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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Cientistas fazem previsão 'sombria' após perda de oxigênio nos oceanos chegar a níveis críticos

 


Em 2080, cerca de 70% dos oceanos do mundo podem estar sufocando por falta de oxigênio como resultado das mudanças climáticas, diz estudo.

Com a falta de oxigênio afetando a vida marinha, os cientistas da Universidade Jiao Tong de Xangai avaliaram os impactos do fenômeno sobre os ecossistemas em todo o mundo.
O novo estudo é o primeiro a usar modelos climáticos para prever como e quando a desoxigenação, que é a redução do teor de oxigênio dissolvido na água, ocorrerá nos oceanos.
Eles descobriram que as profundezas do oceano, que sustentam muitas indústrias de pesca, estão perdendo oxigênio a taxas não naturais, e passaram de um limite crítico de perda de oxigênio em 2021.

Os oceanos transportam oxigênio dissolvido como gás e, assim como os animais terrestres, os animais aquáticos precisam desse oxigênio para respirar. Porém, à medida que os oceanos se aquecem devido às mudanças climáticas, sua água pode conter menos oxigênio.
Glaciar Pine Island (Antártida) - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2021
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Os cientistas estimam que a desoxigenação significativa e potencialmente irreversível das profundezas médias do oceano que sustentam grande parte das espécies pescadas do mundo começou a ocorrer em 2021, e provavelmente afetará a pesca em todo o mundo.
Os novos modelos preveem que a desoxigenação deve começar a afetar todas as zonas do oceano até 2080. Os resultados foram publicados na revista AGU Geophysical Research Letters.
As profundidades médias do oceano (de cerca de 200 a 1.000 metros de profundidade), chamadas zonas mesopelágicas, serão as primeiras zonas a perder quantidades significativas de oxigênio devido às mudanças climáticas.
A zona mesopelágica é o lar de muitas das espécies pescadas comercialmente do mundo, tornando a nova descoberta um potencial prenúncio de dificuldades econômicas, escassez de frutos do mar e perturbação ambiental.
O aumento das temperaturas leva a águas mais quentes que podem conter menos oxigênio dissolvido, o que cria menos circulação entre as camadas do oceano.
A camada intermediária do oceano é particularmente vulnerável à desoxigenação porque não é enriquecida com oxigênio pela atmosfera e fotossíntese como a camada superior.
As novas descobertas são profundamente preocupantes e aumentam a urgência de se envolver significativamente na mitigação das mudanças climáticas.

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