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domingo, 31 de janeiro de 2021

Em áudio, ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirma que caminhoneiros precisam “desmamar do governo”

 


Circula em grupos de WhatsApp um áudio atribuído ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmando que, enquanto os caminhoneiros "não desmamarem do governo, vão ver empresas crescendo e vocês com cada vez mais dificuldades"

Circula em grupos de WhatsApp um áudio atribuído ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmando, nesse sábado (30), que os caminhoneiros "precisam desmamar do governo". Também acrescentou: enquanto "não desmamarem do governo, vão ver empresas crescendo e vocês com cada vez mais dificuldades". Fontes próximas do ministro confirmaram que a voz é dele, segundo informações publicadas pela coluna de Chico Alves, no portal Uol. A categoria marcou para esta segunda-feira (1) uma greve por tempo indeterminado

Entre as reivindicações categoria está a isenção de impostos nos derivados de petróleo e menos gastos com combustível, pneus e itens de manutenção. Também pede mais fiscalização nas estradas para o cumprimento da lei que estabelece o piso mínimo do frete e gratuidade nos pedágios.

A suposta conversa teria acontecido entre o ministro e o vice-presidente da associação de caminhoneiros da cidade gaúcha de Capão da Canoa. Ao interlocutor, Freitas disse que é "impossível" atender as reivindicações atuais e fiscalizar o cumprimento dos benefícios obtidos pelos caminhoneiros na greve de 2018. 

O ministro teria sugerido ao interlocutor que os caminhoneiros precisam pensem como empresários. Ainda no áudio, Freitas teria atribuído o isolamento social como causa da crise econômica e apontou motivação política para a greve. 

"Achar que tem que fazer paralisação para conversar… esquece. Na verdade, a paralisação fecha a portas. Enquanto tiver a paralisação eu não converso com ninguém", afirmou, de acordo com a gravação.

Outro lado

Em nota, o Ministério da Infraestrutura disse que o titular da pasta "conversou, por telefone, com representantes da Associação dos Caminhoneiros e Condutores de Capão da Canoa/RS". 

"Durante a conversa reafirmou o seu posicionamento em referência às ações setoriais adotadas pela pasta; a total abertura para o diálogo com todas as entidades que demonstraram interesse em fazer parte da formulação da política pública; o posicionamento de não negociar com qualquer indicativo de paralisação ou locaute; e sua opinião, de amplo conhecimento de todo o setor, sobre temas de interesse, como a tabela de frete e a necessidade de estimular a economia para ampliar o mercado do transporte rodoviário de cargas".

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