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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

WSJ: Emirados Árabes ameaçam romper acordo com EUA para F-35 em razão da influência chinesa no golfo

 


O aliado do golfo reclamou, em carta enviada às autoridades americanas, que os requisitos de segurança dos EUA são muito onerosos, afirma The Wall Street Journal.


De acordo com matéria do The Wall Street Journal (WSJ), autoridades americanas, os Emirados Árabes Unidos estão ameaçando suspender um acordo multibilionário para a compra de aeronaves F-35 de fabricação americana, drones Reaper e munições avançadas. A suspensão do acordo significaria um abalo importante na relação entre os dois antigos aliados, que parecem discordar ainda sobre o papel da China no golfo.
Abu Dhabi afirmou que os requisitos de segurança estabelecidos pelos EUA para proteger o armamento de alta tecnologia da espionagem chinesa eram muito onerosos, o que seria o motivo para anular o acordo.
O que ainda não ficou claro é se a ameaça de anulação do acordo é apenas um blefe. No valor de US$ 23 bilhões (cerca de R$ 130 bilhões), o documento foi assinado nos últimos dias do governo Trump e pode ser que não esteja mais válido. Neste caso, a ameaça seria uma moeda de barganha já que os Emirados Árabes recebem a visita de uma delegação militar do Pentágono e do governo nesta quarta-feira (15), para dois dias de negociação.
Um piloto francês está sentado em seu jato de combate Dassault Rafale enquanto ele é colocado em posição no Dubai Air Show em Dubai, Emirados Árabes Unidos, 14 de novembro - Sputnik Brasil, 1920, 03.12.2021
França e Emirados Árabes Unidos assinam acordo multimilionário de aviões de guerra Rafale
A hipótese de que o anúncio da desistência do acordo tenha sido uma tática de negociação foi levantada por um funcionário do governo americano. Outras autoridades afirmaram que, embora os EUA tenham preocupações legítimas com a segurança, houve uma corrida para salvar a venda de armas para seu aliado do golfo.

Segundo as fontes do WSJ, a carta de suspensão do acordo multibilionário é verdadeira e foi recebida pelo governo americano. Sua importância tem a ver com o fato de os EUA estarem cada vez mais preocupados com a influência da China nos Emirados Árabes. Foram essas preocupações que definiram as condições de garantia de que o caça a jato de quinta geração e os drones avançados não seriam vulneráveis à espionagem chinesa.
"Continuamos comprometidos com essas vendas e os Emirados levantaram algumas preocupações", disse um funcionário dos EUA. "Francamente, temos nossas próprias perguntas. Esse tipo de 'vai e vem' não é incomum em vendas significativas de armas, temos esperança de poder resolver essas questões e achamos que o diálogo militar conjunto nos dará a oportunidade de fazê-lo".

domingo, 30 de agosto de 2020

Grécia e Emirados Árabes respondem à 'ameaça' turca no Mediterrâneo Oriental



A Grécia e os Emirados Árabes Unidos iniciaram exercícios das suas forças aéreas no Mediterrâneo Oriental.

Os voos começaram na sexta-feira (28), depois que as autoridades dos Emirados Árabes enviaram quatro caças F-16 para uma base em Creta para treinamento conjunto com o exército grego.
No dia 29 de agosto, o Ministério das Relações Exteriores da Grécia emitiu um comunicado de imprensa em resposta aos avisos turcos de iniciar uma ação militar para proteger "seus direitos sobre cada metro cúbico" no Mediterrâneo Oriental. O motivo foi a tensão entre os dois países motivada pela prospecção de petróleo e gás que Ancara está empreendendo na área em questão.

© FOTO / ESTADO-MAIOR DA DEFESA NACIONAL DA GRÉCIA
Exercícios conjuntos entre a Grécia e a França no mar Mediterrâneo em 13 de agosto de 2020
"A ideia sem precedentes da Turquia de que pode ameaçar seus países vizinhos com o uso da força quando estes exercem seus direitos legítimos vai contra a cultura política moderna e os princípios fundamentais do direito internacional", declarou o ministério.
O motivo que agravou as relações entre estes países no início de agosto foram os depósitos de hidrocarbonetos nesta área marítima e a ausência de uma fronteira nas águas da região, causando uma série de acusações mútuas sobre a extração ilegal de matérias-primas.
O conflito entre a Grécia e a Turquia começou ainda em 1974 após a anexação de parte do Chipre pela Turquia. A Turquia enviou tropas para o norte da ilha, proclamando a República Turca do Norte de Chipre, país não reconhecido internacionalmente, enquanto a outra parte da ilha, a República do Chipre, é governada por gregos cipriotas.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Aliado contra o Irã, Emirados Árabes quer que Israel desista de anexar a Cisjordânia



O embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington alertou nesta sexta-feira (12) que a anexação de partes da Cisjordânia por Israel comprometeria qualquer aquecimento dos laços árabe-israelenses.

"A anexação certamente e imediatamente reverterá as aspirações israelenses de melhorar os laços de segurança, econômicos e culturais com o mundo árabe e com os Emirados Árabes Unidos", escreveu Yousef al-Otaiba em uma publicação rara de um funcionário do país árabe no diário mais vendido de Israel, o Yediot Aharonot.
"Recentemente, os líderes israelenses promoveram discussões empolgadas sobre a normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e outros Estados árabes. Mas os planos israelenses de anexação e conversas sobre normalização são uma contradição", acrescentou.
Espera-se que Israel, em 1º de julho, revele sua estratégia para implementar um plano de paz elaborado pelos Estados Unidos no Oriente Médio. O documento foi anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro.
O plano - rejeitado e atacado pelos palestinos - deu luz verde para Israel anexar assentamentos da Cisjordânia e o Vale do Jordão, território palestino ocupado pelo Estado judeu desde 1967.
Otaiba declarou que seu país "tem sido um defensor infalível da paz no Oriente Médio" e que "a anexação é a apreensão ilegal de terras palestinas". Isso poderia "inflamar a violência e despertar extremistas", alertou.

© AP PHOTO / JON GAMBRELL
Embaixador dos Emirados Árabes Unidos para os EUA, Yousef al-Otaiba
A medida israelense atraiu condenação internacional e os palestinos estão tentando mobilizar apoio, particularmente na Europa, para pressionar Israel a abandonar o projeto de anexação.
Os países árabes há muito tempo veem uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos como condição para a normalização das relações com Israel. Mas nações árabes do Golfo como os Emirados Árabes Unidos estão mais dispostas a se relacionar com o Estado judeu em meio a preocupações comuns sobre o Irã.
"Os Emirados Árabes Unidos incentivaram os israelenses a pensarem na vantagem de mais links abertos e normais", escreveu Otaiba. Ele observou que era um dos três embaixadores árabes presentes na Casa Branca no anúncio do plano de Trump.
"E fizemos o mesmo entre os Emirados e com os árabes de maneira mais ampla", afirmou.
Otaiba disse que os Emirados Árabes Unidos e outros países árabes "gostariam de acreditar que Israel é uma oportunidade, não um inimigo. Enfrentamos muitos perigos comuns e vemos o grande potencial de laços mais quentes.
"A decisão de Israel sobre a anexação será um sinal inconfundível de se a vê da mesma maneira", completou.
O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Anwar Gargash, escreveu em seu Twitter nesta sexta-feira (12) que Abu Dhabi estava usando "todos os meios diplomáticos possíveis" para se opor à anexação que considerava uma ameaça ao "processo de paz e estabilidade da região entre israelenses e palestinos".
Jordânia e Egito são os únicos países árabes que assinaram tratados de paz com Israel.

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