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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Astrônomos alegam conhecer origem de pequenos pontos brilhantes identificados no Sol (FOTO)

 


Depois de realizarem um estudo minucioso em nosso Sol, físicos solares dizem ter descoberto segredos por trás de pequenos pontos brilhantes que emergem temporariamente na superfície solar em regiões em que os arcos de plasma se elevam.

Chamados de "pontos solares" pelos pesquisadores envolvidos no estudo, divulgado pela Science Alert, o fenômeno fugaz deve ser provavelmente o resultado de mudanças no campo magnético solar.
A descoberta sugere que o Sol é ainda mais complexo do que sabíamos, e graças à análise desses pontos solares poderemos melhorar nossa compreensão da dinâmica do campo magnético de nossa estrela-mãe.
Em 20 de maio de 2020, a espaçonave Orbitador Solar da NASA e Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) fotografou algumas regiões de fluxo magnético muito intenso, com laços magnéticos saindo da fotosfera solar.
O campo magnético solar ainda é um desafio à compreensão humana. Não sabemos exatamente como funciona, mas as linhas de campo magnético resultantes da atividade solar são numerosas, dinâmicas e complexas.
Imagens obtidas pelo Extreme Ultraviolet Imager (EUI) do Orbitador Solar da NASA e ESA, 30 de maio de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 10.05.2022
Imagens obtidas pelo Extreme Ultraviolet Imager (EUI) do Orbitador Solar da NASA e ESA, 30 de maio de 2020
As manchas solares, por exemplo, são regiões onde os campos magnéticos são particularmente fortes, e as erupções solares e ejeções de massa coronal são produzidas por linhas de campo magnético que se rompem e se reconectam.
De acordo com o novo estudo liderado pelo astrofísico do Laboratório Solar e Astrofísico da Lockheed Martin, Sanjiv Tiwari, as regiões de fluxo magnético, fotografadas em comprimentos de onda ultravioleta extremos, puderam ser analisadas com maior nível de detalhes a ponto de permitir que a equipe fosse capaz de observar e caracterizar cerca de 170 pontos brilhantes no Sol.
Em geral, os pontos tinham cerca de 675 quilômetros de diâmetro, eram cerca de 30% mais brilhantes que o plasma circundante e duravam apenas 50 segundos, em média, antes de desaparecer novamente. Aproximadamente metade dos pontos permaneceram isolados durante suas breves vidas, enquanto o restante se dividiu em dois, fundiu-se com outros pontos ou desenvolveu arcos ou jatos explosivos e, apesar de aparecerem ao longo de todo o campo de visão do Orbitador Solar, estavam densamente agrupados nas regiões magneticamente mais ativas.
O par de galáxias em interação NGC 1512 e NGC 1510 no centro da imagem da Dark Energy Camera, um imageador de campo amplo de última geração do Telescópio Víctor M. Blanco no Observatório Interamericano Cerro Tololo - Sputnik Brasil, 1920, 08.05.2022
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De posse desses dados, os cientistas puderam desenvolver uma simulação que revelou que os pontos podem ser momentos de reconexão magnética entre as linhas de campo magnético que emergem da superfície solar e as linhas de campo magnético que descem para ela.
Como a reconexão magnética na atmosfera solar produz arcos, isso explicaria por que muitos dos pontos se estendem em um arco estendido durante sua evolução. No entanto, o mistério está longe de ser resolvido. Os pontos fotografados pelo Orbitador Solar não são os únicos pontos vistos no Sol e foram observados em diferentes comprimentos de onda e ambientes magnéticos diversos.

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