A jovem Isadora Alkimin Vieira, de 21 anos, filha do cantor Belo, foi solta nesta segunda-feira, dia 7, após ficar quase um mês presa por envolvimento numa quadrilha que praticava golpes eletrônicos. Na ocasião em que ela foi capturada, outras 11 mulheres também foram detidas.
A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro revogou a prisão preventiva de Isadora e seis de suas colegas. As outras cinco da quadrilha haviam recebido, na audiência de custódia, permissão para prisão domiciliar por serem mães de crianças de até 12 anos.
Com isso, o grupo deve atender a medidas cautelares, como informar e justificar suas atividades todo mês, ficando proibidas de manter contato e de se aproximar das vítimas, além de dever ficar dentro de casa à noite e em dias de folga.
Não se revela presente o imprescindível requisito da custódia cautelar consistente no perigo pelo estado de liberdade, e que pudesse continuar respaldando a custódia preventiva das denunciadas, não bastando a tanto, como é cediço, a gravidade em abstrato do delito, se desvinculada de qualquer situação concreta atinente ao crime”, afirma a decisão do TJRJ
Das 12 suspeitas, uma estudou até o ensino fundamental, cinco completaram o ensino médio, três ainda não concluíram e outras três cursam faculdade, incluindo Isadora, que estuda Odontologia em São Paulo, onde mora.
Quanto às práticas criminosas, consta no processo que os investigadores receberam uma denúncia anônima indicando um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, como ponto da quadrilha.
Portal Zacarias
Baseado nas declarações recebidas pelas autoridades policiais, um documento do TJRJ descreveu o grupo de mulheres como uma “organização engajada, articulada, extremamente organizada e hierarquizada”.Afirma ainda que foi observada uma “estrutura de logística montada com notebooks, celulares e, inclusive, havendo um motoboy que realizava a função de arrecadar os cartões de crédito das vítimas”.
“Ademais, verifica-se que as práticas visando a crimes se revestiam de ardil, visto que as integrantes da organização criminosa se faziam passar por pessoas trabalhadoras em ‘central de telemarketing'”, acrescenta, considerando a “capacidade de lesar grande quantidade de pessoas, com relato, inclusive, de vítimas idosas, que são manifestamente vulneráveis a tais práticas”.
A Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) desarticulou a quadrilha, com ligações à maior facção criminosa do Estado do Rio no dia 11 de novembro. O papel das presas seria induzir as vítimas a repassarem seus dados bancários e a entregarem seus cartões a outros integrantes do grupo, no caso, motoboys que pegavam os objetos, para, posteriormente, serem utilizados. Segundo as investigações, estima-se que o valor com os golpes varie entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão por mês.
À época, Belo disse ter ficado “arrasado” com a situação. Ele tem outros três filhos e se disse “muito surpreso” com o que aconteceu com a caçula.
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