Embora alguns estudos afirmassem que os planetas do tipo Joviano pudessem sobreviver à morte de suas estrelas, as evidências eram escassas.
Uma equipe internacional de cientistas, com participação do Instituto de Astrofísica de Andaluzia, Espanha, publicou na quarta-feira (13) na revista Nature um estudo informando da descoberta de um sistema formado por uma estrela anã branca e um planeta similar a Júpiter, que permite observar o possível futuro do Sistema Solar.
Utilizando imagens de alta resolução obtidas pelo observatório Keck do Havaí, os pesquisadores determinaram que a anã branca recém-descoberta tem aproximadamente 60% da massa do Sol, e que seu exoplaneta é "um mundo gasoso gigante" com uma massa aproximadamente 40% maior que a de Júpiter.
O planeta gira em torno da estrela em uma órbita ampla, a uma distância mínima de cerca de três vezes a existente entre a Terra e o Sol.
De acordo com as estimativas científicas, dentro de aproximadamente cinco bilhões de anos o Sol começará sua fase de gigante vermelha ao esgotar seu combustível e se afundará sob seu próprio peso.
Este processo fará com que as camadas externas se aqueçam e dilatem, engolindo as órbitas de Mercúrio, de Vênus e da Terra.
Posteriormente, se iniciará outra fase em que o invólucro se expandirá livremente, formando uma nebulosa planetária, cujo centro ainda brilhará no núcleo exposto que foi o Sol, convertendo-se em uma estrela anã branca.
Embora alguns estudos afirmassem que os planetas do tipo Joviano pudessem sobreviver à morte de suas estrelas, as evidências eram escassas.
Esta descoberta "confirma que os planetas que orbitam a uma distância suficientemente grande podem seguir existindo depois da morte de sua estrela", afirmou Joshua Blackman, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Tasmânia, Austrália.
"Este sistema é um análogo de nosso próprio Sistema Solar e sugere que Júpiter e Saturno poderiam sobreviver à fase de gigante vermelha do Sol", ressaltou.
Por sua vez, a pesquisadora Camilla Danielski, que também participou da descoberta, explica que "97% das estrelas da nossa galáxia se converteram em anãs brancas", concluindo que "esta descoberta e as próximas permitirão observar o futuro dos exoplanetas".
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