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sábado, 24 de julho de 2021

'Preciso salvar o governo', diz Bolsonaro após confirmação de Ciro Nogueira na Casa Civil

 


Ao tirar fiel amigo do cargo de ministro-chefe da Casa Civil, Bolsonaro choca militares, mas segue em frente com seu plano visando não deixar governo desmantelar de vez diante de todas as turbulências que vêm enfrentando.

Ontem (23), o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o cargo de chefe da Casa Civil passaria a ser ocupado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), entretanto, ao fazer tal movimento, Bolsonaro tira seu fiel amigo, general Luiz Eduardo Ramos.

Para sustentar tamanha mudança, o presidente teria justificado a troca dizendo que "preciso salvar o governo", segundo o UOL.

Senador e presidente do Partido Progressistas (PP), Nogueira é um dos maiores do centrão, bloco de legendas que hoje dá sustentação política ao presidente, e assumirá a Casa Civil com a missão de melhorar a articulação política do Palácio do Planalto e afastar ainda mais as ameaças de impeachment.

No passado, presidentes que não estabeleceram uma dinâmica próxima às legendas do centrão acabaram sofrendo processo de impeachment, como foi o caso do hoje senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL) e Dilma Rousseff (PT).

Bolsonaro acompanhado por Paulo Guedes, general Luiz Eduardo Ramos, Ricardo Barros (PP-PR), Fernando Bezerra (MDB-PE), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Ciro Nogueira (PP-PI)
© FOLHAPRESS / PEDRO LADEIRA
Bolsonaro acompanhado por Paulo Guedes, general Luiz Eduardo Ramos, Ricardo Barros (PP-PR), Fernando Bezerra (MDB-PE), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Ciro Nogueira (PP-PI)

Bolsonaro causou "decepção total" na ala militar ao tirar o general do cargo, de acordo com o blog de Bela Megale em O Globo. Ramos disse que está "em choque", apesar de ter afirmado que nada mudará entre ele e o presidente.

"Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem", disse o general.

Bolsonaro enfrenta uma série de questões que enfraqueceram o seu polêmico governo: CPI da Covid no Senado, quase 600 mil mortes pela pandemia; acusações de corrupção no Ministério da Saúde, 127 pedidos de abertura de processo de impeachment na Câmara e alto índice de reprovação popular.

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