Costa do Descobrimento, região de Porto Seguro, segue bloqueado com arame farpado. A situação é vista ainda nesta segunda-feira (30) na pista que dá acesso a Eunápolis, na mesma região. Na outra entrada, que leva a outro trecho da BR-101 sentido Itabuna, o bloqueio é parcial. Nesta barreira sanitária, agentes da prefeitura abordam os condutores e passageiros e avaliam sobre a necessidade de isolamento ou não, caso apresentem sintomas do novo coronavírus. A decisão de fechar a entrada da cidade foi tomada pela prefeitura entre as ações para evitar o contágio no município. Na região, Porto Seguro é a que tem mais casos de novo coronavírus (10), segundo último boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) divulgado no domingo (29).

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