Valor teria sido desviado entre 2007 e 2017. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), R$ 868 mil teriam sido destinados para "rachadinha".
A mulher do ex-assessor Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, ajudou a desviar R$ 1,1 milhão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no esquema das "rachadinhas", escreve o Estado de São Paulo nesta sexta-feira (20).
As informações foram apontadas pelo Ministério Público do Rio. A Promotoria estima ainda que, deste total, R$ 868 mil tenham abastecido a suposta organização criminosa liderada pelo filho do presidente.
Foram nas contas de Márcia que a investigação também descobriu seis cheques depositados em favor da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O MP-RJ concluiu que Márcia fez parte do chamado "núcleo executivo" das "rachadinhas", composto por servidores fantasmas do gabinete de Flávio que recebiam o salário sem nunca bater ponto na Alerj.
Os pagamentos eram autorizados porque o chefe de gabinete do filho do presidente, Miguel Ângelo Braga Grillo, conhecido como Coronel Braga, validava a presença dos funcionários.
A denúncia aponta que esse "núcleo executivo" recebeu R$ 6,1 milhões da Alerj. Desse valor, R$ 2,079 milhões foram repassados diretamente a Queiroz.
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O que diz a defesa
Em nota enviada ao jornal que publicou as informações na manhã desta sexta-feira (20), os advogados de defesa de Flávio Bolsonaro, Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, classificaram as imputações do Ministério Público do Rio como "crônica macabra e mal engendrada".
Eles afirmaram que "todos os defeitos de forma e de fundo" da denúncia serão pontuados na formalização da defesa.
"Em função do segredo de Justiça, a defesa está impedida de comentar detalhes, mas garante que a denúncia contra Flávio Bolsonaro é insustentável. Dentre vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o senador se mostra inviável e não passa de uma crônica macabra e mal engendrada, influenciada por grupos que têm claros interesses políticos", conclui o comunicado.
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