Os norte-americanos decidiram desenvolver a área militar da energia nuclear. O presidente atual Donald Trump assinou uma ordem para desenvolvimento de reatores nucleares de baixa potência para as Forças Armadas e a investigação espacial. Esta é a primeira vez que os EUA usam a energia nuclear fora da Marinha.
Trump ordenou ao Departamento de Defesa para desenvolver e demonstrar em uma instalação militar nos Estados Unidos a eficiência e flexibilidade energética nuclear em reatores nucleares de baixa potência, além de realizar testes de um reator móvel de baixa potência.
"Tais fontes de energia são indispensáveis para exploração do espaço profundo, onde não é possível usar energia solar, e também no setor da defesa", afirmou a assessoria de imprensa da Casa Branca.
Não foi revelado para que serão exatamente usados os reatores pequenos. Os testes do primeiro protótipo deverão começar dentro de meio ano, segundo a ordem.
Os especialistas do portal Defense News consideram que se trata de fontes de alimentação de reserva para bases militares. Se em uma base militar faltar a eletricidade, um pequeno reator poderá fornecer energia para o equipamento indispensável.
Sem a energia nuclear não será possível realizar voo longos, inclusive tripulados, para a Lua ou Marte, por exemplo. A longo prazo, os reatores nucleares serão necessários para as primeiras colônias extraterrestres, segundo especialista em segurança espacial Brian Weeden, da organização sem fins lucrativos Secure World Foundation.
Nenhum país conseguiu ainda criar um reator nuclear compacto usando a tecnologia da fissão nuclear, que poderia ser usada em aviões tripulados, em navios de pequeno deslocamento ou veículos terrestres, segundo disse à Sputnik o editor-chefe da revista Arsenal Otechestva, Viktor Murakhovsky.
O especialista duvida que os norte-americanos pretendam repetir os equipamentos russos Burevestnik e Poseidon, que funcionam com base na reação nuclear em cadeia com fissão de urânio com cilindros-moderadores e controle de capacidade.
"São sistemas bastante específicos. Foram criados para uma retaliação garantida em quaisquer condições em caso de início de uma guerra nuclear por um agressor e para nivelar o sistema antimíssil ocidental. Os norte-americanos já têm armas suficientes e mais adequadas para seus objetivos", comentou Murakhovsky.
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