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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

China pode ofuscar EUA como maior refinaria do mundo

 


A crise da COVID-19 acelerou uma mudança sísmica na indústria mundial de refino. Enquanto os EUA estão fechando suas refinarias, a China lança novos projetos para processar o petróleo.

No início de novembro, a Royal Dutch Shell PLC fechou sua refinaria Convent, que era grande e capaz de refinar uma ampla gama de petróleo cru.

No entanto, Shell, a terceira maior empresa petrolífera do mundo, queria reduzir radicalmente a capacidade de refinação, porém não encontrou nenhum comprador.

Enquanto isso, a China colocou em funcionamento uma nova unidade da Rongsheng Petrochemical em Zhejiang, no nordeste da China. Este é apenas um de ao menos quatro projetos no país com um total de 1,2 milhão de barris diários de capacidade de processamento de petróleo, ressalta a agência Bloomberg.



© AP PHOTO / ANDY WONG
Corporação Nacional de Petróleo da China

A Bloomberg também ressalta que na China e no resto da Ásia as economias estão se recuperando rapidamente da pandemia, enquanto as refinarias dos EUA e da Europa lidam com uma crise mais profunda.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a China pode ofuscar e ultrapassar os EUA no próximo ano.

"A China vai refinar mais um milhão de barris por dia ou mais nos próximos anos. E no ano que vem, provavelmente superará os EUA", afirmou Steve Sawyer, diretor de refinação da consultora industrial Facts Global Energy.

A capacidade de refinação da China quase triplicou desde os anos 2000 e é estimado que a capacidade de processamento de petróleo no país aumente de 17,5 milhões diários para 20 milhões até 2025, segundo o Instituto de Investigação de Economia e Tecnologia da Corporação Nacional de Petróleo da China.

As refinarias chinesas estão se tornando em uma potência crescente nos mercados internacionais da gasolina, diesel e outros combustíveis.

As capacidades adicionais da China estão superando o crescimento de sua demanda. Um excesso de oferta dos produtos petrolíferos no país pode chegar a 1,4 milhão de barris ao dia em 2025, segundo a Corporação Nacional de Petróleo da China.

O crescimento da demanda chinesa pode chegar ao ponto máximo em 2025 e diminuir quando o país começar sua grande transição para a neutralidade do carbono.

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