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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Astrônomos detectam na Via Láctea pulsar super-raro de milissegundos de raios X

 


Descobertos pela primeira vez em 1967, os pulsares são estrelas de nêutrons que giram em alta velocidade e têm um campo magnético intenso. Sabe-se que alguns destes objetos cósmicos emitem pequenas erupções rítmicas de luz visível, raios X e radiação gama

Uma equipe internacional de astrônomos revelou um pulsar super-raro emitindo luz de raios X recentemente detectado na Via Láctea.
Os pesquisadores, que nomearam o pulsar MAXI J1816-195, apontam que este objeto espacial está localizado a não mais do que 30.000 anos-luz da Terra.

Os pulsares mais próximos do nosso planeta estão situados a mais de 100 anos-luz de distância, para ter uma ideia, um ano-luz corresponde aproximadamente a 9,5 trilhões de quilômetros.

De acordo com uma base de dados elaborada pelo astrônomo Alessandro Patruno, atualmente os cientistas conhecem apenas 18 outros pulsares que são semelhantes ao MAXI J1816-195.
Relativamente aos detalhes do pulsar recém-descoberto, os astrônomos da Universidade de Nihon, baseada em Tóquio, descreveram o objeto como um "novo pulsar de milissegundos de raios X", o que significa que ele está girando a uma velocidade de 528,6 vezes por segundo, além de sua explosão termonuclear de raios X, características que colocam o MAXI J1816-195 em uma categoria super-rara de pulsares.
O astrofísico Hitoshi Negoro e seus colegas da Universidade de Nihon conseguiram detectar a luz de raios X sendo emitida pelo pulsar, mas não conseguiram identificar o objeto, apesar do equipamento MAXI da Agência Espacial Japonesa instalado no exterior da Estação Espacial Internacional.
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No entanto, astrofísicos da Universidade da Pensilvânia ajudaram seus colegas japoneses confirmando a detecção e localização do novo pulsar com um instrumento independente.

Os cientistas esperam que a descoberta do MAXI J1816-195 "possa fornecer informações estatísticas importantes sobre como esses objetos se formam, evoluem e se comportam", segundo aponta portal ScienceAlert.

Repletos de energia, alguns pulsares são capazes de girar até várias centenas de vezes por segundo, expelindo radiação eletromagnética e raios X para o espaço.

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