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sábado, 16 de outubro de 2021

Este país 'saiu vencedor' da escalada de preços do carvão

 


O maior país da Oceania não avançou até agora no movimento a caminho da neutralidade carbônica, e em vez disso tem recentemente aumentado a exploração de carvão.

A Austrália continua ampliando sua indústria de carvão, apesar das exigências de ativistas do ambiente nacionais e internacionais para reduzir sua pegada ecológica, e agora é o maior exportador mundial de carvão.

Assim, como referiu em 6 de setembro a agência britânica Reuters, Camberra declarou que, devido à crescente demanda global, o carvão continuará sendo o principal contribuinte para a economia do país além de 2030.

Nesse mesmo mês, Sussan Ley, ministra do Meio Ambiente australiana, deu luz verde à ampliação das minas de carvão Whitehaven Coal e Wollonggong Coal, e em outubro aprovou a ampliação de outra mina de carvão térmico, Glencore Mangoola, em Nova Gales do Sul, que estenderá sua operação por mais oito anos, durante os quais é planejado que sejam produzidas 52 milhões de toneladas de carvão.

Apesar do movimento global rumo ao corte do uso de carbono, com muitos países procurando abandonar todas as emissões até 2050, a Austrália decidiu não se juntar a essa estratégia. É estimado que a mina Glencore Mangoola emita cerca de 0,00073% de todas as emissões mundiais, e Camberra também argumenta que o setor de recursos naturais representa uma importante fonte de novos empregos.

No entanto, a aposta de Camberra nessa fonte de energia tornou a Austrália um dos maiores emissores de carbono per capita do mundo, levando ativistas ambientais locais e a Suprema Corte do país oceânico, a instar o governo a tomar as mudanças climáticas em conta nas suas políticas. A ONU, inclusive, diz que a Austrália sofrerá consequências econômicas com as mudanças climáticas.

Além disso, em 7 de outubro Keith Pitt, ministro de Recursos australiano, propôs a criação de um empréstimo estatal no total de 250 bilhões de dólares australianos (mais de R$ 1 trilhão) para a indústria do carvão em troca de seu apoio a uma meta de zero emissões até 2050. No entanto, ele sublinhou que os setores agrícola e de recursos naturais não devem ser sacrificados para atingir a meta de neutralidade carbônica.

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