Foto mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (à esq.), o chefe da Secom, Fabio Wajngarten (atrás de Trump), e o presidente Jair Bolsonaro durante um jantar em Mar-a-Lago, resort de Trump – Alan Santos – 7.mar.2020/Presidência do Brasil/AFP
O coronavírus estava começando a se disseminar quando o presidente Trump se encontrou com seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, em 7 de março para jantar em Mar-a-Lago. Bolsonaro cancelou viagens naquela semana para a Itália, Polônia e Hungria, e o ministro da Saúde do Brasil o pediu para ficar longe da Flórida também.
O jantar em Mar-a-Lago, que se tornaria famoso por espalhar infecções, cimentou uma parceria entre Trump e Bolsonaro baseada em um desprezo compartilhado pelo vírus. Porém, mesmo antes do jantar, os dois presidentes travaram uma campanha ideológica que minaria a capacidade da América Latina de responder à Covid-19. (…)
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Juntos, os dois homens, ferozes oponentes dos esquerdistas latino-americanos, miraram no grande orgulho de Cuba: os médicos que a ilha envia para o mundo todo. O Sr. Trump e o Sr. Bolsonaro dispensaram 10.000 médicos e enfermeiras cubanos de áreas empobrecidas do Brasil, Equador, Bolívia e El Salvador. Muitos partiram sem serem substituídos apenas alguns meses antes da chegada da pandemia.
Em seguida, os dois líderes atacaram a agência internacional mais capaz de combater o vírus – a Organização Pan-Americana de Saúde, ou OPAS – citando seu envolvimento com o programa médico cubano. Com a ajuda de Bolsonaro, Trump quase levou a agência à falência ao reter o financiamento prometido no auge do surto, em uma extensão não divulgada anteriormente.
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