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sábado, 21 de novembro de 2020

Taiwan poderia resistir à China com bombardeiros norte-americanos B-52?

 


Dispersar bombardeiros B-52 por uma área maior pode ajudar a proteger o país de possíveis ataques. Não é por acaso que a Força Aérea americana começou, nos últimos anos, a enviar B-52 para a base aérea australiana em Darwin, na Australia.

A China continua aumentando suas forças militares de que poderia dispor para uma tentativa de invasão de Taiwan. A Marinha chinesa está adquirindo porta-aviões e navios de assalto anfíbios, enquanto o Exército e o corpo de fuzileiros navais acrescentam veículos de combate modernos e a Força Aérea se treina para combate aéreo intensivo, de acordo com The National Interest.

Porém, ao cruzar o estreito de Taiwan uma frota chinesa enfrentaria não apenas as forças taiwanesas, mas provavelmente também americanas. Os Estados Unidos são obrigados por lei a auxiliar na defesa de Taiwan. 

Características dos bombardeiros americanos

O comandante da Escola de Armas da Força Aérea dos EUA, parte da 57ª Ala na Base da Força Aérea de Nellis, no estado americano do Nevada, visitou recentemente a Base da Força Aérea de Barksdale, em Louisiana, onde fica a 2ª Asa de Bombardeio, a maior unidade de bombardeiros do ramo aéreo dos EUA. Em agosto de 2019 ele revelou uma das possíveis formas de intervenção dos EUA.

Segundo o general de brigada Robert Novotny, o comandante parece ter "lançado minas marítimas de um B-52 Stratofortress", mostrando em seu post no Facebook imagens do bombardeiro carregando 15 minas marítimas Quickstrike.

Estas minas não são novidade. "A família Quickstrike inclui classes de 500, 1.000 e 2.000 libras, conhecidas como Mk. 62, Mk. 63 e Mk. 64, respectivamente", explicou o repórter Joseph Trevithick no portal The War Zone no final de 2018.

Atualmente, enquanto o Pentágono volta ao conflito entre as grandes potências, as minas estão passando por uma série de atualizações.

Por mais de quatro anos, a Marinha americana tem trabalhado em dois programas de atualização relacionados, conhecidos como Quickstrike-J e Quickstrike-ER, para as minas Mk. 80.

Estas são atualizações revolucionárias que permitem às aeronaves empregar as minas com precisão de qualquer altitude e, no caso dos tipos -ER, largá-las em alvos a até 64 quilômetros de distância. Isso acelera o processo de instalação de campos minados em geral e reduz drasticamente a vulnerabilidade da aeronave que transporta as armas, que de outra forma teria que voar baixo e lentamente para realizar a missão.

E se houver guerra no Indo-Pacífico?

A Força Aérea opera mais de 70 B-52 e, em caso de guerra, poderia desdobrar dezenas de aviões na região da Ásia-Pacífico, ou levá-los dos Estados Unidos para missões na zona de guerra do Pacífico. Sabendo isto, não é difícil imaginar formações de B-52 instalando rapidamente centenas ou mesmo milhares de minas.

Naturalmente, os próprios bombardeiros, se implantados na linha da frente, também seriam alvos. A China poderia atingir os principais postos avançados da América no Pacífico – em particular, a base de bombardeiros em Guam – com mísseis balísticos e de cruzeiro.



© AP PHOTO / ZHA CHUNMING
Destróier da Marinha da China lança um míssil durante manobras no mar do Sul da China (foto de arquivo)
Um súbito ataque chinês poderia exterminar rapidamente as forças americanas na região da Ásia-Pacífico e impedir os Estados Unidos de intervir em uma guerra regional. Essa é a conclusão surpreendente de um relatório de agosto de 2019 do Centro de Estudos dos Estados Unidos da Universidade de Sydney.

"A estratégia de defesa da América no Indo-Pacífico está passando por uma crise sem precedentes", alertaram os autores do estudo Ashley Townshend, Brendan Thomas-Noone e Matilda Steward. "A América não desfruta mais da primazia militar no Indo-Pacífico e sua capacidade de manter um equilíbrio de poder favorável é cada vez mais incerta."

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