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sábado, 6 de novembro de 2021

FDI: atacar Irã não seria problema para Israel, o mais difícil viria depois disso

 


Israel tem, repetidamente, levantado questões e preocupações sobre o programa nuclear iraniano, acusando a República Islâmica de visar a aquisição de armas nucleares, algo que Teerã vem negando firmemente.

O Estado judeu garantiu não deixar que isso aconteça, e que tomará as medidas necessárias para tal sem elaborar mais sobre o assunto.

Amos Yadlin, ex-chefe da Diretoria de Inteligência Militar das Forças de Defesa de Israel (FDI), explicou, em uma entrevista à rádio 103FM, que dependendo do resultado das futuras negociações sobre o retorno do Irã ao acordo nuclear de 2015, Tel Aviv poderá enfrentar a dura escolha de tomar ou não medidas contra a nação persa.

Yadlin enfatizou que os militares israelenses têm capacidade para atacar o Irã e paralisar seu programa nuclear, mas observou que o desafio mais difícil não é atingir Teerã, mas o que virá depois.

"Israel tem a capacidade militar para atacar o Irã, o problema não é o ataque, mas o que acontece depois dele [...] Há muito que considerar aqui [...] Um ataque é o último passo depois de todas as outras abordagens terem sido realizadas", disse o militar israelense.

Yadlin não falou sobre os desafios específicos que Israel enfrentaria após o ataque, mas apenas que a República Islâmica advertiu repetidamente que qualquer "erro" da parte do Estado judeu custaria caro ao país.

O ex-chefe espião das FDI sublinhou que caso os EUA falhem em chegar a um acordo com o Irã relativamente ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), isso poderia forçar Tel Aviv a fazer uma escolha séria sobre Teerã e seu programa nuclear.

Recentemente, os EUA e o Irã anunciaram sua vontade em retornar à mesa de negociações, com Teerã apontando 29 de novembro como data do início de novas rodadas de conversações.


 

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