Governo israelense diz que seria "bom" se o mundo impedisse Teerã de obter armas nucleares antes que Israel fosse obrigado a agir, e apresenta planejamento militar para combater o Hezbollah.
Nesta quinta-feira (4), em entrevista para Fox News, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, declarou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão continuamente atualizando seus planos para um possível ataque militar a instalações nucleares do Irã.
"Se o mundo o impedir [o Irã] antes, é muito bom. Mas, do contrário, devemos permanecer independentes e nos defendermos sozinhos. Até lá, vamos continuar a construí-los [planos de possível ataque], para melhorá-los ao mais alto nível profissional possível", disse o ministro na entrevista citado pela mídia.
Durante a conversa, Gantz identificou "numerosos alvos" dentro do Irã cuja destruição poderia minar a capacidade de Teerã de desenvolver armas nucleares, segundo a mídia.
O ministro também afirmou que o grupo Hezbollah, apoiado pelo Estado iraniano, possui centenas de milhares de foguetes supostamente colocados ao longo da fronteira com Israel, apresentando um mapa classificado de alvos com a localização dos foguetes.
Exlusivo: O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, mostra à Fox News um mapa de alvos classificados, revelando mísseis do Hezbollah em meio à infraestrutura civil.
O briefing anual de inteligência da FDI indicou que Israel está se preparando para vários dias de combate com o Hezbollah. Reportagens da imprensa local disseram que três mil alvos libaneses seriam atingidos todos os dias durante o próximo conflito, com o objetivo de matar 300 combatentes do Hezbollah a cada 24 horas, de acordo com a mídia.
"Este é um mapa de alvos. Cada um deles foi verificado legalmente e operacionalmente em termos de inteligência. Estamos prontos para lutar", acrescentou Gantz.
As tensões permanecem altas enquanto os Estados Unidos e o Irã continuam em um impasse para chegarem a um consenso sobre o acordo nuclear e pela explosão do navio israelense na quinta-feira (25) no golfo de Omã, o qual Israel acusou o Irã de ser responsável pelo ataque.
Teerã negou sua participação no incidente e disse estar "monitorando de perto" as ações de Jerusalém na região.
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