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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Cientistas calculam tamanho da atmosfera de exoplaneta a 340 anos-luz da Terra

 


Uma equipe internacional de cientistas, usando o telescópio do Observatório Gemini, no Chile, foi a primeira a medir diretamente a quantidade de água e monóxido de carbono na atmosfera de um planeta em outro sistema solar, a cerca de 340 anos-luz de distância.

A equipe, liderada pelo professor assistente Michael Line, da Escola de Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, teve os resultados de sua pesquisa publicados na revista Nature.

Há milhares de planetas conhecidos fora de nosso Sistema Solar, chamados de exoplanetas. Os pesquisadores utilizam telescópios espaciais e telescópios terrestres para examinar como esses exoplanetas se formam e como são diferentes dos planetas de nosso Sistema Solar, explica o portal Phys.org.

Na sua pesquisa, Line e sua equipe se focaram no planeta WASP-77Ab, pertencente à família de exoplanetas chamados de "Júpiteres quentes", uma vez que são idênticos ao planeta Júpiter, mas com uma temperatura acima de 2.000 graus Fahrenheit (1.093 graus Celsius).

A equipe se concentrou em medir a composição da atmosfera do planeta em estudo de modo a determinar quais elementos estão presentes, em comparação com a estrela que orbita.

"Devido a seus tamanhos e temperaturas, os Júpiteres quentes são excelentes laboratórios para medir gases atmosféricos e testar nossas teorias de formação dos planetas", informou Line, citada na matéria.
Esta é uma impressão artística do exoplaneta rochoso do tamanho da Terra GJ 1132 b, localizado a 41 anos-luz de distância em torno de uma estrela anã vermelha. Cientistas usando o telescópio espacial Hubble da NASA encontraram evidências de que este planeta pode ter perdido sua atmosfera original, mas ganharam uma segunda que contém uma mistura tóxica de hidrogênio, metano e cianeto de hidrogênio
CORTESIA DA NASA, ESA, E R. HURT (IPAC/CALTECH)
Esta é uma impressão artística do exoplaneta rochoso do tamanho da Terra GJ 1132 b, localizado a 41 anos-luz de distância em torno de uma estrela anã vermelha. Cientistas usando o telescópio espacial Hubble da NASA encontraram evidências de que este planeta pode ter perdido sua atmosfera original, mas ganharam uma segunda que contém uma mistura tóxica de hidrogênio, metano e cianeto de hidrogênio

Line e sua equipe se envolveram amplamente na medição das composições atmosféricas dos exoplanetas usando o telescópio espacial Hubble da NASA, mas obter tais medições foi um desafio. Os instrumentos do Hubble só medem a água (ou oxigênio), mas os pesquisadores também precisavam coletar medições de monóxido de carbono (ou carbono).

Usando o telescópio Gemini South, que possui um instrumento chamado Espectrômetro Infravermelho de Imersão (IGRINS, na sigla em inglês), a equipe observou o brilho térmico do exoplaneta enquanto ele orbitava sua estrela hospedeira. Assim, eles conseguiram coletar informações sobre a presença e quantidades relativas de diferentes gases na atmosfera do WASP-77Ab.

A obtenção da abundância precisa de gases nas atmosferas dos exoplanetas não é apenas uma conquista técnica importante, especialmente com um telescópio terrestre, mas também um passo importante para ajudar os cientistas a procurar vida em outros planetas.

Agora, Michael Line e sua equipe esperam repetir esta análise em muitos outros planetas e construir uma "amostra" de medições atmosféricas em pelo menos mais 15 planetas.


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