Pesquisadores do Hospital Metodista de Houston, nos Estados Unidos, analisaram recentemente a estrutura do novo coronavírus que infectou os habitantes da cidade em duas ondas.
Desta vez, notaram que a amostra em estudo tinha sofrido uma mutação "que ajuda o vírus a se propagar mais rápido", disse o dr. Jim Musser, presidente de patologia e medicina genômica do centro, citado pela emissora ABC13.
No seu novo estudo, publicado na quarta-feira (23) no servidor MedRxiv, apesar de ainda não ter sido revisado por outros pesquisadores, os cientistas examinaram mais de cinco mil genomas do coronavírus, que foram colhidos nas primeiras fases da pandemia na cidade de Houston e em uma segunda onda de infecções mais recente e em curso.
Feitas as análises, os especialistas chegaram à conclusão de que quase todas as estirpes presentes na segunda onda passaram por mutação, conhecida como D614G, que aumenta o número de "picos" da coroa do coronavírus, permitindo, assim, união mais eficaz a células e, consequentemente, infecção mais rápida.
Porém, apesar dos pesquisadores americanos terem determinado que os pacientes infectados pela estirpe modificada apresentam maiores quantidades de COVID-19 nos seus organismos, não foi encontrada nenhuma evidência de que esta nova mutação tenha tornado o vírus mais letal.
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