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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Cientistas descobrem que zona no interior de nosso planeta contém materiais de 4,5 bilhões de anos



 As chamadas zonas de velocidades ultralentas (ULVZs, na sigla em inglês) foram estudadas pela primeira vez na década de 1990.


Entretanto, em um recente estudo os cientistas descobriram que todas têm sua força diminuída em 50%.
Além disso, a nova pesquisa aponta que a estrutura interna dessas zonas, que ficam próximas ao núcleo do nosso planeta, é parecida com a do oceano de magma, que formava a camada externa da Terra durante os seus primórdios.
O estudo foi liderado pelo dr. Surya Pachhai, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, em conjunto com pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália. Para chegar a tais conclusões, os cientistas fizeram milhares de simulações de ondas sísmicas com computadores superpoderosos.

Os testes foram realizados na região do mar de Coral, entre a Nova Zelândia e a Austrália. A região foi escolhida por apresentar alta frequência de terremotos. Segundo outro pesquisador envolvido no estudo, o professor australiano Hrvoje Tkalcic, as novas descobertas ajudaram a desvendar o que antes era um mistério para os estudiosos.

"Ao longo de bilhões de anos de formação e remodelação da Terra, essas zonas se agitaram perto do núcleo do planeta, mas permaneceram praticamente intactas. É como um ovo em um bolo que não se mistura com os demais ingredientes, mas continua com gema e clara apesar da constante mistura ao seu redor", explicou o professor.

Pachhai também chamou atenção para a descoberta de que as ULVZs são compostas de camadasao contrário do que os especialistas acreditavam até então.

"Nós descobrimos que este tipo de ULVZs pode ser explicado pelas heterogeneidades químicas criadas no início da história da Terra e que elas ainda não estão bem misturadas após 4,5 bilhões de anos", disse Pachhai.

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